25.12.04



presente de grego
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Papai Noel às vezes pode ser um velhinho traiçoeiro. Na última crônica, fiz a ele 30 pedidos em nome dos times da NBA. Antes de atendê-los, o barbudo me mandou um presente indesejado: uma acusação de plágio. Vamos a ela. E à resposta.

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De: Fábio Balassiano
Para: reboteblog@bol.com.br
Data: 25/12/2004 02:18
Assunto: Olá

Olá, Rodrigo, aqui quem escreve é Fábio Balassiano.

Antes de qualquer coisa, Feliz Natal e um excelente 2005 para você e sua família.

Creio que você leia as minhas colunas tanto quanto eu leio as suas. Isso é muito bom, pois cresce o nível de ambas.

Só que não posso deixar de prestar meu descontentamento com você com relação aos pedidos de natal, não mesmo. Minha coluna saiu no dia 21 e 22 de dezembro no Databasket, você conhece, não?, e a "sua" no 24, ou seja, dois dias depois. Será apenas coincidência, até mesmo na distribuição de presentes?

Recebi e-mails de amigos falando a respeito disso, dizendo que eu tinha sido vítima de plágio e coisas do gênero.

Confesso que fiquei um pouco decepcionado e frustrado com o que vi. Não é problema escrever sobre o mesmo tema, afinal, se estiver na final da NBA os dois necessariamente deverão anotar sobre isso. Porém, quando acontece o que ocorreu, o mínimo que posso pensar, mínimo, é um descuido de sua parte.

Prefiro pensar que aconteceu sem querer, mesmo não acreditando, mas sigo levando.
Só gostaria que quando a mesma idéia fosse citada, frases idênticas aparecerem em seu texto, por favor, cite a fonte, tá ok?

Abraços, espero respostas mesmo acreditando que não venha,

Fábio Balassiano

ps: se quiser, posso enviar as frases coincidentes para lembrar a você...


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Caro Fábio,

Não precisa me enviar as frases coincidentes. Assim que abri seu e-mail, corri no Databasket e percebi que sua reclamação faz todo o sentido. O formato da coluna é idêntico, e alguns “presentes” (Sixers, Wizards, Wolves, Suns) são assustadoramente parecidos. Por isso entendo sua desconfiança, suas acusações e até suas ironias, tanto no texto que me enviou como na coluna seguinte, que faz menção ao fato.

Entender, eu entendo.

Só não posso aceitar e ficar calado.

Em primeiro lugar, eu não havia lido nenhuma coluna sua até receber o e-mail, o que é uma pena, porque seu texto é bom e seu conhecimento de basquete é evidente. Veja bem, aqui não vai um pingo sequer de ironia. Se não me engano, você chegou a me mandar um aviso sobre os textos no início do ano, mas infelizmente o trabalho como jornalista me toma um tempo valioso, que poderia ser dedicado a ler mais coisas interessantes.

Por essas e outras, não conhecia sua coluna. Se conhecesse, e se tivesse lido a do Natal, teria evitado o ridículo de repetir o formato. Como estava de plantão na redação do Jornal do Brasil, tive pouco mais de meia hora para escrever o texto, no início da tarde do dia 24. Não deu tempo de fazer pesquisa alguma, muito menos de garimpar idéias alheias para preencher espaço.

Todas essas explicações não são para você, Fábio, mas para as pessoas que passeiam por aqui e pelo Databasket. Quem viu as duas colunas certamente estranhou a semelhança e merece uma satisfação. Creio que os leitores do Rebote nesses dois anos de existência me conhecem o bastante para saber que eu não costumo sair por aí copiando os outros. Você, que também escreve, sabe que uma atitude como essa seria menosprezar a própria competência e desvalorizar o trabalho.

Dito isso, um Feliz Natal, e continue firme em 2005.

Forte abraço,

Rodrigo Alves

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