2.6.04



a festa do cartola
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))) Dumars ergue a recompensa pelo investimento


Quando a chuva de papel picado desabou, a justiça estava feita. No Palace de Auburn Hills, o primeiro a tocar no troféu de campeão do Leste foi um sujeito baixinho, de fala mansa, recluso em vestes discretas. Ninguém mereceu mais essa conquista do que o incansável Joe Dumars.

Acostumado a um período em que o Detroit Pistons vivia imerso em glórias, o ex-armador aceitou o desafio de pilotar a franquia de dentro de um escritório. No elenco, fez movimentos sutis, porém cirúrgicos. Mexeu nas peças certas e coroou sua atuação em fevereiro, na data-limite para trocas, quando adicionou o marginal Rasheed Wallace às fileiras de Michigan.

Se um Wallace já incomodava muita gente, dois foram capazes de levar o time à final da NBA. Sheed e Ben trancaram o garrafão como nenhuma outra equipe da liga, mas não atuaram sozinhos. Foi louvável o esforço do cartola ao apostar em novos talentos como Tayshaun Prince e Mehmet Okur, assim como a ousadia de poupar o calouro Darko Milicic.

Para equilibrar seu brilhante esquema retranqueiro, o técnico Larry Brown liberou o habilidoso Richard Hamilton para comandar o ataque. Contra o Indiana Pacers, Rip foi fantástico. Nada se compara, no entanto, ao que vai ser exigido dele no embate contra os Lakers.

Conquistar o título talvez seja um passo maior que a perna. Não importa. Dentro daquela camisa simples de mangas curtas, Dumars certamente tem a sensação do dever cumprido. Parabéns a ele, e que venha a grande final.

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foto . nbae

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