3.2.05
oeste, santo remédio
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))) Enfim, Miller é um All-Star
Lembro bem que, há dois anos, quando Brad Miller fez sua primeira aparição no All-Star Game, quase tive um troço. Então vestindo o uniforme do Indiana Pacers, o pivô não passava de um gradalhão desajeitado, esculpido para ser terceira ou quarta opção em elencos medianos. Lá estava ele, em 2003, no meio das estrelas, com seis rebotes, cinco pontos, três assistências e uma atuação digna.
No ano seguinte, Miller se transferiu para o Sacramento Kings. Apressado, fiz logo o julgamento: agora ele vai ver o que é bom pra tosse. Pois foi justamente no olho do furacão que o desajeitado se tornou um dos melhores pivôs da liga. Trombando com a elite do garrafão, buscou ali o combustível que faltava para evoluir.
Quando forem anunciados os reservas do All-Star Game deste ano, ele certamente estará listado.
Com todo o merecimento.
A princípio, faz sentido a previsão de que jogadores medianos do Leste podem se apagar quando trocam de conferência. Afinal, teoricamente é mais fácil se destacar em meio à mediocridade. A análise, no entanto, corre o risco de ficar rasa demais.
O que fez Miller melhorar foi justamente a mudança de clima. Passou a atuar entre os melhores, contra os melhores, e adaptou seu jogo para o alto nível que costuma encontrar por aquelas bandas.
Ontem, ele deu mais uma demonstração de que merece estar no jogo das estrelas. Sem Webber, Stojakovic e Mobley, o Sacramento precisou extrair o melhor de Miller para bater o Golden State em Oakland. O pivô não decpecionou: anotou 38 pontos, 17 rebotes, quatro assistências e quatro roubadas. Foi o líder de um time titular que tinha Evans, Barnes e Songaila, e ainda marcou seis pontos no último minuto da prorrogação.
Na avaliação dos internautas, claro, vai dar Yao Ming para o All-Star. Pelo que se vê, contudo, o banco do Oeste estará muito bem servido.
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foto . nbae
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