21.4.04
o enigma
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))) Webber e Christie: altos e baixos em Sacramento
Estranho, muito estranho, esse time do Sacramento Kings. Quando a gente menos espera, no fim da temporada regular, eles atropelam o Los Angeles Lakers. Em seguida, quando a gente mais espera, entregam um jogo bobo para o Golden State e caem para a quarta posição do Oeste. Nos playoffs, quando a expectativa volta a cair, batem o Dallas Mavericks duas vezes seguidas.
Que coisa.
Quando a gente mais aguarda uma aparição de Chris Webber, ele sai de cena. Quando a sensação é de febre amarela, ele vira um monstro. Foi assim ontem. Ao fim do primeiro tempo, o ala precisava de apenas uma assistência para completar o triple-double. Incrível. No fim das contas, saiu de quadra com 19 pontos, 13 rebotes e 12 passes.
É bem possível que o Sacramento tenha feito sua melhor exibição defensiva de toda a temporada. Limitar os Mavs a 79 pontos é tarefa digna de elogios rasgados. No ataque, a coisa não andou tão bem, mas o carregador de piano Mike Bibby tomou as rédeas e fez bonito com 24 pontos.
De fato, eu esperava que a turma de Dirk Nowitzki roubasse uma das partidas na Arco Arena. Apostei errado. Agora, a situação se inverteu. O Dallas precisa vencer os dois compromissos no Texas se não quiser complicar de vez a situação na série.
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No dia em que Ron Artest recebeu o título de melhor jogador defensivo do ano, a NBA resolveu premiá-lo com uma suspensão estranha e exagerada. A alegação é simples: o ala saiu do banco e invadiu a quadra no jogo 1 contra o Boston Celtics. Não pode, mas muita gente já fez isso antes. É o tipo de coisa que, no futebol, não renderia nem cartão amarelo. O próprio Artest, vocês sabem, já fez muito pior. Pois a fama falou mais alto e a liga optou pela punição.
Sem problemas.
Na segunda partida, os reservas Al Harrington e Jonathan Bender (unidos pela semelhança de terem pulado o basquete universitário) se revezaram na tarefa de segurar o craque Paul Pierce. De certa forma, deram conta do recado. Pierce marcou 27 pontos, mas não foi o bastante para impedir o Indiana Pacers de abrir 2-0 na melhor de sete.
Convém ao Boston rever fitas de vídeo, corrigir erros e concentrar forças para os dois próximos jogos. Se não houver uma reviravolta séria, periga o time de verde sofrer uma varrida vergonhosa.
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Ainda que com atraso, sinto-me na obrigação de destacar um lance da partida entre Lakers e Rockets, já lembrado nos comentários por Gustavo Nery e Texano. De costas para a cesta, Yao Ming ia empurrando Karl Malone, como costumam fazer todos os pivôs da liga. Eis que Malone, malandro de outros carnavais, simplesmente afastou o corpo e tirou o apoio do chinês, que, surpreso, se atrapalhou todo e andou com a bola. Genial. Só isso já fez valer a presença do ala nos playoffs.
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Igualmente genial foi o pequeno Sam Cassell, que carimbou 40 pontos na vitória dos Wolves sobre os Nuggets, espalhando alívio em Minnesota. Cabe a Carmelo Anthony dar a resposta no jogo 2, hoje à noite, mas tudo indica que o Denver realmente não terá fôlego para uma série competitiva.
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Treze partidas já se foram e, até agora, nenhum visitante venceu. Nuggets, Bucks e Hornets têm a chance de quebrar o tabu logo mais. Algo me diz que a história só vai mudar nos jogos da volta.
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foto . nbae
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