21.9.02



BOLA DE CRISTAL, PARTE 1
O ATLÂNTICO DE CARA NOVA




Baker e Mutombo vestirão novos uniformes

Faltando pouco mais de um mês para o início da temporada 2002-2003, já é possível ter uma idéia das pretensões de cada time. Negociações de peso já foram feitas e, entre os jogadores que tinham passe livre, os principais já resolveram suas vidas. Portanto, é hora de tirar a traiçoeira bola de cristal da gaveta. Mãos à obra.

Começando pela Conferência Leste, na divisão do Atlântico, que tem tudo para ser a mais equilibrada da liga. À exceção do Miami Heat, todos os times se reforçaram e podem desempenhar bons papéis.

O New Jersey Nets, campeão do Leste ano passado, fez uma troca arriscada como o Philadelphia 76ers, abrindo mão do ala Keith Van Horn pelo pivô Dikembe Mutombo. A ausência de Van Horn será sentida, mas Mutombo chega para suprir a maior deficiência da equipe: pela falta de um pivô decente, o NJ foi massacrado pelos Lakers de Shaquille O'Neal nas últimas finais. Além de Kenyon Martin, Kerry Kittles e Rodney Rogers, os Nets ainda podem se orgulhar de ter o melhor armador de toda a liga: Jason Kidd.

O Philadelphia, por sua vez, abre mão de força no garrafão e ganha em velocidade com a chegada de Van Horn. O mediano Todd MacCulloch vai ter que desdobrar na briga pelos rebotes para que o trabalho de Allen Iverson não seja em vão.

Respaldado pela boa campanha do último ano, o Boston Celtics investiu no irregular Vin Baker e conseguiu manter sua dupla de astros, Paul Pierce e Antoine Walker. Perdeu a experiência do armador Kenny Anderson, que vai fazer falta porque não há um reserva à altura. Mas se Baker resolver jogar, as chances são muito boas.

Minutos após selecionar o brasileiro Nenê Hilário no draft, o New York Knicks mandou-o para Denver junto com Marcus Camby e Mark Jackson. Fez besteira? De jeito nenhum. Em troca, recebeu um dos melhores alas da NBA, Antonio McDyess, que pode ser a peça que faltava num time que já tem Latrell Sprewell e Allan Houston. O banco de reservas também vai contar a favor, com Howard Eisley, Kurt Thomas, Clarence Weatherspoon e Othela Harrington.

O Washington Wizards ainda aguarda a decisão de Michael Jordan. Se ele voltar, vai formar uma equipe de respeito com Jerry Stackhouse, Larry Hughes e Kwame Brown. Se decidir encerrar a carreira (pela milésima vez), de nada adiantará o investimento feito na pré-temporada.

Com bons nomes no elenco, o Orlando Magic precisa se livrar maldição das contusões. Grant Hill é mais visto de terno, no banco, do que de camiseta, na quadra. Se conseguir jogar, o time pode se tornar uma das boas surpresas do torneio. Isso porque a fraca performance no garrafão deve ser superada com a contratação de Shawn Kemp (tão irregular quanto Vin Baker, mas ainda assim um bom reforço). O time conta ainda com o habilidoso Darrell Armstrong e o fora-de-série Tracy McGrady.

Os vizinhos do Orlando na Flórida devem repetir o papelão do ano passado. Sem Alonzo Mourning, mais uma vez combalido por graves problemas de saúde, o Miami Heat tem Eddie Jones... e só. Brian Grant, LaPhonso Ellis e Rod Strickland já foram bons um dia, hoje são apenas razoáveis. A sorte do técnico Pat Riley é que a NBA não prevê rebaixamento.

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