1.10.02
UM TIME A SER BATIDO NO LESTE
Kittles, Martin, Kidd, Mutombo e Jefferson...
No ano passado, ninguém esperava muito do New Jersey Nets. Mesmo no fim da temporada regular, quando o time reinava no topo da conferência Leste, a desconfiança era a tônica das previsões para os playoffs. Foi assim, comendo pelas beiradas, que Jason Kidd e seus comparsas chegaram à final da NBA. Levaram uma surra do Lakers, é verdade, mas isso é outra história.
O fato é que os dirigentes passaram as férias quebrando a cabeça em busca da fórmula para repetir o sucesso este ano. Ao menos na teoria, conseguiram. A versão 2003 dos Nets é uma evolução cristalina da anterior.
O pulo do gato foi a contratação de Dikembe Mutombo, que chega para resolver a única deficiência grave da equipe: o sistema defensivo. Ninguém mais indicado para fechar os buracos de uma defesa pela qual Shaquille O'Neal e Kobe Bryant passearam sem cerimônia durante quatro jogos.
O preço de Mutombo não foi tão salgado. Foram embora o razoável pivô Todd MacCulloch e o excelente ala Keith Van Horn. Este último pode ser uma perda sentida, dependendo das atuações de Richard Jefferson, que ganha a posição (e uma boa dose de responsabilidade) em seu segundo ano como profissional.
Tirando esta dúvida, tudo é festa em New Jersey. Jefferson terá ao seu lado Kenyon Martin, um ala cada vez melhor e mais explosivo. Kerry Kittles tem uma mira privilegiada e vai dividir a armação com o genial Jason Kidd, simplesmente o melhor do mundo em sua posição. Isso sem falar nos novos reservas Rodney Rogers e Chris Childs, garantia de qualidade no banco.
A não ser que uma catástrofe venha em forma de contusões, os Nets têm tudo para cruzar os playoffs novamente até a final. Com uma diferença: se Shaq estiver do outro lado, terá em Mutombo um rival de peso, que pode fazer a diferença.
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