7.5.04



duelo desigual
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))) Grant já notou que O’Neal não é Magloire


A ausência forçada de três dias me intima a deixar aqui um texto um pouco mais robusto. Não só pela dívida em si, mas pelos assuntos acumulados da semana. Bem, vamos tentar. Os playoffs avançam com suspeitas que se confirmam e surpresas que se apresentam. Ao entrar no circo, peço licença para a última das quatro previsões das semifinais de conferência. Tudo bem que a primeira partida já aconteceu, mas alguém aí esperava resultado diferente? Hora da pergunta óbvia.

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))) POR QUE OS PACERS BATEM O HEAT?

Nem preciso responder. Estamos diante da única série desigual desta fase. Além de ter descansado uma semana a mais que o adversário, o Indiana caminha léguas à frente do Miami em termos de qualidade. O jogo de ontem foi uma prova disso. Com enxaqueca, Ron Artest não fez o aquecimento e deveria ficar no banco. Em cima da hora, resolveu entrar em quadra, e o resultado foi o esperado: dor de cabeça para o Heat. Artest não roubou nenhuma bola, mas anotou 25 pontos, seis rebotes e quatro assistências.

O quadro de estatísticas ilustra a eficiência dos Pacers. Jermaine O’Neal, Reggie Miller e Jamaal Tinsley tiveram atuações sólidas e ainda contaram com a ajuda de um punhado de reservas. Do outro lado, o banco só tinha quatro indivíduos. Rafer Alston fez bonito, mas os outros decepcionaram. Com isso, o time de Rick Carlisle chegou a abrir 23 pontos e ditou o rimo da partida.

Creio que será assim até o jogo 4. Ou 5, no máximo.

Indiana 4-1 está de bom tamanho.

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Logo mais, o New Jersey volta a Detroit e tenta apagar a vergonha da primeira partida, quando marcou apenas 56 pontos. Apesar do fiasco, o técnico Lawrence Frank já avisou: não esperem grandes novidades ofensivas. A única mudança será um reforço na confiança dos jogadores. O esquema, segundo ele, é o mesmo que vem sendo usado com sucesso nos últimos três anos. Faz sentido. Só falta combinar com a defesa dos Pistons.

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Eis que temos um novo herói no mata-mata, e ele se chama Mike Bibby. Enquanto Chris Webber e Peja Stojakovic não se entendem sobre quem é o craque do time, o baixinho resolveu tomar as rédeas. Está tinindo. No jogo 1 contra os Wolves, travou um duelo épico com Sam Cassell e levou a melhor, roubando a vitória na casa do rival. O problema do Minnesota é que o Sacramento não é o Denver. Contra os Kings, a equipe não pode se dar ao luxo de ter Latrell Sprewell com apenas cinco pontos numa noite. Num confronto de nível tão alto, cada peça torna-se essencial.

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A missão do Los Angeles Lakers chega a ser cruel: derrotar quatro vezes em cinco partidas um time que venceu as últimas 17. Chega a ser desanimador, mas Phil Jackson deve estar cuidando para que seus atletas não exercitem este raciocínio. O fato é que, como sempre, o clima será de festa no Staples Center. Se conseguir a árdua (mas não impossível) missão de ganhar duas vezes em casa, o quarteto fantástico de LA vai botar fogo na série. Para isso, os quatro astros precisam funcionar. Karl Malone e Gary Payton devem abrir o olho. É justamente em cima deles que jogam as duas peças-chave do San Antonio Spurs (Tim Duncan e Tony Parker). Se não colaborarem, não há Kobe ou Shaq que dê jeito.

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foto . nbae

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