25.2.04



para o chão tremer
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))) Jefferson e os Nets terão
prova de fogo em Minnesota



Nenhuma equipe havia vencido 14 seguidas nesta temporada. Nenhum técnico havia iniciado a carreira com 13 triunfos em toda a história da NBA. Com o interino Lawrence Frank à frente, o New Jersey Nets tornou-se uma máquina de quebrar recordes. Sem tomar conhecimento do que encontra pelo caminho, a locomotiva segue atropelando rivais, a exemplo do que aconteceu ontem, diante do Toronto Raptors.

Até agora, a viagem segue tranqüila, sem percalços. Tirando uma visita a Houston e outra a New Orleans, não houve nenhuma escala que se anunciasse indigesta. Celtics, Sixers, Magic, Hawks, Raptors, não foram poucos os decadentes que cruzaram o caminho. Ainda assim, o feito vale pelo conjunto da obra, porque ninguém bate 14 adversários sem méritos.

Hoje, contudo, o roteiro é diferente. Os americanos nem desconfiam qual é o significado de uma quarta-feira de cinzas, mas sabem que a folia do New Jersey nunca esteve tão ameaçada.

Quando a noite cair, o desafio da hora terá como palco o Target Center, em Minneapolis. As vaias para Frank já estão ensaiadas, e o som das arquibancadas tem um único objetivo: empurrar os Timberwolves de volta ao topo da conferência Oeste.

Na teoria, arrancar uma vitória logo mais é uma tarefa ingrata para os Nets, sem comparação com os últimos compromissos. A pressão aumenta, a torcida joga contra e o oponente é um dos mais poderosos de toda a NBA. Enfim, o clima é de playoff e tudo pode acontecer.

Como regra, cá entre nós, minha simpatia se inclina levemente para o lado do Minnesota. O elenco é melhor, o técnico é formidável e os astros estão bem distribuídos em quadra. Com a volta de Wally Szczerbiak e o reinado absoluto de Kevin Garnett, o sortudo Flip Saunders tem em mãos um grupo privilegiado. Está aí uma turma que eu gostaria de ver em estágio avançado nos playoffs.

Mas hoje, não.

Peço licença para remar contra a corrente e confesso que torço por uma vitória do New Jersey. Primeiro, porque qualquer alento é bem vindo no combalido Leste. Segundo, porque existe ali um técnico batalhador que merece uma recompensa. Terceiro, porque Kenyon Martin está se tornando um monstro dentro do garrafão. E quarto, porque toda glória é pouca para o gênio Jason Kidd.

(Convém aqui abrir um parêntese. Continuo achando que Baron Davis foi fantástico na primeira metade de campeonato, por isso votei nele na seleção da semana passada. O prêmio não significa, contudo, ser um armador melhor que Kidd. Até porque tal figura não existe no basquete mundial.)

Pelos motivos listados, creio que os Nets merecem esta vitória emblemática. Confessados os desejos, resta aguardar o embate. E acompanhar tudo, passo a passo. Pela internet, claro. Paciência.

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foto . nbae

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