6.2.04



sangue renovado
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))) Iverson espanou os colegas. Deu certo


Na terça-feira, Allen Iverson gastou dez minutos de seu precioso tempo para desancar companheiros de equipe. Sem citar nomes, bradou que a turma “não joga com coração e não enfrenta os desafios”. A mágoa havia explodido após uma derrota para o Toronto Raptors, a nona nas últimas 11 partidas. A noite de ontem expôs os efeitos da bronca, recuperou o batimento cardíaco dos Sixers e, mais que isso, deixou clara a preocupação do próprio Iverson em dar o exemplo.

A vítima foi um desgastado Los Angeles Lakers. Exaustos pela seqüência de viagens, com Gary Payton expulso no primeiro período e sem a eficiência de Shaquille O’Neal, os soldados de Phil Jackson foram atropelados e saíram de quadra ainda mais tortos, com a derrota de 96-73.

Vestindo medonhos uniformes dos anos 60, o Philadelphia se escorou na performance agressiva de Iverson, com 39 pontos. Glenn Robinson, um dos alvos das críticas, respondeu com 26 pontos e desta vez arrancou elogios do craque do time.

“Não sei se o crédito é meu, mas, se for, fico feliz. Os caras jogaram duro, fizeram tudo o que foi preciso para obter a vitória”, afagou Iverson. “Fiz questão de dar o exemplo, mas nunca me preocupo com minha atuação individual.” Tudo bem, a gente finge que acredita nesse arroubo de humildade.

O técnico Randy Ayers se mantém cauteloso. Alega que, contra os Lakers, todo mundo quer mostrar serviço. A avaliação precisa sobre a mudança de atitude fica para amanhã, contra o Boston Celtics.

No outro lado da quadra, Phil Jackson depositou no cansaço a culpa pela derrota. “As pernas estavam mortas”, reconheceu. De fato, a choradeira se justifica. Na quarta escala de uma viagem que inclui sete partidas, a delegação de Los Angeles chegou à Filadéfia no meio da madrugada.

Kobe Bryant, que era esperado pelo técnico, sumiu. Recuperado de um corte profundo na mão, o armador havia sido confirmado para o jogo, mas não apareceu. O time informou que ele volta ao elenco na próxima parada da turnê, em Orlando. Sem ele, Malone e Payton, a responsabilidade pousou nas costas de O’Neal, que marcou apenas 17 pontos e errou 12 de 15 lances-livres.

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No quarto período, o mesmo árbitro que havia expulsado Payton marcou uma falta técnica de Glenn Robinson, alegando que o atleta ficou muito tempo pendurado no aro após uma enterrada. Eu, hein.

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foto . nbae

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