5.1.05



terça nobre, quarta idem
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))) McGrady e Sura têm novos
amigos para mostrar aos Suns



Em apenas cinco partidas, foi uma senhora terça-feira no imprevisível mundinho da NBA. Vejamos:

Jermaine O’Neal, que deveria estar na lista de suspensos mas escapou graças a uma manobra judicial, marcou 55 pontos contra o Milwaukee. Kevin Garnett, que continua um monstro, anotou 47 diante dos Suns. Amaré Stoudemire, que joga muito com ou sem o acento agudo no nome, foi expulso com duas faltas técnicas. Mesmo assim, o embalado Phoenix bateu o Minnesota com um placar que diz tudo: 122-115, sem prorrogação. Vince Carter, que ontem voltou a ser o velho Vince Carter, fez 31 pontos e o New Jersey, que ontem continuou sendo o novo New Jersey, perdeu feio para o Washington. Chris Webber, que tem fama de amarelão, cravou arremessos decisivos no Madison Square Garden para enterrar o New York, que teve o astro Stephon Marbury anulado pelo anônimo Maurice Evans nos minutos finais. Tim Duncan, que não passou dos 12 pontos, deixou o defensivo Bruce Bowen comandar o ataque e atropelar Kobe Bryant numa vitória fácil sobre o Los Angeles Lakers.

Está bom para uma noite de terça?

Então vamos à quarta, porque hoje é dia de bola laranja na TV. Mais que isso, é dia de ver Amaré (ou simplesmente Amare), Nash, Marion, Richardson, Johnson e, de quebra, a dupla Yao-McGrady.

Seria injusto reduzir o embate entre Suns e Rockets à simples presença de valores individuais. Trata-se de uma chance rara para conferir dois times que atravessam momentos especiais.

O Phoenix, vocês sabem, tem a melhor campanha da liga e pratica o basquete mais vistoso deste ano. O Houston, talvez vocês ainda não tenham percebido, decidiu ressurgir das cinzas, escorado num movimento discreto e arriscado da diretoria.

Quando mandou Jimmy Jackson e Tyronne Lue embora, a cartolagem esperava que os novos contratados, David Wesley e Jon Barry, dessem novo ânimo ao elenco. Só não esperava que os dois fossem os responsáveis pela mudança que tirou a franquia de uma situação incômoda e a devolveu á briga por uma vaga nos playoffs.

Desde a troca, os Rockets venceram três seguidas. Se a temporada regular terminasse hoje, estariam classificados para o mata-mata e enfrentariam os... Suns, vejam só. Ao contário do que parece, o que se viu no Texas não foi apenas uma troca de peças, mas também de filosofia. O técnico Jeff Van Gundy, que não é bobo, percebeu que o time iria para o buraco se continuasse como estava.

Com Barry, Wesley, McGrady e Bob Sura na manga, o treinador apostou numa formação ousada, com três armadores no time titular (Wesley e Sura se revezando). Deu a eles liberdade para correr a quadra à vontade, sem se preocupar em passar a bola para o gigante Yao Ming embaixo da cesta. O resultado foi uma formação mais solta, que elevou T-Mac ao nível dos velhos tempos. Nas três vitórias, as médias do craque ficaram em 34 pontos, 7.3 rebotes e 5.6 assistências.

Após bater Utah, Milwaukee e Cleveland, o Houston recebe logo mais um adversário de alto calibre, aliás o calibre mais alto da NBA hoje em dia. Contra o Phoenix, o novo esquema será posto à prova.

E a sorte, finalmente, estará do nosso lado: poderemos acompanhar, ao vivo na ESPN, cada segundo da batalha memorável.

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Foi só eu falar que o segredo do Seattle é a manutenção do quinteto titular desde a primeira partida e já veio a primeira baixa. O ala Reggie Evans deve ter comido aquela azeitona a mais nas ceias de fim de ano. Com problemas estomacais, perde os próximos dois jogos: hoje, em Orlando, e amanhã, em Washington. Uma pena.

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foto . nbae

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