4.2.05
nos braços do povo
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))) Justiça tardia: Hill está de volta à elite
Por uma diferença de 65 mil votos, a justiça falou mais alto na edição 2005 do All-Star Game. Foi este o curto hiato que separou Grant Hill e Jermaine O'Neal na disputa apertada pelo posto ao lado de Vince Carter nas alas do Leste. Se tivesse valido apenas o critério estritamente técnico, talvez o resultado fosse outro.
Mas o povo não é bobo.
Na hora de escolher, eram dois os caminhos. O primeiro poderia contrapor os atletas da seguinte forma:
O'Neal, craque de bola, fera no garrafão, 26 pontos e 9.3 rebotes por noite. Hill, fracassado na missão de ser o novo Jordan, médias de 18.9 pontos e 4.5 rebotes.
Ao que parece, não foram esses dados que pesaram. A batalha foi encarada por outro prisma:
O'Neal, suspenso durante 15 partidas por agredir torcedores em Detroit, voltou às quadras antes do tempo graças a uma decisão discutível da Justiça.
Hill, dono de um tornozelo que atravessou quatro cirurgias, dado como morto para o basquete, ressurgiu como peça importante na reconstrução do Orlando Magic.
Em geral, é assim que funciona a cabeça do torcedor. Não basta jogar bem e preencher a tábua de estatísticas com belos números. No esporte, conta muito a empatia, a demonstração de garra, a superação.
E ninguém bate Grant Hill nesse aspecto.
Com uma recuperação quase milagrosa, o ala do Orlando entrou para um seleto rol de atletas que deram a volta por cima e reconquistaram a vaga na elite. Foi assim com Ronaldo, vocês lembram, do joelho esfacelado ao pentacampeonato na Ásia.
Com o tornozelo tinindo, Hill pisa firme na quadra e se torna útil novamente. Seu comparsa Steve Francis, outro pilar do novo Magic, deve ser escolhido pelos técnicos para o banco de reservas. Certamente os dois jogarão juntos por alguns minutos. E a festa será completa em Denver.
O basquete agradece.
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foto . cnn/sports illustrated
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