10.5.04



oxigênio renovado
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))) Payton, enfim, conseguiu parar Tony Parker


O domingo foi uma mãe para Nets e Lakers. Diante de suas torcidas e com dois jogos de desvantagem nas respectivas séries, os times colocaram a cabeça fora d’água e tomaram o fôlego vital para a sobrevivência no mata-mata. O oxigênio, mais uma vez, foi extraído com a tática mais segura para momentos de desespero: defesa.

Quando o medo da eliminação começa a circular nas veias, manda-se às favas o basquetebol arte. Impedir o sucesso do outro torna-se o caminho mais curto para buscar o próprio. Ah, o jogo fica feio? Paciência.

Em Nova Jersey, o técnico Lawrence Frank tratou de azucrinar a vida do adversário. Resultado: os Pistons cravaram apenas 29% de seus arremessos e saíram de quadra com 64 pontos, a pior marca da história da franquia em playoffs. Para se ter uma idéia, o cestinha da equipe, Richard Hamilton, foi limitado a 15 pontos, e outros três bons artilheiros (Chauncey Billups, Tayshaun Prince e Rasheed Wallace) somaram míseros 16.

Com a barreira erguida na retaguarda, os Nets liberaram Richard Jefferson para o ataque. O ala explodiu com 30 pontos, oito rebotes e cinco assistências. Seus 11 pontos no primeiro período abriram caminho para uma vitória fácil, que recuperou os brios do grupo e capinou o terreno para um emocionante jogo 4, amanhã, novamente na Continental Airlines Arena.

Bem longe dali, no Staples Center, o Los Angeles guardou o uniforme dourado no vestiário, envergou as camisas brancas e atropelou o San Antonio. A turma de Phil Jackson finalmente encontrou uma maneira de parar Tony Parker e Tim Duncan. Juntos, os dois marcaram 18 pontos, muito pouco para uma partida de mata-mata na casa do rival.

O jovem armador francês foi destaque nos dois primeiros compromissos, mas ontem não teve sossego. “Fizemos um esforço concentrado em cima dele. A cada vez que ele infiltrava, havia alguém para colidir”, explicou o experiente Gary Payton, que reduziu um bocado o aproveitamento de Parker nos chutes (quatro de 12).

A receita havia sido cantada pelo próprio Payton no sábado. Irritado, o armador de 35 anos desabafou com os jornalistas e reclamou que seus colegas não estavam ajudando no esquema defensivo. Declarou-se incapaz de marcar o corta-luz do adversário sem um mínimo de ajuda dos companheiros. Ontem, a ajuda veio. E a vitória também.

Com Duncan, valeu a mesma estratégia de sufoco. O ala marcou apenas dois pontos no primeiro tempo e, quando percebeu, o estrago estava feito. Perdeu feio no garrafão para Karl Malone e Shaquille O’Neal. Embaixo do aro, por sinal, Shaq foi monstruoso, com 28 pontos, 15 rebotes, oito tocos e cinco assistências. De quebra, manteve Rasho Nesterovic zerado no placar e pendurado com cinco faltas.

Desta vez, Bruce Bowen não conseguiu impedir a boa atuação de Kobe Bryant, que saiu de quadra com 22 pontos, seis rebotes, seis passes e duas roubadas.

Para o duelo de terça-feira, Kobe terá de correr do tribunal para as quadras. Antes da partida, precisa comparecer a uma audiência sobre a acusação de estupro. Na última vez em que isso aconteceu (no jogo 5 contra o Houston), ele chegou atrasado, mas anotou 31 pontos e 10 assistências. Será que os advogados dão sorte ao craque?

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Com uma vitória roubada na bagagem, os Kings voltam a Sacramento e recebem o Minnesota logo mais. Para afastar a síndrome de Queens, convém bater os Wolves. É preciso saber, no entanto, que provocação é coisa de torcedor. No limite das quatro linhas, tudo pode acontecer nesta série.

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foto . cbs/sportsline

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