9.2.04
duelo de emergentes
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))) Os Grizzlies de Battier e os
Nuggets de Carmelo se cruzam
Quando a noite cair no Colorado, o privilégio caberá a alguns milhares de felizardos, espalhados pelas arquibancadas do Pepsi Center. Em plena segunda-feira, começo de semana, a torcida terá o prazer de acompanhar um atraente embate entre duas das equipes que mais evoluíram na NBA em relação à última temporada.
No tira-teima dos emergentes, Nuggets e Grizzlies se enfrentam para resolver uma desavença. Foram até agora dois encontros no campeonato, com uma vitória para cada lado. Longe de ser uma inócua briga individual, a partida significa um novo passo na longa caminhada rumo aos playoffs. O caminho é inusitado para ambas as partes, mas parece bem pavimentado.
Se a primeira fase terminasse hoje, o Memphis entraria na sétima posição, para enfrentar o Minnesota, e o Denver ficaria com a oitava vaga, caindo nas garras do Sacramento. Na noite de ontem, houve uma prévia dos possíveis confrontos. A turma liderada por Pau Gasol viajou a Minneapolis e arrancou uma virada heróica, nos últimos segundos, diante dos embalados Wolves. O triunfo se deve ao arremesso certeiro de Shane Battier, a 2.9s do fim, e representa a quebra do recorde de vitórias da franquia (29). Carmelo Anthony e seus comparsas não tiveram a mesma sorte. Visitaram os Kings, resistiram durante três períodos, mas acabaram atropelados com o placar de 115-92.
Com um tropeço aqui e outro ali, Grizzlies e Nuggets se mantêm firmes nos dois últimos degraus do mata-mata. Subir mais que isso é complicado e exige transpor equipes fortes como Rockets e Lakers. A intenção, portanto, é garantir o lugar por ali mesmo. Por enquanto, a missão vai dando certo. As maiores ameaças são Jazz, Sonics e Blazers, que permanecem alguns jogos atrás.
Se o ritmo não mudar no decorrer dos próximos meses, teremos estas duas revelações nos playoffs de 2004. Boa notícia para o Oeste, que respira novos ares, pelo menos na parte de baixo da tabela. Méritos para a movimentação consciente dos cartolas. Em Denver, Kiki Vandeweghe sabia que seria inútil incorporar Carmelo ao elenco sem cercá-lo de talento. Em Memphis, Jerry West fez um bocado de besteiras desde que assumiu, mas parece finalmente ter acertado a mão com a garotada.
A evolução ainda não é o bastante para furar a elite da conferência, tarefa praticamente impossível. Funciona, contudo, para uma saudável renovação na NBA. Que os novos sejam bem vindos.
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foto . nbae
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