5.7.04



a energia que faltava
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))) Steve Nash chega para revigorar o Phoenix Suns


Uma semana se passou e pouca coisa aconteceu no mundo do basquete. Sem muito alarde, Marcus Camby renovou com o Denver, Jason Kidd operou o joelho esquerdo, Baby abiscoitou um contrato de US$ 6.7 milhões, Manute Bol sofreu um grave acidente de carro (sofrimento à parte, é difícil crer que aquele sujeito consegue entrar num carro). De relevante, só uma notícia: Steve Nash está de volta ao Phoenix Suns.

O calendário da NBA só permite a canetada a partir do dia 14, mas está tudo certo entre o jogador e o cartola Jerry Colangelo, que viajou até a casa do adversário e, em Dallas, roubou Nash de Mark Cuban. A comitiva saiu do Arizona com muita gente boa a bordo, incluindo o ala Amare Stoudemire, com o discurso afiado para convencer o armador. No Texas, não houve reação.

“Não foi fácil para mim, Steve decidiu ir embora por dinheiro”, lamentou o folclórico Cuban, que segue indócil na missão de recrutar Shaquille O’Neal.

De fato, soa agradável receber US$ 65 milhões por cinco anos, mas não foi só o bolso que pesou na decisão de Nash. Esperto e cansado de morrer na praia, ele sabe que sua chegada põe os Suns no rol de favoritos ao próximo título da liga. Vai dividir a quadra com gente de calibre como Stoudemire, Shawn Marion e Joe Johnson. O elenco de apoio mescla a experiência de McDyess, Eisley e Clark com a juventude de Leandrinho, Cabarkapa, Jacobsen e Lampe.

Levando em conta a nova energia que chega, a química tem tudo para dar certo, mas ainda falta alguma coisa. Duas, na verdade. E a diretoria precisa fazer ao menos uma se quiser brigar pelo troféu.

A primeira é encontrar um bom pivô, ou alguém que se sujeite a ficar plantado embaixo do aro. Jake Voskuhl quebra um galho mas, além de ser fraquinho, é o único da equipe. Se torcer o pé, já era. Há boas opções na turma de passe livre, resta saber se vai sobrar dinheiro após a ofensiva para trazer Nash.

Dificilmente o Phoenix vai ter bala na agulha para pescar um Erick Dampier ou um Mehmet Okur (que se revezaria na posição 5 com Amare). Descartados os melhores, o foco pode se voltar para um Vlade Divac, um Jake Tsakalidis ou até um John Wallace.

A segunda opção seria reforçar o banco. Leandrinho e Eisley formam uma boa dupla reserva na armação e Cabarkapa tem tudo para estourar este ano. O resto é uma incógnita. Será que McDyess agüenta mais uma temporada? Será que Lampe deslancha? Que pobre alma entraria no lugar de Marion?

Ainda é cedo para responder a essas perguntas. Até o fim de outubro, ainda há tempo suficiente para mexer no elenco, avaliar os veteranos e, claro, torcer para a garotada dar as caras.

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A chegada de Nash devolve ao nosso Barbosa um alicerce que estava capenga desde a saída de Stephon Marbury. Esquentar banco para craque não é vergonha nenhuma. Pior seria continuar carregando a armação nas costas. O último campeonato já mostrou que o brasileiro ainda não tem cacife para encarar a missão. Enquanto o tempo corre, ele vai aprender um bocado com um dos grandes nomes da posição.

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foto . nbae

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