5.4.04
aviso aos navegantes
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))) Shaq não conseguiu alcançar Tony Parker
A menos de duas semanas dos playoffs, é difícil espremer todo mundo no noticiário. Na conferência Oeste, onde os times mudam de posição a cada rodada, a tarefa torna-se ainda mais ingrata. Wolves, Kings e Lakers brigam no topo; Rockets, Nuggets, Jazz e Blazers se empurram na beira do precipício; Grizzlies e Mavs ficam espremidos ali no meio. Discussão vai, discussão vem e, por incrível que pareça, tem gente que continua gozando do mais absoluto silêncio.
Alguém aí ainda se lembra do San Antonio Spurs?
Aos esquecidos de plantão, Tim Duncan & Cia mandaram o aviso no domingo. Como quem sabe a hora exata de dar as caras, a equipe saiu do anonimato e, em pleno Staples Center, interrompeu a seqüência de 11 vitórias do Los Angeles. Foi o bastante para que todos saibam:
O campeão está vivo.
A foto do francês Tony Parker logo estampou os principais sites esportivos dos Estados Unidos. A transmissão ao vivo em todo o país serviu para a turma refrescar a memória. No Brasil nós não vimos, claro, mas vocês estão lembrados. Falo do rapaz que já ganhou, neste canto, o indelicado apelido de vaga-lume. Na última edição dos playoffs, brilhou e apagou em diversos momentos, até que seu time erguesse a taça sob a batuta do MVP Duncan.
Ontem, Parker comandou o show na Califórnia, com 29 pontos e nove assistências. “San Antonio é uma cidade pequena, então as pessoas não falam muito sobre nós. Mas tudo bem. Estaremos lá nos playoffs”, avisou o armador, mantendo seu time na quarta posição do Oeste, em plenas condições de brigar pelas três vagas que vêm acima.
O tropeço de ontem não tira dos Lakers o mérito da boa fase. Com o elenco saudável e o quarteto fantástico em harmonia, Phil Jackson sabe que seu time cresceu na hora certa. Enquanto os adversários diretos andam rateando, O’Neal, Kobe, Malone e Payton escolheram a melhor hora do campeonato para iniciar a ofensiva. Se o time rasgar os playoffs neste ritmo, vai ser difícil segurar.
O técnico dos Spurs, Gregg Popovich, sabe que ainda precisa comer um bocado de feijão com arroz para chegar no nível dos rivais. “Temos um caminho a percorrer, mas pelo menos nos sentimos mais confortáveis agora. Foi uma grande vitória. O Los Angeles tem jogado melhor que qualquer equipe da liga. Se viemos até aqui e vencemos, isso significa que estamos melhorando”, avaliou o treinador.
De maneira geral, a receita do San Antonio é simples: dividir mais as tarefas e tirar de Duncan o fardo da responsabilidade. É claro que o bastão continua com ele, mas cada um tem dado sua cota de sacrifício. Prova disso é que o ala-pivô mantém uma média de 36 minutos por partida, a menor de sua carreira.
Entre titulares e reservas, quase todos reduziram a pontuação individual. A princípio, isso pode significar apenas uma aposta no coletivo e na defesa, mas a prova dos nove vai ser tirada no mata-mata. A exceção talvez esteja em Hedo Turkoglu e Manu Ginobili. Durante a temporada, os dois dividiram uma vaga de titular. No fim das contas, ambos conseguiram evoluir.
Alheios à frieza dos números, os Spurs seguem embalados. É deles a melhor seqüência atual de vitórias em toda a NBA. São seis emendadas, incluindo um rastro de adversários de peso, como Kings, Lakers e Pistons. O calendário daqui para frente não chega a ser assustador. De complicado mesmo, só uma visita a Portland na penúltima rodada, que pode ser crucial para as pretensões dos Blazers.
De resto, tudo leva a crer que o top-3 do Oeste vai ganhar um belo intruso de última hora.
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A segunda-feira é magra e tem apenas um jogo, mas não é um jogo qualquer. Após a derrota para o Minnesota, Pau Gasol e o Memphis Grizzlies tentam voltar aos trilhos diante de um Utah Jazz mergulhado na disputa pela oitava vaga da conferência.
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foto . nbae
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