12.1.05
oeste selvagem
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))) O Phoenix de Amare mostrou ao Miami
de Haslem que, no Oeste, o papo é diferente
A folga na liderança do Leste inflou o Miami Heat de confiança. Com razão, a mídia e os torcedores embarcaram no otimismo e logo começaram a cogitar mais um anel de campeão no dedo de Shaquille O'Neal. Uma viagem ingrata, no entanto, tem forçado o pivô a experimentar o amargo sabor da realidade.
Contra a elite do Oeste, o buraco é mais embaixo.
Bem mais embaixo.
A miniturnê deu largada na sexta-feira, com uma vitória fácil diante do Portland Trail Blazers. O problema começou na segunda escala, em Seattle. Longe de casa, quase na fronteira com o Canadá, o time de Stan Van Gundy perdeu por 10 pontos de diferença. E já havia perdido para os mesmos Sonics uma semana antes, em plena Flórida.
Parada seguinte, Arizona.
Foi ontem, no embate entre os líderes de conferência. O Phoenix Suns abriu uma pequena vantagem no início da partida e foi embora, sem tomar conhecimento de Shaq, Dwyane Wade & Cia. Venceu sem esforço, por 122-107, e fez o adversário ligar o sinal de alerta.
Surgiram as dúvidas. Será que o Heat vai nadar, nadar e nadar até chegar à final da NBA, para então levar uma ensacada impiedosa? O tempo vasto que nos separa dos playoffs não permite previsões desse tipo, mas a desconfiança é natural.
Com elencos teoricamente mais fracos e dependência maior dos titulares, as equipes do Leste penam para se manter em alto nível. Cada atleta tem de suar o dobro se quiser que sua franquia entre no seleto grupo dos candidatos ao título.
Em Miami, não é diferente.
O jovem Wade, por exemplo, completa 23 anos na segunda-feira, mas já anda meio estragado. Entrou em quadra ontem com três lesões diferentes: uma no tornozelo, uma no joelho e uma nas costas.
O esgotamento físico só vai dar uma pausa na sexta-feira, quando termina a viagem pelo Oeste e o Heat terá quatro dias de descanso antes de enfrentar o Atlanta Hawks em casa.
"Vai ser bom para todo mundo. Vou ter a chance de relaxar meu corpo e é exatamente isso que vou fazer", avisa Wade.
Van Gundy, esperto, já deu o aval para a folga.
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Por falar em corpos recuperados, Andrei Kirilenko treinou ontem pela primeira vez em mais de seis semanas. O técnico Jerry Sloan espera que o russo já possa voltar às quadras neste sábado, contra o Cleveland Cavaliers.
Mas nada de esforço exagerado.
"No retorno, vamos colocá-lo para jogar apenas cinco minutos, para ver como ele se sente. No intervalo para o segundo tempo, aquecido novamente, poderá jogar outros cinco", explicou o econômico assistente Gary Briggs.
Para quem acaba de interromper uma seqüência constrangedora de nove derrotas, a notícia chega como esperança de novos tempos.
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foto . cnn/sports illustrated
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