11.11.04



o inacreditável artest
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))) A agenda de rapper cansou o atleta


Então vejam se eu entendi bem ou se as nove horas de vôo destruíram meus neurônios. Apontado pela mídia como um dos favoritos na conferência Leste, o Indiana Pacers começa a temporada confirmando as previsões e atropela adversários em seqüência. Eis que, num surto de insanidade, Ron Artest chama o técnico Rick Carlisle num canto e pede um mês de folga.

O motivo?

Recuperar-se do estafante calendário de divulgação de seu primeiro CD de rap, a ser lançado no fim deste mês. Por favor, leiam as palavras do próprio e não pensem que estou inventando: “Tenho me dedicado muito à música, preciso de descanso. Meu álbum chega às lojas no dia 23 de novembro e, depois disso, vou tratar de dedicar todo o meu tempo à missão de ganhar o título da NBA.”

Só pode ser brincadeira.

Miniférias para encarar eventos musicais em pleno decorrer do campeonato? Definitivamente, Artest não é um sujeito sério. Um gozador como ele merece punição muito maior que o castigo de dois jogos imposto por Carlisle.

Contra o Minnesota, na terça-feira, o Indiana teve garra para arrancar uma vitória apertada, graças a Jermaine O’Neal. Contra os Clippers, ontem, o que se viu foi uma enfiada histórica, de 102-68. Os 34 pontos de diferença representaram a pior derrota da equipe em todos os tempos jogando em Indianápolis.

Enquanto o torcedor é punido com o fracasso, o falastrão Artest continua recebendo seus salários de forma integral e, bem ou mal, acaba lucrando com parte da folga que reivindicou. Afinal, já são duas partidas sem cansar seu físico. A próxima é amanhã, na Filadélfia, e o treinador ainda não confirmou se o atleta volta ao quinteto titular. Se voltar, a instituição se desmoraliza. Se não voltar, cresce o risco de outro tropeço, já que O’Neal machucou o tornozelo contra o Los Angeles.

O fato é que, por mais marginal que seja, um jogador do calibre de Ron Artest não pode, em hipótese alguma, dar essa demonstração de total desinteresse pelo uniforme que defende. Ou não foi isso que ele fez? Se prefere se dedicar ao rap e precisa sacrificar o basquete para empunhar microfones, que abandone logo as quadras e abrace de vez os palcos. Com um pouco de sorte, vai vender um bocado de discos e embolsar dólares a balde.

Inconcebível é protagonizar um papelão desses, justamente quando os Pacers conseguem equilibrar o elenco e reunir um grupo capaz de brigar pelo caneco de campeão.

Entre um e outro verso de protesto, o sonho do título pode escorrer entre os dedos.

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Por falar em papelão, vejam esta história. O indivíduo finalmente se convence a ir ao ginásio para assistir a uma partida dos Bobcats, candidatos firmes a saco de pancadas na temporada. Afinal, o basquete está de volta a Charlotte, há um projeto sério, uma arena nova e, mesmo sem grandes craques, talvez valha a pena ver a turma suando a camisa em quadra. O pobre torcedor, então, passa a mão num catálogo e encontra o telefone fornecido pelo time para compra de ingressos.

Tecla o número e, do outro lado da linha, surpresa: uma mocinha atende com voz sensual, sussurrando palavras obscenas e oferecendo os mais variados prazeres da carne.

Franquia nova tem dessas coisas. Por um equívoco que até agora ninguém conseguiu explicar, o número de compra de ingressos do Charlotte cai direto numa central de tele-sexo.

A gafe foi consertada, as desculpas foram pedidas, mas o vexame está feito. Assim fica difícil ganhar credibilidade.

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O pleito foi apertado. Com 52 votos, vocês decidiram manter este visual do Rebote. Em segundo lugar, ficou a versão verde, com 42 menções, enquanto o azul (13) e o cinza (8) foram menos cotados. Seguindo a voz do povo, tudo fica como está.

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foto . nbae

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