28.4.04



o ócio nocivo
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))) Artest ganhou troféu. Popovich discorda


Os playoffs da NBA advertem: sombra e água fresca em excesso fazem mal aos miolos. O descanso forçado pela varrida imposta aos adversários anda mexendo com os ânimos de Spurs e Pacers. Pelo menos é o que temos visto no imbróglio envolvendo o treinador do San Antonio e um dos principais jogadores do Indiana. Na falta de algo mais útil para fazer, eles decidiram trocar farpas via imprensa.

Em vez de gastar o tempo de ócio indo ao cinema com a patroa, o técnico Gregg Popovich foi a uma emissora de rádio e desandou a falar abobrinhas sobre Ron Artest. Reuniu uma série de argumentos duvidosos para dizer que o prêmio de melhor jogador defensivo do ano foi injusto. Tudo em defesa de seu pupilo Bruce Bowen, claro.

Ora, sr. Popovich, vá rabiscar uma prancheta.

Parece-me óbvio que Bowen é um estupendo jogador de defesa. Tanto é que costuma carregar o honroso apelido de Kobe-stopper, fruto de gloriosas atuações contra os Lakers de Bryant. Sabe-se também que o veterano treinador merece todo o crédito à beira das quatro linhas. No ano passado, foi eleito técnico do ano. Isso não lhe dá o direito, contudo, de espinafrar a justíssima nomeação de Artest.

A alegação é de que o ala dos Pacers foi amplamente beneficiado pela campanha de marketing do técnico Rick Carlisle. De fato, Carlisle telefonou para jornalistas com poder de voto e caprichou no lobby por Artest. De quebra, ainda encomendou a seus assistentes um estudo estatístico para ilustrar o poder defensivo de seu atleta. Os números foram usados pela NBA na apresentação oficial do prêmio.

“Tudo conversa fiada”, desdenhou Popovich. “São dados sem substância, produzidos pelo Indiana e bancados pela mídia e pela a NBA. Estou chocado.”

Exagero. A campanha aberta de Carlisle é antiética, mas não foi isso que elegeu Artest. O título veio por causa da temporada fantástica que ele atravessou. Ponto final. Além disso, a votação da liga ainda tinha outros dois candidatos antes de chegar a Bruce Bowen: Ben Wallace e Theo Ratliff. Ou seja, o técnico dos Spurs não tem motivos para reclamar.

Mas reclamou. E acordou a fera.

Em seu canto, o endiabrado Artest tinha a resposta na ponta da língua. Sem pensar duas vezes, desafiou Bowen para um duelo individual: “Se ele me derrotar numa partida um contra um, passo-lhe o troféu”.

Descontada a dose de ironia, até que seria interessante ver um embate entre os dois. É o tipo de desafio que mexe com os fãs. Vale como sugestão para revigorar as insossas noites de sábado no fim de semana do All-Star Game. O confronto direto, no entanto, pode vir bem antes disso.

Nas finais da NBA, quem sabe.

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Então vamos ao mata-mata, ainda que em pílulas.

@ Mais um belo jogo entre Nuggets e Wolves, ontem à noite. Sem Carmelo nos momentos decisivos, o Denver até se esforçou, mas o que vimos nos últimos segundos foi um time atabalhoado no ataque. Na última posse, ficou nítida a limitação de Andre Miller, que não soube o que fazer com a bola. Aquela torcida não merecia voltar para casa derrotada. É impressionante como vibra o Pepsi Center. Pena que agora o ginásio só deve abrir os portões novamente na próxima temporada.

@ Em New Orleans, méritos para Baron Davis. Mesmo machucado, ele colocou os Hornets nas costas e empatou a série contra o Heat. Sinto cheiro de jogo 7 no ar.

@ A adrenalina dos playoffs voltou a pulsar na veia de Karl Malone. Logo mais, o Staples Center estará lotado para ver o Los Angeles eliminar o Houston.


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foto . nbae

27.4.04



lógica do avesso
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))) Sim, os Pistons sabem atacar


Então tá. O Detroit, modelo de defesa, partiu para o ataque e atropelou o Milwaukee. O Sacramento, modelo de ataque, caprichou na defesa e roubou do Dallas a vitória no jogo 4. Desse jeito, subvertendo a lógica, Pistons e Kings estão com um pé na próxima fase, provando que nem sempre o óbvio ganha jogo.

“Não poderia ter sido melhor”, celebrou o técnico do Detroit, Larry Brown. Ele tem razão. Seu time acertou 57% dos arremessos de quadra, numa performance de dar inveja às maiores potências ofensivas da liga. Rip Hamilton comandou a festa com 27 pontos, mas Rasheed Wallace, Tayshaun Prince e Chauncey Billups também deram sua cota de sacrifício no ataque.

No Texas, o Sacramento penou até o fim para arrancar a vitória. Peja Stojakovic, que finalmente acertou a mão, mostrou um louvável esforço defensivo nos últimos segundos para impedir o chute de Steve Nash, que poderia empatar a partida.

“Queríamos ser agressivos em todos os aspectos”, confirmou Doug Christie, este sim um especialista em defesa. O espírito guerreiro se espalhou por todo elenco, que passou a brigar nos dois extremos da quadra e não se furtou em buscar bolas perdidas no chão diversas vezes.

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Hoje à noite, a ordem natural das coisas continua em risco, desta vez nas mãos de Nuggets e Hornets. Se vencerem em seus domínios, empatam as séries. A torcida maior é pelo Denver de Nenê contra o Minnesota de Garnett, mas sabemos que o New Orleans de Baron Davis tem mais chances de aprontar para cima do Miami de Dwyane Wade.

Vale notar que uma derrota no Colorado pode mergulhar os Wolves em colapso. Depois de duas vitórias em casa, a síndrome do primeiro round parecia descartada. Um revés logo mais, no entanto, pode trazer o pânico de volta. Com uma lesão nas costas, Wally Szczerbiak está fora dos playoffs. Será que isto é uma boa ou má notícia? A resposta vem ao vivo, pela ESPN. Olho na tela.


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foto . nbae

26.4.04



tempo de faxina
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))) Fácil, fácil: Nets muito acima dos Knicks


Em abril de 2003, a NBA entrava num briga de foice marcada pelo equilíbrio. Vocês devem se lembrar dos últimos playoffs: logo de cara, nas partidas de estréia, Magic, Celtics, Suns e Lakers quebraram o gelo vencendo na estrada. O resultado foi um primeiro round com dois 4-3, cinco 4-2, apenas um 4-1 e nenhum 4-0.

Um ano se passou e algo parece ter mudado. Mal começou o mata-mata de 2004 e três equipes já voltaram para casa.

Varridos sem piedade, Memphis, Boston e New York passam a acompanhar a disputa pela TV. Milwaukee e Denver poderiam estar engrossando a fileira dos eliminados, mas buscaram forças para roubar uma vitória diante de rivais muito superiores. Com 3-1 nas costas, os Bucks parecem fadados à guilhotina. Um pouco mais embalados, os Nuggets de Nenê ainda têm um jogo em casa para buscar um improvável empate na série.

O fato é que a NBA criou, este ano, um vão considerável entre quem tem mando de quadra e quem não tem. À exceção dos confrontos Heat x Hornets e Kings x Mavs, todos os outros são muito desiguais. Wolves, Spurs, Lakers, Pacers, Nets e Pistons estão léguas acima de Nuggets, Grizzlies, Rockets, Celtics, Knicks e Bucks.

A zebra está aí para queimar minha língua, mas não creio que o curso do primeiro round sofrerá grandes alterações. Como já disse aqui, eu acreditava no triunfo do Dallas sobre o Sacramento como a única subversão da ordem direta. Aliás, continuo acreditando. Fora isso, a NBA vive um playoff de poucas surpresas.

Não que as partidas sejam fracas. Algumas até são, mas isso é outra história. A emoção está lá, devidamente acomodada no Pepsi Center, no Toyota Center, no American Airlines Center e em outros centers por aí. O problema é que se anuncia uma enxurrada de 4-0 e 4-1. Os favoritos nunca foram tão favoritos.

Todos recordam o arremesso histórico de Stephon Marbury, ainda com a camisa do Phoenix, no jogo 1 de 2003, em San Antonio. Vitória olímpica dos Suns, fogo ardendo na série. Hoje, o próprio Marbury é o retrato da desigualdade. Seu New York foi impiedosamente escorraçado pelos Nets, que nem andam com essa bola toda.

Seria mais agradável ver um sopro de guerrilha em Boston, um foco de resistência em Memphis, uma ou duas vitórias dos Knicks no Madison. Nada disso. Estão todos eliminados. Ao que tudo indica, a emoção verdadeira ficará adiada para a próxima fase. Com as semifinais de conferência, vem fogo aí.

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Entre todos os candidatos a zebra, impossível não curtir a vitória do Denver, que atropelou o Minnesota no sábado. Carmelo, Camby, Nenê & Cia mostraram veia de competição. Abriram vantagem no primeiro período e não olharam mais para trás. Tudo leva a crer que a trupe de Kevin Garnett não vai deixar barato no jogo 4. Ainda assim, convém ficar de olho, amanhã, na ESPN.

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foto . nbae

22.4.04



o intruso
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))) Redd e os Bucks venceram fora


Foi-se a primeira semana, foram-se os jogos de ida. Entre os 16 classificados para os playoffs, apenas um se atreveu a vencer na casa do adversário. Podia ter sido o Dallas, o Houston, o New Orleans. Nada disso. Foi justamente o Milwaukee Bucks, que havia levado uma sova na primeira partida e cambaleava desacreditado no mata-mata.

Méritos para o incansável Terry Porter, acostumado ao descrédito desde que assumiu um time desmantelado no início da temporada. Quem viu os treinos da equipe nos últimos dias percebeu o espírito agressivo de quem não estava disposto a repetir o fiasco da estréia. Em quadra, a resposta veio em grande estilo. O jovem Michael Redd foi o herói da noite, marcando 26 pontos e roubando uma vitória fundamental, que pode virar os rumos da série.

Ainda assim, acredito na recuperação do Detroit. Com uma defesa sólida, é possível parar o Bucks em Milwaukee e retomar as rédeas do confronto. O problema é que, além da dificuldade numérica, os Pistons terão de lutar contra o desânimo, diante de um adversário embalado.

Os próximos embates prometem.

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Em termos de cenários, hoje é um dia especial para a NBA. Logo mais, os playoffs retornam a Nova York, de onde nunca deveriam ter saído. Convém lembrar, no entanto, que romantismo não ganha jogo. Com os 2-0 de vantagem para o New Jersey, chegou a hora de Stephon Marbury provar que Isiah Thomas estava certo ao buscá-lo em Phoenix.

Em Memphis, a noite será de estréia. A cidade recebe pela primeira vez uma partida de mata-mata, mas sabe que não é fácil conseguir uma vitória sobre o San Antonio Spurs. Assim como Marbury em NY, Pau Gasol tem de se superar se quiser vencer o duelo com Tim Duncan.


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foto . nbae

21.4.04



o enigma
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))) Webber e Christie: altos e baixos em Sacramento


Estranho, muito estranho, esse time do Sacramento Kings. Quando a gente menos espera, no fim da temporada regular, eles atropelam o Los Angeles Lakers. Em seguida, quando a gente mais espera, entregam um jogo bobo para o Golden State e caem para a quarta posição do Oeste. Nos playoffs, quando a expectativa volta a cair, batem o Dallas Mavericks duas vezes seguidas.

Que coisa.

Quando a gente mais aguarda uma aparição de Chris Webber, ele sai de cena. Quando a sensação é de febre amarela, ele vira um monstro. Foi assim ontem. Ao fim do primeiro tempo, o ala precisava de apenas uma assistência para completar o triple-double. Incrível. No fim das contas, saiu de quadra com 19 pontos, 13 rebotes e 12 passes.

É bem possível que o Sacramento tenha feito sua melhor exibição defensiva de toda a temporada. Limitar os Mavs a 79 pontos é tarefa digna de elogios rasgados. No ataque, a coisa não andou tão bem, mas o carregador de piano Mike Bibby tomou as rédeas e fez bonito com 24 pontos.

De fato, eu esperava que a turma de Dirk Nowitzki roubasse uma das partidas na Arco Arena. Apostei errado. Agora, a situação se inverteu. O Dallas precisa vencer os dois compromissos no Texas se não quiser complicar de vez a situação na série.

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No dia em que Ron Artest recebeu o título de melhor jogador defensivo do ano, a NBA resolveu premiá-lo com uma suspensão estranha e exagerada. A alegação é simples: o ala saiu do banco e invadiu a quadra no jogo 1 contra o Boston Celtics. Não pode, mas muita gente já fez isso antes. É o tipo de coisa que, no futebol, não renderia nem cartão amarelo. O próprio Artest, vocês sabem, já fez muito pior. Pois a fama falou mais alto e a liga optou pela punição.

Sem problemas.

Na segunda partida, os reservas Al Harrington e Jonathan Bender (unidos pela semelhança de terem pulado o basquete universitário) se revezaram na tarefa de segurar o craque Paul Pierce. De certa forma, deram conta do recado. Pierce marcou 27 pontos, mas não foi o bastante para impedir o Indiana Pacers de abrir 2-0 na melhor de sete.

Convém ao Boston rever fitas de vídeo, corrigir erros e concentrar forças para os dois próximos jogos. Se não houver uma reviravolta séria, periga o time de verde sofrer uma varrida vergonhosa.

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Ainda que com atraso, sinto-me na obrigação de destacar um lance da partida entre Lakers e Rockets, já lembrado nos comentários por Gustavo Nery e Texano. De costas para a cesta, Yao Ming ia empurrando Karl Malone, como costumam fazer todos os pivôs da liga. Eis que Malone, malandro de outros carnavais, simplesmente afastou o corpo e tirou o apoio do chinês, que, surpreso, se atrapalhou todo e andou com a bola. Genial. Só isso já fez valer a presença do ala nos playoffs.

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Igualmente genial foi o pequeno Sam Cassell, que carimbou 40 pontos na vitória dos Wolves sobre os Nuggets, espalhando alívio em Minnesota. Cabe a Carmelo Anthony dar a resposta no jogo 2, hoje à noite, mas tudo indica que o Denver realmente não terá fôlego para uma série competitiva.

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Treze partidas já se foram e, até agora, nenhum visitante venceu. Nuggets, Bucks e Hornets têm a chance de quebrar o tabu logo mais. Algo me diz que a história só vai mudar nos jogos da volta.

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foto . nbae

19.4.04



lar, doce lar
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))) Wade arremessa para selar a vitória


O fim de semana caminhou sem sobressaltos e a zebra pastou longe deste início de playoffs. Com a tensão no ar, o fator quadra falou mais alto: todos os anfitriões venceram suas partidas, fazendo da segunda rodada um momento delicado para os visitantes. Na maioria absoluta dos jogos, a diferença de pontos ultrapassou os dígitos duplos. Apenas dois embates foram decididos nos instantes finais.

No primeiro, sábado, Shaquille O’Neal precisou tomar as rédeas num arremesso sem rumo de Kobe Bryant. Catou a bola no ar e enterrou, sem tomar conhecimento de Yao Ming no caminho. A vitória por 72-71 foi selada a 17 segundos do fim.

O outro desfecho dramático, no domingo, veio pelas mãos de um calouro. Dwyane Wade interrompeu um colapso do Miami no quarto período e, mesmo com Jamaal Magloire crescendo à sua frente, converteu o arremesso decisivo quando faltava apenas um segundo para a campainha.

O resto foi uma seqüência de lavadas. Destaque para Nets, Pistons e Spurs, que quebraram a barreira das duas dezenas de vantagem. Isso significa que Knicks, Bucks e Grizzlies precisam reencontrar os trilhos se não quiserem voltar para casa com a delicada desvantagem de 2-0.

Espera-se que Stephon Marbury e Pau Gasol acordem. No mata-mata, cochilos geralmente são punidos de forma implacável, e um segundo fiasco pode custar muito caro no decorrer da série. O armador do New York já avisou que vai mudar de tática, deixando os passes de lado para arremessar mais. Passará a jogar na posição 2, dando mais minutos a Penny Hardaway. Decisão louvável, dada a urgência de um cestinha com a ausência de Allan Houston.

Gasol tem Duncan pela frente, e não há nada que possa fazer além de tentar, tentar, tentar. O Milwaukee também enfrenta um desafio indigesto: furar a defesa do Detroit, que ontem conseguiu roubar 14 bolas e distribuir oito tocos. Os Bucks não puderam contar com o calouro TJ Ford, o que deve ter deixado o técnico Terry Porter com vontade de vestir o uniforme.

Logo mais, apenas duas partidas. O Memphis junta os cacos para desafiar o San Antonio e o Houston tenta repetir a boa performance do jogo 1 em Los Angeles.

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GALERIA DE FOTOS

Flagrantes do fim de semana


))) Balé, parte 1: As moças de Miami

))) Balé, parte 2: Wade e Odom

))) Balé, parte 3: Bibby e Nash

))) Luta-livre: Os armadores vão ao chão

))) No grito: Sam Cassell comemora

))) Mais alto: Doug Christie reage

))) Paz: Yao e Shaq relaxam

))) Guerra: Shaq vence o jogo em cima de Yao

))) Sinal fechado: Kobe esbarra na muralha

))) Visão ampla: Spurs e Grizzlies em ação

))) Estréia: Carmelo mostra intensidade

))) Ilusão de ótica: A bola furada de Magloire

))) Conflito: Pierce encontra Artest

))) Do alto: Duncan sob novo ângulo

))) Moda: Kidd e as meias vermelhas

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foto . cnn/sports illustrated

18.4.04



plantão
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LeBron James é o calouro do ano.

O anúncio oficial da NBA só sai na terça-feira, mas uma fonte que teve acesso ao resultado deixou vazar a informação para uma parcela da imprensa americana. Com médias de 20.9 pontos, 5.9 assistências e 5.5 rebotes, o novato de 19 anos foi a principal razão para as 16 noites de ingressos esgotados na Gund Arena, além de várias outras em partidas fora de casa. Como vocês já sabem, acho o prêmio merecido, sem desmerecer o fantástico Carmelo Anthony. Ainda bem que há espaço para os dois na liga. Quem ganha é o basquete.


sala de troféus
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))) Kevin Garnett reinou absoluto


A NBA abriu a porta dos playoffs sem muita surpresa. Nos quatro primeiros jogos, nenhuma zebra. De relevante, só a dificuldade do Los Angeles para bater o Houston. Para garantir a vitória, foi necessária uma daquelas enterradas monstruosas de Shaquille O’Neal. Jogo feio, muito feio. Tomara que a série melhore daqui para frente. Em San Antonio, Pau Gasol decepcionou e Tim Duncan mostrou como se agiganta no mata-mata. Em Indianápolis, Artest e O’Neal dominaram os Celtics. Em New Jersey, Kidd e Martin fizeram o mesmo contra os Knicks.

Diante dessa largada em marcha lenta, o Rebote aproveita para distribuir seus troféus. Antes que a liga divulgue os homenageados da temporada, vamos fazer nossa seleção por aqui. Discordem à vontade.

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MVP ))) KEVIN GARNETT

Seria o cúmulo da injustiça não dar ao ala dos Wolves o título de melhor jogador do campeonato. Além de acumular os melhores números de sua carreira, Garnett conseguiu levar o Minnesota ao topo do Oeste, desbancando papões como Lakers, Spurs, Kings e Mavs. A tábua de estatísticas é assustadora: 24.2 pontos, 13.9 rebotes, 5 assistências, 2.2 tocos, segundo cestinha da liga, maior reboteiro com folgas, recordista absoluto de double-doubles, líder disparado no ranking de eficiência. Se alguém aí achar um defeito, por favor avise.

NA COLA: Tim Duncan (sempre estupendo), Kobe Bryant (pelo que fez na segunda metade) e Jermaine O’Neal (ano que vem, quem sabe).

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MELHOR DEFENSOR ))) RON ARTEST

A turma que joga na posição 3 certamente tem pesadelos antes de enfrentar o Indiana Pacers. Além de ter uma habilidade ofensiva pra lá de razoável, Artest é um cão de guarda que inferniza a vida do adversário sem um instante de trégua. A conclusão cabe a qualquer leigo com o mínimo de bom senso, mas o técnico Rick Carlisle queria um parecer mais apurado. E encomendou aos auxiliares uma análise minuciosa, em vídeo, com 8 mil gravações de Artest tentando parar rivais individualmente. O resultado foi espantoso: quando marcadas pelo ala dos Pacers, as vítimas mantêm média de apenas 9.4 arremessos por jogo. Chega a dar medo.

NA COLA: Ben Wallace (outro que assusta), Kevin Garnett (que virou um demônio nos rebotes) e Andrei Kirilenko (grande revelação na defesa).

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MELHOR RESERVA ))) MANU GINOBILI

Talvez nem seja justo incluir o armador argentino nesta categoria. O fato de ter iniciado apenas 38 jogos não tira dele os méritos de um titular. Quando sai do banco, Manu invariavelmente muda a cara da partida. E esta mudança pode ser tanto na posição de Hedo Turkoglu como na de Tony Parker, dependendo do ritmo em quadra. Sorte do técnico Gregg Popovich, que pode se dar ao luxo de ter um ás desses na manga.

NA COLA: Antawn Jamison (reserva apenas por falta de espaço), Al Harrington (perfeito quando Artest se machucou) e Desmond Mason (14 pontos por noite em Milwaukee).

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MAIOR EVOLUÇÃO ))) ZACH RANDOLPH

Esta é uma escolha difícil, pela vasta concorrência. Fico com Randolph pelo impacto dos números. O rapaz saltou de 8.4 para 20.1 pontos por jogo, os rebotes também explodiram (4.5 para 10.5) e a NBA ganhou mais um medalhão na ala de força. Pena que ele não tenha conseguido alcançar os playoffs.

NA COLA: Carlos Boozer (em situação muito semelhante), Jamal Magloire (que virou All-Star), James Posey (encontrou o doce lar em Memphis) e Marcus Camby (alguém ainda acreditava nele?).

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MELHOR CALOURO ))) LEBRON JAMES

Lá vou eu me expor às pedradas novamente. Antes de começar, digo logo que LeBron e Carmelo Anthony atravessaram a temporada em níveis muito parecidos. A dupla foi excepcionalmente bem. Então por que dar o troféu ao garoto de Cleveland? Em resumo, três motivos. 1) Ele não teve o estágio universitário do concorrente, o que torna o aprendizado na NBA um pouco mais difícil. 2) Carmelo foi cercado com uma dose relevante de talento, facilitando a adaptação. LeBron estava solitário, jogado às traças. 3) Além da pressão de reerguer uma franquia (problema idêntico para os dois), o armador dos Cavs também precisou enfrentar o peso da mídia, que o bajulou sem parar e criou uma expectativa exagerada. Ainda assim, tirou o assédio de letra.

NA COLA: Carmelo (claro), Dwyane Wade, Chris Bosh e a surpreendente dupla de Dallas, Josh Howard e Marquis Daniels.

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MELHOR TÉCNICO ))) HUBIE BROWN

Se Jerry Sloan tivesse levado o Utah Jazz à segunda fase, levaria também meu voto aqui. Como ficou para ver o mata-mata na TV, não vai se aborrecer com a homenagem que faço ao treinador do Memphis. A comparação futebolística com o São Caetano é quase inevitável. Um time sem grande estrelas, bem azeitado, competitivo, com boa movimentação e estilo vistoso. Lá estão os Grizzlies na quinta posição do Oeste, quem diria? Méritos para o veterano Brown, que voltou a se desafiar após os 70 anos e mostrou que é possível injetar ânimo num grupo jovem.

NA COLA: Jerry Sloan (genial), Rick Carlisle (tem tudo para ser um dos bambas da prancheta no futuro próximo) e Jeff Bzdelik (que fez milagre em Denver).

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))) PRIMEIRO TIME:

C – Jermaine O’Neal
PF – Tim Duncan
SF – Kevin Garnett
SG – Peja Stojakovic
PG - Kobe Bryant


Estranho isso, não? Kobe na posição 1? Paciência, não dá para tirar Stojakovic desta equipe. Jermaine de pivô? Tudo bem, ele sabe jogar ali.

))) SEGUNDO TIME:

C – Shaquille O’Neal
PF – Ben Wallace
SF – Andrei Kirilenko
SG – Tracy McGrady
PG – Jason Kidd


Alguém se atreve a cruzar este garrafão? Pena não haver mais vagas para Yao Ming, Sam Cassell, Baron Davis, LeBron James, Carmelo Anthony, Dirk Nowitzki, Steve Francis, Ron Artest, Lamar Odom, Kenyon Martin, Stephon Marbury, Mike Bibby, Michael Redd, Vince Carter, Ray Allen e um punhado de outros. Fica para a próxima.

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foto . nbae

17.4.04



oeste para adultos
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))) Shaq ou Yao? Começa o duelo


Briga de cachorro feroz é assim: tudo pode acontecer. No Oeste, Wolves, Lakers e Spurs largam como favoritos, enquanto Mavs e Kings se engalfinham numa série imprevisível. No curso do tempo, entretanto, tudo pode mudar. Favoritos caem, azarões pedem passagem. A ação começa hoje, com transmissão em duas frentes: na ESPN, Memphis x San Antonio; na RedeTV, Houston x Los Angeles. Sofá confortável, quem sabe uma pipoca, basquete de primeira linha na tela. Vamos às previsões.

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))) POR QUE OS WOLVES BATEM OS NUGGETS?
Se não for desta vez, é melhor pedir transferência para a CBA ou alguma liga universitária. Diante do Denver, o Minnesota tem uma chance de ouro para vencer sua primeira série de playoff. Só uma dose extrema de nervosismo seria capaz de causar um colapso. Com uma das mãos no troféu de MVP, Kevin Garnett vai levar seu time adiante sem grandes sustos. Isso faz do nosso Nenê um personagem central na disputa. O brasileiro vai ter de se desdobrar para marcar o craque. Boa sorte para ele, vai precisar. Wolves 4-1, e olhe lá.

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))) POR QUE OS LAKERS BATEM OS ROCKETS?
A vitória heróica sobre o Portland na última rodada foi o bastante para mergulhar o Los Angeles no espírito do mata-mata. Embalado, o time só precisa de uma coisa para derrotar o Houston: um pouco de ajuda para a dupla Kobe-Shaq. Não precisa ser muito. Karl Malone é dúvida para hoje, mas Gary Payton pode resolver a parada. Vai ser interessante ver como O’Neal e Yao Ming se comportam no primeiro duelo de pós-temporada entre os dois maiores pivôs da liga. Se a adrenalina ainda estiver pulsando em nível alto, os galácticos da Califórnia podem até varrer os texanos. Em todo caso, considerando que Bryant tem uma audiência da acusação por estupro bem no meio da série, prefiro apostar num prudente 4-2.

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))) POR QUE OS SPURS BATEM OS GRIZZLIES?
Hubie Brown e Jerry West, técnico e cartola, estão de parabéns. Pau Gasol e James Posey, craque e revelação, também. Mas a brilhante campanha do Memphis termina aqui. Passar pelo San Antonio seria demais. Os fãs da zebra dirão que os Grizzlies venceram três dos quatro confrontos na temporada regular, mas não citarão que Tim Duncan estava ausente em dois desses embates. Com Duncan saudável e Tony Parker concentrado (será possível?), os atuais campeões avançam sem percalços relevantes. Vá lá, com um honesto 4-2.

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))) POR QUE OS MAVS BATEM OS KINGS?
Neste caso, qualquer previsão vira um risco incalculável. Ainda assim, vamos à bola de cristal. Diante do clima tenso que se instalou em Sacramento desde a volta de Chris Webber, o mando de quadra pode atrapalhar. Se conseguir vencer logo um jogo na casa do rival, o Dallas dará um grande passo para a classificação. Vale lembrar que a equipe de Don Nelson está tinindo, enquanto a de Rick Adelman anda rateando. Os calouros dos Mavs têm jogado como gente grande, e no banco dos Kings o contundido Bobby Jackson vai fazer muita falta. Por essas e outras, Nowitzki & Cia arrancam um 4-2.

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foto . nbae

16.4.04



leste sem surpresas
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))) Artest passará fácil por Pierce


Com quatro partidas, começam no sábado os playoffs 2004. Talvez seja a corrida ao título mais aberta dos últimos anos, cheia de favoritos e azarões de primeira linha. Até no Leste há quem possa fazer graça. E é justamente ali que o Rebote começa sua série de previsões. No primeiro round, contudo, não creio em surpresas. Os times com mando de quadra devem avançar sem maiores problemas. Abaixo, os palpites. Amanhã, pulamos para a conferência vizinha.

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))) POR QUE OS PACERS BATEM OS CELTICS?
Porque esta é, provavelmente, a série mais fácil de todo o mata-mata. O Indiana tem a melhor campanha da NBA e enfrenta um adversário que se classificou muito mais pelo fiasco da concorrência. Sem Antoine Walker, o Boston perde experiência, que nesta hora conta muito. Espera-se que Reggie Miller não repita a vergonha do ano passado, mas, ainda que isso aconteça, Jermaine O'Neal não vai deixar a zebra passear. Cheiro de 4-0.

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))) POR QUE OS NETS BATEM OS KNICKS?
Porque, no balanço da enfermaria, a turma de New Jersey ainda leva ampla vantagem. Mesmo com Kidd e Martin mal das pernas, os Nets têm um elenco mais sólido. Do outro lado, o New York entra na batalha sem Allan Houston, peça fundamental. Com a escalação completa, até daria para aprontar, principalmente pela torcida e o peso da camisa. Mas sem uma estrela como Houston, fica difícil. Stephon Marbury terá de se desdobrar para conseguir mais de uma vitória na série. Em todo caso, um 4-2 estaria de bom tamanho.

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))) POR QUE OS PISTONS BATEM OS BUCKS?
Esta pergunta parece um tanto óbvia. Existe uma larga diferença de qualidade entre as duas equipes. Há quem aposte no Detroit como campeão do Leste. Não sei se chega a tanto. Só vamos saber o potencial da química dos Wallaces no decorrer dos playoffs. Mas para bater o Milwaukee não precisa muito. O técnico Terry Porter até merecia melhor sorte no primeiro round , mas conseguiu a proeza de cair duas posições na última rodada do campeonato. Agora, paciência. Não descarto um implacável 4-0.

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))) POR QUE O HEAT BATE OS HORNETS?
Mesmo sem Jamal Mashburn, o New Orleans continua sendo uma grande equipe, tanto que fez bonito no curso da temporada regular. Ainda assim, ficou um gosto de decepção. Sinceramente, não consigo ver nos Hornets o espírito de quem briga pelo título: fica sempre uma impressão de time “mais ou menos”. O Miami é o oposto disso. Embalado com o mando de quadra obtido ao apagar das luzes, o grupo chega ao mata-mata como a maior surpresa da conferência. Não vai ser fácil, quem sabe até um 4-3, mas aposto minhas fichas em Lamar Odom & cia.

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foto . nbae

15.4.04



BOLÃO REBOTE ))) PLAYOFFS 2004
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))) Abaixo, o grande vencedor


Foram 62 apostas, e ninguém conseguiu acertar na ordem os oito classificados em cada conferência. Natural, com o punhado de surpresas das últimas rodadas. Após duas semanas de expectativa, chega ao fim o Bolão Rebote Playoffs 2004.

Thiago Oliveira, de Niterói, e Idelvane Loredo, de Nova Iguaçu, foram fantásticos. Cada um gabaritou uma conferência, atingindo 36 dos 48 pontos possíveis. Os dois só pecaram em um aspecto: deixaram para apostar no último dia. O vencedor, com a mesma pontuação, havia mandado seus palpites quase uma semana antes. Não chegou a cravar o Leste inteiro, como fizeram os concorrentes, mas no conjunto da obra também foi aos 36 pontos.

E pelo critério da antecedência no e-mail, a camisa oficial do Nenê vai para:

))) RODRIGO CHIA, do Rio de Janeiro.

Para quem ainda não ligou o nome à pessoa, trata-se de Rodrigo, o outro, figura recorrente nas caixas de comentários. Parabéns pelos chutes certeiros e pela ousadia de não esperar os 45 do segundo tempo. A 31 do Hilário vai pelo correio, fique tranqüilo.

O Rebote agradece a todos que entraram na disputa. Muita gente chegou perto, mas o caos na reta final do Oeste derrubou a maioria dos candidatos. Para se ter uma idéia, apenas três dos 62 colocaram os Wolves no topo da lista. Mais de 30 conseguiram quebrar a barreira dos 30 pontos, o que de certa forma revela o alto nível da turma que anda passeando por aqui. Abaixo, segue o top-10:

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1. RODRIGO CHIA
Rio de Janeiro (RJ). 36 pontos, 25/3, 3h44

2. THIAGO OLIVEIRA
Niterói (RJ). 36 pontos, 31/3, 15h54

3. IDELVANE LOREDO
Nova Iguaçu (RJ). 36 pontos, 31/3, 23h53

4. DANIEL DRIESSEN JUNIOR
Curitiba (PR). 34 pontos, 22/3, 0h35

5. MARCIO MARQUES
Curitiba (PR). 34 pontos, 22/3, 18h14

6. RAFAEL YEDA
Campinas (SP). 33 pontos, 22/3, 15h12

7. LEONARDO WALKER
Guarujá (SP). 33 pontos, 23/3, 23h43

8. FABIANO BARCELLOS
Franca (SP). 33 pontos, 25/3, 18h08

9. LEOPOLDO GOMES PAPI
Ponta Grossa (PR). 33 pontos, 27/3, 17h57

10. GUSTAVO NERY
Brasília (DF). 33 pontos, 31/3, 18h11

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Depois de toda essa trabalheira na apuração, não sobrou fôlego para comentar a estupenda noite de Kobe Bryant. Ontem ele foi um gigante. Com o sangue frio dos grandes craques, decidiu uma partida histórica. Como a crônica de hoje é mesmo dos leitores, deixo para vocês a tarefa de louvar o rapaz. Volto amanhã, com a bola de cristal a tiracolo, de olho nos playoffs que começam sábado. Até lá.

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foto . nbae

14.4.04



ponto final
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))) De hoje não passa: quem
vai ser o primeiro do Oeste?



Para começo de conversa, uma reparação. Quando elogiei ontem o terceiro triple-double de Bob Sura, não sabia que o feito tinha sido fruto de uma farsa, no melhor estilo Ricky Davis, para obter o rebote redentor. Assim como a NBA, que se corrigiu a tempo, aproveito para retirar o que disse. A atitude foi antiesportiva, antiética, ridícula. Principalmente para um sujeito que termina o campeonato longe, muito longe dos playoffs. Que feio.

Agora, vamos ao que interessa. Após mais de cinco meses com jogos diários, a temporada regular chega ao fim logo mais. Será uma quarta-feira com 14 embates, 28 equipes em quadra, só o Detroit de folga. Seis amistosos, oito partidas com times que ainda disputam posições na tabela.

Pelo Leste, só a oitava e as três primeiras vagas estão decididas. Da quarta à sétima, tudo pode mudar. O Milwaukee garante o mando de quadra no round inicial se bater o eliminado Toronto. Se perder, pode até cair duas posições, caso Heat e Hornets passem por Nets e Wizards. O New Orleans, por sinal, não pode bobear. Perdendo em Washington, corre o risco de entregar a sexta vaga para os Knicks, que recebem um Cleveland desmotivado no Madison.

No Oeste, a disputa é mais em cima. Com a vitória de ontem, o Dallas tomou o quinto lugar do Memphis e deixou apenas os quatro primeiros postos em aberto. Briga de cachorro grande. Minnesota e San Antonio disputam o topo da conferência. Os Wolves vão a Memphis em busca de uma vitória que garanta o título da divisão; e os Spurs recebem o Denver sabendo que, além de fazer seu papel, precisam torcer por um tropeço do concorrente. A vice-liderança está entre o Sacramento (que fica tranqüilo se superar o Golden State) e o Los Angeles (que vai a Portland).

O jeito é ficar grudado na internet, acompanhando as decisões passo a passo. É para apostar? Então vamos lá. Creio que, de hoje para amanhã, nada muda na tabela: Wolves, Kings, Spurs e Lakers no Oeste; Bucks, Heat, Hornets e Knicks no Leste.

Será que vou errar feio?

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Na verdade, quem tem de acertar as apostas aqui não sou eu, e sim vocês. Amanhã sai o resultado do BOLÃO REBOTE PLAYOFFS 2004, valendo uma camisa oficial do Nenê, agora ainda mais valorizada com a classificação aos playoffs.

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foto . nbae

13.4.04



euforia em denver
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))) Nem a enxaqueca de Melo freou a festa


O relógio ainda fazia escorrer os últimos segundos, mas Jon Barry, meus caros, é um sujeito de 34 anos e não tem muito tempo a perder. À beira da quadra, o veterano armador não esperou a campainha: passou a mão numa toalha e começou a dançar sem culpa, com um sorriso rasgado no rosto.

Foi a senha para a histeria coletiva.

Jeff Bzdelik mandou às favas a imagem de técnico comportado e, punhos cerrados, virou-se para as arquibancadas gritando de forma frenética. O Pepsi Center pegou fogo. Atletas, comissão técnica e torcedores só queriam saber de uma coisa: celebrar.

Avisem aos navegantes que a década perdida ficou na poeira do passado. Após nove anos, o Denver Nuggets está de volta aos playoffs. Leve. Embalado. E com um brasileiro a tiracolo.

Na noite de ontem, Nenê anotou 12 pontos e 11 rebotes. Foi uma espécie de resumo de sua segunda temporada. Nada de números superlativos. Quase sempre beirando os dígitos duplos, quase sempre de uma eficiência invejável. Nenê está longe, muito longe, de ser um craque do basquete. Não importa. O segundo escalão da NBA não é vergonha para ninguém. Vergonha, aliás, é tudo o que o brasileiro não pode sentir neste momento.

Nenê e seus 118 quilos estão no mata-mata. Aqui deste canto, sabemos da pedreira que vem por aí, mas seguimos torcendo por ele.

A classificação do Denver foi heróica. Caso você ainda não saiba, a vitória de ontem se deu sobre o Sacramento Kings, que na última rodada havia atropelado o Los Angeles Lakers. Com uma tabela ingrata na reta final, os Nuggets conseguiram tirar leite de pedra. Superaram adversários de peso, como Blazers, Rockets, Wolves e Kings. A recompensa foi merecida, em tom de alívio. Para a turma do Colorado, o jogo de amanhã, em San Antonio, não vale absolutamente nada.

Bem, talvez até valha, se o objetivo for escolher o adversário do primeiro round. Caso vença os Spurs, o Denver garante ao Minnesota Timberwolves o primeiro lugar do Oeste, definindo o confronto direto. Se perder, pode dar ao San Antonio a chance de atingir o topo da conferência.

De qualquer forma, o desafio será indigesto. Mas perguntem a Marcus Camby, por exemplo, se ele não acredita na zebra. No início do campeonato, o pivô era motivo de chacota. Sempre envolvido em contusões, não tinha crédito algum junto à torcida e à imprensa. Mais de 80 jogos e depois, derramado muito suor, ele completa a volta por cima.

Ontem, Camby foi um monstro. Mesmo com a missão de conter Webber, Divac e Miller no garrafão, o pivô saiu de quadra com 12 pontos, 21 rebotes, sete assistências, cinco tocos e duas roubadas.

Com uma forte enxaqueca, Carmelo Anthony não foi tão brilhante contra o Sacramento, mas merece como ninguém os louros da classificação. Aconteça o que aconteça nos playoffs, o garoto de 19 anos já abraçou a glória em sua temporada de estréia. Deu, inclusive, um grande passo para conquistar o prêmio de calouro do ano. Cá entre nós, meio contra a corrente, continuo preferindo a clarividência de LeBron James. Sei, no entanto, que o fenômeno colegial falhou na missão de levar o Cleveland à segunda fase, e isso pode, sim, pesar na decisão.

Aproveitando que esta deve ser a última oportunidade para louvar os Nuggets, ficam aqui os parabéns para o resto do grupo, alguns em especial: Earl Boykins, o guerreiro; Jon Barry, o vovô; Andre Miller, o teimoso; Chris Andersen, o raçudo; Voshon Lenard, o gatilho; Kiki Vandeweghe, o grande responsável por trás do sonho; e, claro, Nenê, a ponta de orgulho do Brasil.

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É certo que o adversário do Denver na rodada inicial sairá do forte Meio-Oeste. Se o San Antonio bater os Nuggets e o Minnesota vencer em Memphis (resultados nada improváveis), os atuais campeões ficarão com o primeiro lugar, no critério de desempate. A briga pela segunda vaga também promete. O Sacramento precisa derrotar o Golden State amanhã ou torcer por um tropeço dos Lakers contra os eliminados Golden State e Portland.

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A rodada hoje tem apenas três partidas, e uma delas é de arrepiar. Às 21h30, com milagrosa transmissão da ESPN, Dallas e Memphis brigam no penúltimo round da disputa pela quinta vaga do Oeste. Prenúncio de um duelo eletrizante.

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No circuito alternativo dos playoffs, tem gente fazendo bonito. Bob Sura, do Atlanta Hawks, conseguiu a façanha de registrar três triple-doubles seguidos. As vítimas foram Bulls, Celtics e Nets. O fato não acontecia desde 1997, com Grant Hill.

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foto . cnn/sports illustrated

12.4.04



papéis trocados
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))) Contra Bibby, foi Kobe Bryant quem sumiu do jogo


Na Páscoa da Califórnia, o chocolate teve um agradável sabor de vingança para o Sacramento Kings. Na reta final do campeonato, quando a vitória passa a ser obrigação, todo mundo espera que a turma liderada por Chris Webber enfie a viola no saco e saia de fininho. Ontem, contra o Los Angeles Lakers, não foi bem isso que aconteceu.

A convincente vitória por 102-85 não serviu apenas para dar aos Kings uma vantagem considerável na briga pelo título do Pacífico. Foi uma resposta aos gozadores acostumados a dizer que os Queens sempre amarelam em momentos decisivos. E para revanche ser completa, a torcida de Sacramento ainda ganhou o direito de voltar as baterias contra o craque do time adversário.

Desta vez, se alguém pipocou, foi Kobe Bryant. O armador não costuma fugir da raia, mas resolveu sumir de cena ontem, arriscando apenas um arremesso nos dois primeiros quartos. Quando veio o intervalo, o Los Angeles já perdia por diferença de 21 pontos. Méritos para a defesa perturbadora de Doug Christie No fim das contas, Kobe e Shaquille O’Neal saíram de quadra com pontuações pífias: oito e dez, respectivamente.

Do outro lado, com 25 pontos e 12 rebotes, Webber apagou qualquer indício de vaia na Arco Arena, que não vinha sendo um bom lar nas últimas semanas. A lua-de-mel, agora, parece recomposta. Nas duas rodadas que restam, os Kings precisam de apenas uma vitória (ou uma derrota dos Lakers) para garantir o primeiro lugar da divisão. A confirmação pode vir logo mais, em Denver.

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Por falar nisso, teremos hoje uma rodada de tirar o fôlego. No Leste, o Boston tenta interromper a seqüência de quatro fracassos e arrancar, enfim, o triunfo que falta para assegurar a classificação. O adversário é o Miami Heat, que ainda briga com o Milwaukee pelo mando de quadra no primeiro round. Os Bucks, por sua vez, vão a Cleveland para pegar um desmotivado LeBron James, já fora da disputa. O New Orleans, outro time que briga pela quarta vaga, recebe o New York, estagnado na sétima posição.

No Oeste, o trio que almeja a oitava vaga enfrenta três cachorros grandes. Enquanto o Utah vai a Minnesota, Denver e Portland abrem suas portas para Sacramento e San Antonio. Certamente serão grandes jogos. Por aqui, não veremos nenhum, claro, mas não custa nada bisbilhotar na internet ou numa dessas rádios com transmissão ao vivo. Afinal, faltam apenas três dias para o fim da temporada regular, e não convém perder nenhum detalhe.

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foto . cbs/sportsline

8.4.04



noite de gala
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))) KG e C-Webb têm encontro marcado


O ringue está armado. De um lado, Webber, Stojakovic e Bibby. Do outro, Garnett, Sprewell e Cassell. No meio, a briga pelo primeiro lugar do Oeste e uma rivalidade que ganhou corpo ao longo do ano, escorada em embates épicos. Com Kings e Wolves dividindo a arena, a NBA apresenta suas credenciais para uma quinta-feira que, com apenas três partidas, vale pela semana inteira.

Como pano de fundo, o Orlando visita o New Jersey e o Dallas recebe o Utah. São dois jogos importantes simbolicamente. No Leste, é inegável que existe uma expectativa pela volta de Jason Kidd e Kenyon Martin à velha forma. No Oeste, a partida envolve disputa de posições em pontos diferentes da tabela.

O evento principal, contudo, está marcado para às 22h locais na Califórnia. No palco da Arco Arena, Sacramento e Minnesota se engalfinham na disputa pelo topo da conferência, mas os atrativos não param por aí. Nas três vezes em que se enfrentaram, as equipes fizeram valer cada centavo do ingresso.

O primeiro round foi em Minneapolis, logo no início do campeonato, em 5 de novembro. Àquela altura, pouca gente sabia que Peja Stojakovic teria um ano tão fantástico. Foi ali que surgiu o primeiro aperitivo. O iugoslavo escolheu a prorrogação para marcar sete de seus 34 pontos, levando os Kings a uma vitória fora de casa, com o placar maiúsculo de 125-121.

Exatamente um mês depois, os Wolves deram o troco vencendo no terreno do adversário, 112-109, também na prorrogação. O herói da noite foi Latrell Sprewell, com 37 pontos, incluindo dois arremessos difíceis nos últimos minutos do período extra. Até então invicto na Arco, o Sacramento encontrava ali um rival perigoso, que ainda ensaiava o começo de um campeonato brilhante.

O terceiro capítulo da batalha veio em 19 de fevereiro. Na ocasião, a festa foi inteira do Minnesota. Entorpecida com a atuação de Kevin Garnett, a torcida gritou MVP até a voz acabar. O craque dos Wolves anotou 22 pontos e 24 rebotes na vitória por 92-75. Num fiasco raro, os Kings acertaram apenas 33% dos arremessos.

Logo mais, o jogo deixa de ser apenas um tira-teima para se tornar um fator primordial na briga pela melhor campanha do Oeste, que garante mando de quadra nos três primeiros rounds do playoff. Pena que quinta-feira não é dia de basquete na TV brasileira.

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Convém lembrar que, nas últimas semanas, Chris Webber andou sendo vaiado pela própria torcida. O ala não ficou nada satisfeito, e amigos próximos confirmaram que ele vai pedir para ser trocado ao fim da temporada se a relação com os fãs continuar neste nível. Cheiro de crise no ar.

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Com a vitória de ontem sobre o Chicago Bulls, o New York Knicks garantiu seu lote de terra no mata-mata. Um alívio e tanto para Isiah Thomas e Stephon Marbury, que garantiam a festa no Madison Square Garden. “Quando chega a hora dos playoffs, este ginásio não pode ficar de portas fechadas”, celebrou Marbury, cheio de razão.

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fotos . nbae

7.4.04



futurologia, parte 2: o leste
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))) A bola de cristal no Leste mostra
Pierce dentro e LeBron fora do playoff



Completando as incautas previsões sobre a classificação para o mata-mata, segue a tabela do combalido Leste. Entre mortos e feridos, salvam-se apenas oito. LeBron James, infelizmente, fica barrado na porta. Melhor para Paul Pierce, que, mais uma vez põe o Boston nas costas e cruza a segunda fase.

Só para lembrar: entre colchetes, as vitórias e as derrotas nos jogos que restam; entre parênteses, os números finais da campanha.

Aos palpites.

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1. INDIANA PACERS [4-0] (61-21)
Garantido no topo do Leste, só perde a melhor campanha da liga por uma catástrofe. É claro que isso não quer dizer muito, já que os confrontos contra companheiros de conferência são mais numerosos. Ainda assim, dá para vencer os quatro jogos restantes e entrar embalado no playoff.

2. NEW JERSEY NETS [3-2] (48-34)
Mesmo com números piores que os do Detroit, o New Jersey já fincou sua bandeira como campeão do Atlântico, o que lhe assegura a segunda vaga da conferência. Loucuras do regulamento, fazer o quê? Importa agora saber quando Jason Kidd e Kenyon Martin estarão com 100% de condições físicas. Os dois jogaram ontem, mas não foi o bastante para impedir uma derrota frustrante para o Milwaukee.

3. DETROIT PISTONS [4-0] (55-27)
Com um calendário fácil pela frente, a muralha dos Wallaces tem grandes chances de vencer tudo até o fim da temporada regular. Aconteça o que acontecer, contudo, o terceiro lugar é uma certeza inabalável.

4. MILWAUKEE BUCKS [3-1] (43-39)
A vitória de ontem, em New Jersey, foi fundamental para as pretensões do time. Se tudo correr bem daqui em diante, o mando de quadra na primeira rodada será um sonho realizado. De difícil mesmo, só um confronto com os Hornets e, vá lá, uma escala em Cleveland (no dia 12, quando a equipe de LeBron já pode estar eliminada).

5. MIAMI HEAT [4-1] (42-40)
Nos próximos cinco jogos, é possível que o Heat só perca em Boston, na segunda-feira. O duelo em Cleveland não vai ser fácil, mas a turma da Flórida é favorita. Com isso, não dá para encostar nos Bucks, mas a quinta posição é pra lá de honrosa.

6. NEW YORK KNICKS [4-0] (40-42)
Aqui vai uma aposta um tanto ousada. Quatro vitórias nas últimas quatro partidas. Será que dá? Sim, mas para isso os Knicks precisam vencer o aguardado embate em New Orleans, no dia 12, que decide o critério de desempate contra os Hornets. Na reta final, mesmo em terreno adversário, sou mais Nova York.

7. NEW ORLEANS HORNETS [2-2] (40-42)
Os desfalques atrapalharam bastante, e o desfecho da tabela não foi nada generoso: Bucks na estrada, Knicks e Celtics em casa, todos jogos complicados. Diante disso, o sétimo lugar está de bom tamanho.

8. BOSTON CELITCS [2-3] (37-45)
Como quem não quer nada, em silêncio, o Boston tem tudo para ficar com a oitava vaga e reeditar a batalha contra o Indiana Pacers no primeiro round. Vencer de novo será difícil, mas a missão estará cumprida. Sem Antoine Walker, ninguém acreditava na classificação, agora mais viva do que nunca.

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9. PHILADELPHIA 76ERS [2-2] (35-47)
Sem Allen Iverson, o Philadelphia não tem fôlego para alcançar o Boston. Vai morrer na praia, coroando uma campanha marcada pela decepção.

10. CLEVELAND CAVALIERS [1-4] (33-49)
Por falar em decepções, aqui está o Cleveland de LeBron, que perdeu o embalo justamente na hora da verdade. Para completar, a tabela foi ingrata. O time recebe Miami e Milwaukee e ainda por cima sai de casa para pegar Memphis, New York e novamente o Miami. Todos os jogos são decisivos, contra rivais que atravessam melhor momento. O consolo do novato é que, do lado de lá, Carmelo Anthony também deve ficar de fora. No fim das contas, quem perde é o espetáculo, mas tudo bem. Tempo não falta para a dupla.

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foto . nbae

6.4.04



futurologia, parte 1: o oeste
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))) A bola de cristal revela um embate
feroz entre Kings e Lakers na reta final



Após uma segunda-feira ilustrada pela vitória solitária do Utah Jazz sobre o Memphis Grizzlies, a NBA retoma o ritmo frenético desta reta final de campeonato. Hoje à noite serão nove partidas, algumas eletrizantes. No Leste, por exemplo, o Milwaukee vai a New Jersey e o Indiana recebe o New York, em dois embates de ligação direta com a segunda fase. No Oeste, o chão vai estalar na batalha entre Lakers e Blazers, fundamental para ambos. De quebra, Cavs, Kings, Mavs e Rockets têm jogos importantíssimos para suas pretensões na tabela.

Aproveitando a rodada quase morta de ontem, o Rebote passou a mão em papel, caneta, calculadora e bola de cristal. A esta altura da temporada, qualquer previsão pode se revelar um desastre, mas não importa. Se 62 pessoas arriscaram no bolão, por que não arriscar aqui também? Para reduzir um pouco a evidência da vergonha, optei por fazer uma análise cuidadosa da tabela. No fim das contas, adianta muito pouco.

Bem, às favas com a cautela.

Abaixo, minha aposta sobre os classificados do Oeste. Entre colchetes, as vitórias e as derrotas nos jogos que restam. Entre parênteses, os números finais da campanha.

Tomem nota e me cobrem depois.

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1. SACRAMENTO KINGS [4-2] (57-25)
Dos seis jogos que vêm por aí, três são complicados: Wolves e Lakers em casa, Nuggets fora. O tira-teima com o Los Angeles, no domingo, é de longe a partida mais importante da NBA nas últimas rodadas. Se perder, o Sacramento entra no playoff com o letreiro de Queens piscando. Se vencer, ganha moral e, de quebra, garante o critério de desempate com os rivais. Com incontáveis cinco dias de antecedência, prevejo uma vitória de Stojakovic & Cia.

2. SAN ANTONIO SPURS [4-1] (56-26)
Em boa fase, o campeão tem um desfecho de campeonato razoavelmente fácil. Uma visita a Portland pode complicar as coisas, mas não deve impedir o título do Meio-Oeste, batendo o Minnesota no desempate.

3. LOS ANGELES LAKERS [4-1] (57-25)
Além de um Memphis enfurecido na sexta-feira, o time ainda viaja para Sacramento e Portland. É possível que deixe uma derrota pelo caminho. Se for contra os Kings, o desempate vai jogar contra. Se for contra Grizzlies ou Blazers, pode até ser que termine com a melhor campanha da liga.

4. MINNESOTA TIMBERWOLVES [2-2] (56-26)
Kevin Garnett deu azar. Das últimas quatro partidas, três são fora (uma fácil contra os Warriors e duas dificílimas contra Kings e Grizzlies). O único compromisso em casa é diante do faminto Utah Jazz.

5. DALLAS MAVERICKS [5-1] (53-29)
Eleito o melhor jogador da semana, Dirk Nowitzki tem tudo para comandar uma arrancada e tomar a quinta posição dos Grizzlies. O calendário não prevê nada de muito assustador, a não ser o confronto direto com o próprio Memphis e uma visita a Houston na última rodada.

6. MEMPHIS GRIZZLIES [3-2] (52-30)
Pegar Lakers e Mavericks na estrada chega a ser uma maldade para a turma de Pau Gasol. Em casa, também não tem refresco: Cavs desesperados e Wolves motivados.

7. HOUSTON ROCKETS [3-3] (45-37)
Tirando os compromissos de hoje e amanhã (Warriors e Clippers), os outros adversários estão na briga e devem complicar a vida do chinês Yao Ming.

8. UTAH JAZZ [2-2] (43-39)
Vamos considerar as visitas a Dallas e Minnesota como duas derrotas. Ainda assim, dá para bater Houston e Phoenix para garantir a oitava vaga.

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9. DENVER NUGGETS [2-3] (42-40)
Houston, Portland, Sacramento e San Antonio. Com uma série dessas, não dá para ser otimista: nosso bravo Nenê se encaminha para ver o mata-mata pela televisão, recostado num sofá confortável.

10. PORTLAND TRAIL BLAZERS [2-3] (42-40)
A dificuldade do calendário também deve frustrar o sonho de Shareef Abdur-Rahim. A equipe pega Lakers e Spurs, duas vezes cada! Assim fica difícil.

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Na crônica de amanhã, falaremos sobre os primos pobres da conferência vizinha.

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foto . nbae

5.4.04



aviso aos navegantes
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))) Shaq não conseguiu alcançar Tony Parker


A menos de duas semanas dos playoffs, é difícil espremer todo mundo no noticiário. Na conferência Oeste, onde os times mudam de posição a cada rodada, a tarefa torna-se ainda mais ingrata. Wolves, Kings e Lakers brigam no topo; Rockets, Nuggets, Jazz e Blazers se empurram na beira do precipício; Grizzlies e Mavs ficam espremidos ali no meio. Discussão vai, discussão vem e, por incrível que pareça, tem gente que continua gozando do mais absoluto silêncio.

Alguém aí ainda se lembra do San Antonio Spurs?

Aos esquecidos de plantão, Tim Duncan & Cia mandaram o aviso no domingo. Como quem sabe a hora exata de dar as caras, a equipe saiu do anonimato e, em pleno Staples Center, interrompeu a seqüência de 11 vitórias do Los Angeles. Foi o bastante para que todos saibam:

O campeão está vivo.

A foto do francês Tony Parker logo estampou os principais sites esportivos dos Estados Unidos. A transmissão ao vivo em todo o país serviu para a turma refrescar a memória. No Brasil nós não vimos, claro, mas vocês estão lembrados. Falo do rapaz que já ganhou, neste canto, o indelicado apelido de vaga-lume. Na última edição dos playoffs, brilhou e apagou em diversos momentos, até que seu time erguesse a taça sob a batuta do MVP Duncan.

Ontem, Parker comandou o show na Califórnia, com 29 pontos e nove assistências. “San Antonio é uma cidade pequena, então as pessoas não falam muito sobre nós. Mas tudo bem. Estaremos lá nos playoffs”, avisou o armador, mantendo seu time na quarta posição do Oeste, em plenas condições de brigar pelas três vagas que vêm acima.

O tropeço de ontem não tira dos Lakers o mérito da boa fase. Com o elenco saudável e o quarteto fantástico em harmonia, Phil Jackson sabe que seu time cresceu na hora certa. Enquanto os adversários diretos andam rateando, O’Neal, Kobe, Malone e Payton escolheram a melhor hora do campeonato para iniciar a ofensiva. Se o time rasgar os playoffs neste ritmo, vai ser difícil segurar.

O técnico dos Spurs, Gregg Popovich, sabe que ainda precisa comer um bocado de feijão com arroz para chegar no nível dos rivais. “Temos um caminho a percorrer, mas pelo menos nos sentimos mais confortáveis agora. Foi uma grande vitória. O Los Angeles tem jogado melhor que qualquer equipe da liga. Se viemos até aqui e vencemos, isso significa que estamos melhorando”, avaliou o treinador.

De maneira geral, a receita do San Antonio é simples: dividir mais as tarefas e tirar de Duncan o fardo da responsabilidade. É claro que o bastão continua com ele, mas cada um tem dado sua cota de sacrifício. Prova disso é que o ala-pivô mantém uma média de 36 minutos por partida, a menor de sua carreira.

Entre titulares e reservas, quase todos reduziram a pontuação individual. A princípio, isso pode significar apenas uma aposta no coletivo e na defesa, mas a prova dos nove vai ser tirada no mata-mata. A exceção talvez esteja em Hedo Turkoglu e Manu Ginobili. Durante a temporada, os dois dividiram uma vaga de titular. No fim das contas, ambos conseguiram evoluir.

Alheios à frieza dos números, os Spurs seguem embalados. É deles a melhor seqüência atual de vitórias em toda a NBA. São seis emendadas, incluindo um rastro de adversários de peso, como Kings, Lakers e Pistons. O calendário daqui para frente não chega a ser assustador. De complicado mesmo, só uma visita a Portland na penúltima rodada, que pode ser crucial para as pretensões dos Blazers.

De resto, tudo leva a crer que o top-3 do Oeste vai ganhar um belo intruso de última hora.

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A segunda-feira é magra e tem apenas um jogo, mas não é um jogo qualquer. Após a derrota para o Minnesota, Pau Gasol e o Memphis Grizzlies tentam voltar aos trilhos diante de um Utah Jazz mergulhado na disputa pela oitava vaga da conferência.

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foto . nbae

1.4.04



sorte lançada
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A camisa 31 do Nenê está intacta e embalada, aguardando apenas um selo dos correios. Assim que terminar a temporada regular, ela zarpa para o vencedor do Bolão Rebote Playoffs 2004. As inscrições terminaram ontem, com 62 apostas válidas. Pelo visto, a briga promete ser tão apertada quanto a classificação para o mata-mata.

Enquanto a tabela se mexe, quem votou tem até 14 de abril para cruzar os dedos. Serão duas semanas de torcida incansável até o fim da primeira fase.

Com uma vitória em Atlanta, o Miami se igualou ao Milwaukee na quarta posição do Leste. Na conferência oposta, o Sacramento se segura como pode na liderança, vendo crescer no retrovisor o comboio formado por Wolves, Lakers e Spurs.

Logo mais, o Philadelphia recebe um Portland faminto pela oitava vaga. Contundido, o craque Allen Iverson só volta às quadras no ano que vem, a não ser que os Sixers consigam o milagre da classificação. Melhor para os Blazers, que seguem se estapeando com Nuggets e Jazz por um lugar ao sol.

Nas outras duas partidas, quatro cachorros grandes do Oeste medem forças. Kings e Mavs colidem no Texas para reforçar uma das maiores rivalidades recentes da NBA. Em Los Angeles, Shaquille O’Neal recebe seu amigo chinês Yao Ming em busca da décima vitória seguida.

Podem se acostumar, porque daqui em diante amistoso vira artigo raro. Quase sempre vai ser um querendo comer o fígado do outro. Pela TV ou na internet, a gente assiste de camarote.

Calculadora na mão, claro.

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foto . nbae