27.5.04
a prova de fogo do MVP
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))) KG tem hoje o jogo mais importante da carreira
Entre idas e vindas nos últimos anos, o Minnesota Timberwolves nunca precisou tanto de um MVP como nesta crucial noite de quinta-feira. A dor nas costas de Sam Cassell, a inconstância de Latrell Sprewell e incômoda desvantagem de 2-1 na final do Oeste fazem da partida de hoje, em território inimigo, a mais importante da carreira de Kevin Garnett.
Se perder no Staples Center, o ala voltará para casa com a sensação de que sua temporada mais produtiva está chegando ao fim. Diante de um quarteto formado por Kobe, Shaq, Payton e Malone, não chegaria a ser um desastre. Mas seria uma decepção. Afinal, a melhor campanha da conferência serviu, entre outras coisas, para dar aos Wolves o valioso mando de quadra contra o Los Angeles Lakers. O privilégio foi por água abaixo logo na primeira partida, criando a obrigação de reverter o quadro na casa dos rivais.
Se não for hoje, provavelmente não será mais. E logo agora, quando mais precisa, Garnett é assombrado por um fantasma que parecia adormecido nesta edição dos playoffs: a falta de ajuda.
Com o escudeiro Cassell capengando, duplica a responsabilidade do MVP, que desde já reza por uma boa atuação de Spree. No jogo 3, Wally Szczerbiak estava endiabrado, mas não foi o bastante. Do outro lado, O’Neal voltou a ser um monstro no garrafão, Payton acordou de um sono irritante, Malone mostrou que continua invocado e Kobe... bem, Kobe tem uma audiência marcada no Colorado, o que tem sido sinal de bons ventos na Califórnia.
Se vencer hoje, o Los Angeles confirma, diante da sua torcida, o favoritismo absoluto para erguer o troféu, já que perder três vezes seguidas não é uma possibilidade factível para essa turma. Para se manter respirando, o Minnesota tem de aprontar uma armadilha logo mais. Missão inglória para um Garnett que, de uma hora para outra, voltou a sentir o gosto azedo da solidão.
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A terceira partida da série teve uma prova clara da falta que Cassell faz à equipe nos momentos decisivos. Os Lakers venciam por 95-88 e os Wolves pressionavam na reta final. Szczerbiak interceptou um passe de Bryant e se mandou para o contra-ataque. Encontrou um companheiro sozinho na linha de três, com a chance cristalina de cortar a vantagem do adversário para apenas quatro pontos. Era o reserva Darrick Martin, que errou o chute e jogou um balde de água fria na reação.
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O Detroit Pistons fez o dever de casa, mas quase bobeou diante do Indiana Pacers, deixando escorrer entre os dedos uma vantagem de 12 pontos no quarto período. Sorte que Ben Wallace estava lá para resolver a parada a 31 segundos do fim. Méritos também para o outro Wallace, o guerreiro Rasheed: poucos atletas da NBA entendem tão bem o que é o espírito de um playoff.
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Ao José Rodrigo, força nesta hora difícil.
Segue a vida.
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foto . nbae
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