26.4.04
tempo de faxina
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))) Fácil, fácil: Nets muito acima dos Knicks
Em abril de 2003, a NBA entrava num briga de foice marcada pelo equilíbrio. Vocês devem se lembrar dos últimos playoffs: logo de cara, nas partidas de estréia, Magic, Celtics, Suns e Lakers quebraram o gelo vencendo na estrada. O resultado foi um primeiro round com dois 4-3, cinco 4-2, apenas um 4-1 e nenhum 4-0.
Um ano se passou e algo parece ter mudado. Mal começou o mata-mata de 2004 e três equipes já voltaram para casa.
Varridos sem piedade, Memphis, Boston e New York passam a acompanhar a disputa pela TV. Milwaukee e Denver poderiam estar engrossando a fileira dos eliminados, mas buscaram forças para roubar uma vitória diante de rivais muito superiores. Com 3-1 nas costas, os Bucks parecem fadados à guilhotina. Um pouco mais embalados, os Nuggets de Nenê ainda têm um jogo em casa para buscar um improvável empate na série.
O fato é que a NBA criou, este ano, um vão considerável entre quem tem mando de quadra e quem não tem. À exceção dos confrontos Heat x Hornets e Kings x Mavs, todos os outros são muito desiguais. Wolves, Spurs, Lakers, Pacers, Nets e Pistons estão léguas acima de Nuggets, Grizzlies, Rockets, Celtics, Knicks e Bucks.
A zebra está aí para queimar minha língua, mas não creio que o curso do primeiro round sofrerá grandes alterações. Como já disse aqui, eu acreditava no triunfo do Dallas sobre o Sacramento como a única subversão da ordem direta. Aliás, continuo acreditando. Fora isso, a NBA vive um playoff de poucas surpresas.
Não que as partidas sejam fracas. Algumas até são, mas isso é outra história. A emoção está lá, devidamente acomodada no Pepsi Center, no Toyota Center, no American Airlines Center e em outros centers por aí. O problema é que se anuncia uma enxurrada de 4-0 e 4-1. Os favoritos nunca foram tão favoritos.
Todos recordam o arremesso histórico de Stephon Marbury, ainda com a camisa do Phoenix, no jogo 1 de 2003, em San Antonio. Vitória olímpica dos Suns, fogo ardendo na série. Hoje, o próprio Marbury é o retrato da desigualdade. Seu New York foi impiedosamente escorraçado pelos Nets, que nem andam com essa bola toda.
Seria mais agradável ver um sopro de guerrilha em Boston, um foco de resistência em Memphis, uma ou duas vitórias dos Knicks no Madison. Nada disso. Estão todos eliminados. Ao que tudo indica, a emoção verdadeira ficará adiada para a próxima fase. Com as semifinais de conferência, vem fogo aí.
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Entre todos os candidatos a zebra, impossível não curtir a vitória do Denver, que atropelou o Minnesota no sábado. Carmelo, Camby, Nenê & Cia mostraram veia de competição. Abriram vantagem no primeiro período e não olharam mais para trás. Tudo leva a crer que a trupe de Kevin Garnett não vai deixar barato no jogo 4. Ainda assim, convém ficar de olho, amanhã, na ESPN.
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foto . nbae
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