7.9.03



GIGANTE ACORDADO




Shaq persegue a forma física



Faltavam cinco minutos para o fim do jogo quando Shaquille O’Neal foi para o banco de reservas. De fato, não havia mais motivo para mantê-lo em quadra. Naquele 15 de maio, mais de 18 mil torcedores viram o Los Angeles Lakers ser atropelado pelo San Antonio Spurs, que exatamente um mês depois, em 15 de junho, comemoraria o título contra o New Jersey Nets.

O sonho do tetra terminava ali, com o sabor azedo da derrota. Apesar dos 31 pontos naquela noite, o pivô carregava nos ombros boa parte da culpa pelo fracasso. O excesso de peso lhe arrebentava os joelhos, que mal agüentavam sustentar o corpo inchado. O nível de gordura no organismo superava os 20%, castigando os ossos e minando a mobilidade.

Eis que, antes do previsto, chegaram as férias. Para surpresa geral, as praias da Califórnia ficaram em segundo plano e Shaquille O’Neal, pasmem, virou um rato de academia.

Motivos para entrar em forma não faltam. As chegadas de Karl Malone e Gary Payton deixaram o grandalhão animado com a chance de retomar os trilhos da dinastia. Por outro lado, criou-se uma apreensão inevitável, acirrarando a disputa de egos na franquia. A estrela de Kobe Bryant, por sinal, sobe a cada ano. Diante de tamanha concorrência dentro do próprio elenco, convém não bobear.

Em julho, Shaq contratou como personal trainer um ex-fuzileiro naval que servia à Marinha em Portland. Desde então, sem alarde, a rotina inclui corridas leves, musculação, comida balanceada e um bocado de descanso para não maltratar as articulações. As mudanças de hábito já renderam quase dez quilos perdidos. No montante de 160, não chega a ser grande coisa. Mas é o suficiente para revelar uma disposição que parecia adormecida nos últimos anos.

Tudo isso não é apenas para garantir o fôlego ao lado de Payton, Malone e Bryant. A partir de outubro, a diretoria terá a opção de renovar antecipadamente o contrato de O’Neal. O pivô espera que lhe ofereçam o máximo permitido: US$ 121 milhões por três anos. “Seria ótimo se eles me fizessem essa oferta”, diz. “Acho que mereço.”

Assim, o esforço terá valido a pena.

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Enquanto astros como Shaq se enquadram nas cartilhas da disciplina, tem muito pé-rapado por aí fazendo besteira a torto e a direito. Vejamos o caso singular deste indivíduo chamado Joseph Forte.

Aos 23 anos, ele vive a expectativa de sua terceira temporada. O Seattle Sonics, no entanto, já deixou claro que ele não vestirá mais a camisa do time, mesmo que seja preciso pagar seu salário até o fim do contrato. Na verdade, a diretoria demorou (e muito) para tomar esta decisão.

Em dois anos de carreira, Forte tem um histórico invejável de tumultos. Já esmurrou um companheiro no vestiário; faltou a inúmeros treinos; recusou-se a ser incluído na lista de contundidos; agrediu um torcedor na Carolina do Norte; foi preso por porte ilegal de arma e drogas.

Somam-se a isso as sensacionais médias de pontos (1.2), rebotes (0.7) e assistências (0.6) por partida. É ou não é um atleta indispensável para a NBA?

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BRUXAS - Em inferno astral semelhante seguem Ruben Patterson e Atoine Rigaudeau. O primeiro, insatisfeito, pediu aos cartolas do Portland para ser negociado. Deveria saber que nenhum dirigente em sã consciência vai querer um encrenqueiro com quatro anos restantes em contrato (foi essa, aliás, a resposta que a diretoria lhe deu). O segundo era All-Star na Europa, passou vergonha no Dallas e foi mandado para o Golden State, que acaba de dispensá-lo! Se arrependimento matasse...

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DOCE LAR - No decorrer desta semana, o Houston Rockets abre as portas de seu novíssimo ginásio, o Toyota Center. A casa nova de Yao Ming tem 94 suítes de luxo, um restaurante cinco estrelas, uma adega de vinhos, paredes de madeira nobre e um telão gigante com resolução duas vezes maior que o normal. As poltronas são as mais confortáveis de toda a NBA, e nenhuma outra arena tem tantos banheiros. Enquanto não chega a inauguração, aqui você confere os últimos retoques na fachada, o vestiário do time e a visão de uma das suítes. O primeiro visitante será o New Orleans, dia 12 de outubro, em amistoso da pré-temporada. Para celebrar os novos tempos, o armador reserva Moochie Norris, dono de um dos black-powers mais estilosos da liga, passou a máquina zero na cabeleira.

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BABEL - Mavericks e Nuggets continuam disputando para ver quem inclui mais estrangeiros em suas fileiras. O Dallas, que já tem um alemão, um canadense, um francês, um mexicano e um de Ilhas Virgens, contratou o armador islandês Jon Stefansson. O Denver, que conta com um brasileiro, um esloveno e um da Geórgia, foi buscar na Holanda o pivô Francisco Elson.

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PLANTÃO POLICIAL - Na tarde de sábado, dois jovens foram assassinados com tiros na cabeça num luxuoso salão de beleza de Miami. O proprietário do estabelecimento é o pivô Alonzo Mourning. Há três semanas, ladrões invadiram a casa de Rod Strickland em Washington e roubaram uniformes antigos do jogador, que já passou por diversas equipes. As camisas estavam expostas nas paredes, protegidas em quadros de vidro.


:::::::: :::::::: Z O N A . M O R T A :::::::: ::::::::

Após três cirurgias, o joelho de Antonio McDyess está 90% recuperado. Mas como alegria de torcedor do New York dura pouco, um outro joelho tem sido motivo de preocupação: Allan Houston passou por uma artroscopia e é dúvida para o início da temporada.

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Jacques Vaughn está de volta a Atlanta. Em 2001-2002, quando estreou pelos Hawks, o armador errou seus 22 primeiros arremessos.

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Com quase 27 pontos de média, Pau Gasol é a grande estrela do campeonato europeu de seleções, que oferece três vagas para a Olimpíada de Atenas. Espanha, França, Lituânia e Grécia avançaram para as quartas-de-final e agora esperam os adversários que virão da repescagem. Sérvia (campeã mundial) e Grécia (sede) já estão classificadas para os Jogos.

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Por falar nisso, a França bateu a Itália, no sábado, por 82-52. Tony Parker passou quase todo o último quarto no banco. Que sina, hein...

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