2.2.05



a hora das estrelas
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))) O All-Star Game de Denver é palco
ideal para um renovado Vince Carter



Meus caros, falta pouco. A três semanas do All-Star Game, a eleição está encerrada. Os chineses já congestionaram a internet, os americanos insistiram nos bambas de sempre, os brasileiros tentaram em vão emplacar Varejão ou Nenê. Quem não votou não vota mais. Amanhã à noite, a NBA anuncia os cinco titulares de cada conferência.

A última parcial, no dia 20 de janeiro, mostrava o Oeste com Yao Ming, Tim Duncan, Kevin Garnett, Kobe Bryant e Tracy McGrady. No Leste, Shaquille O’Neal, Grant Hill, Vince Carter, Allen Iverson e LeBron James. Faz sentido. Em geral, são estes os grandes ídolos do basquete americano, os atletas com maior apelo junto ao público, e é isso que conta na hora de clicar os favoritos.

Aqui deste canto, prefiro tomar outro caminho. Dos 10 titulares que ameaçam emplacar, só assino embaixo de quatro. Se valesse apenas o meu voto, os elencos seriam bem diferentes. Vamos aproveitar, então, para incluir logo na brincadeira os reservas, que serão escolhidos em seguida pelos técnicos da liga. Apresento o listão e um punhado de justificativas. Só para lembrar, respeitei as posições de cada jogador no formulário de votação e evitei improvisar nas posições.

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))) OESTE

Brad Miller (Kings)
Amare Stoudemire (Suns)
Dirk Nowitzki (Mavs)
Ray Allen (Sonics)
Steve Nash (Suns)

Reservas:

Yao Ming (Rockets)
Kevin Garnett (Wolves)
Tim Duncan (Spurs)
Tracy McGrady (Rockets)
Tony Parker (Spurs)
Shawn Marion (Suns)
Chris Webber (Kings)

Como vocês perceberam, levei em conta o fato de Kobe Bryant estar machucado. Em condições normais, ele brigaria com Ray Allen por uma vaga no time titular. Sem Kobe, temos um quinteto no qual todos os atletas merecem a convocação pelo talento, claro, mas principalmente pelos serviços prestados às suas equipes.

Os chineses que me desculpem, mas Brad Miller tem sido um pivô mais completo que Yao Ming. Jogou muito nas últimas semanas pelo Sacramento Kings e merece estar em quadra no tapinha inicial. Kevin Garnett vem atravessando outra temporada monstruosa, mas não dá para tirar o doce da boca de Dirk Nowitzki ou Amare Stoudemire. O primeiro segurou a onda com a saída de Steve Nash e se tornou um ala ainda mais versátil no Dallas. O segundo, ao lado de Nash, é peça fundamental na escalada vitoriosa do Phoenix. O armador canadense foi a escolha mais fácil: é o MVP da primeira metade do campeonato. Faria uma boa dupla com Allen, que carrega o Seattle nas costas.

Entre os reservas, não há grandes novidades, a não ser, talvez, pelos três últimos. O acende-apaga Tony Parker está mais aceso do que nunca. Marion e Webber, sempre eficientes, pouco aparecem, mas têm sido brilhantes.

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))) LESTE

Shaquille O’Neal (Heat)
Antawn Jamison (Wizards)
Vince Carter (Nets)
LeBron James (Cavs)
Allen Iverson (Sixers)

Reservas:

Ben Wallace (Pistons)
Antoine Walker (Hawks)
Grant Hill (Magic)
Dwyane Wade (Heat)
Gilbert Arenas (Wizards)
Steve Francis (Magic)
Larry Hughes (Wizards)

Não tive pena de excluir Jermaine O’Neal e Jason Kidd. O primeiro esteve suspenso durante muito tempo e o segundo, além da contusão, não anda em fase tão boa.

Com o fracasso do Detroit Pistons de Wallace, Shaq tornou-se incontestável, assim como Jamison, provavelmente o melhor ala do Leste hoje em dia. Talvez alguém torça o nariz para Vince Carter, mas deixo claro que o Carter da minha escalação não é o do Toronto, e sim o do New Jersey, que vem atuando em altíssimo nível. All-Star Game é palco de show, e ninguém dá mais espetáculo que ele. Invoco o mesmo argumento para justificar LeBron James, que calou a boca dos críticos e explodiu este ano. A briga na armação é cruel. O jovem Dwyane Wade conseguiu se incluir no rol de craques da liga, mas Allen Iverson tem sido um gigante. Com quase 30 pontos, oito assistências e quatro rebotes por noite, quem tem coragem de barrar o baixinho invocado?

No banco, coloquei outros três grandes armadores: Francis, Arenas e Hughes, sem saber se este último estará saudável o bastante para jogar. A implicância com o instável Antoine Walker se justifica, mas os números deixam claro: o sujeito anda gastando bola em Atlanta. E o velho Grant Hill? Não seria ótimo coroar a recuperação gloriosa com alguns minutos no All-Star?

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Será que esqueci alguém?

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foto . nbae

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