26.6.03



DRAFT AO VIVO



Boa noite a todos.

A partir de agora, o Rebote acompanha as emoções do draft 2003, numa noite que não deixa de ser histórica para o basquete brasileiro. Ansioso para saber qual time vai pescar o nosso Leandrinho? Curioso para conhecer o destino da nata universitária americana e da novíssima turma de estrangeiros? Atualize a página constantemente para receber, em tempo real, informação e análise de cada escolha da primeira rodada, além das negociações que surgirem pelo caminho. A caixa de comentários está aberta às opiniões dos leitores.

Vamos à largada.


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1. CAVALIERS

LeBron James (PG/SG/SF, 2.03m, St. Vincent/St. Mary)

E aí, estão surpresos? Com LeBron no elenco, o Cleveland começa a tirar o pé da lama. Além das habilidades atléticas, o fenômeno colegial esbanja versatilidade e tem se mostrado um excelente passador. Resta saber quanto tempo vai levar a adaptação ao mundo adulto. Não podemos esquecer que Kobe Bryant, Tracy McGrady, Jermaine O’Neal também pularam a universidade e só estouraram no terceiro ano de NBA. O menino-prodígio vai fazer sua parte, mas para o time chegar aos playoffs é preciso mexer naquele deserto de talento (exceção feita a Ricky Davis e, vá lá, Zydrunas Ilgauskas). Se a diretoria não agir nas próximas semanas, contratando uma ou duas peças consistentes, o mata-mata deve continuar sendo apenas um sonho distante.

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2. PISTONS

Darko Milicic (C/PF, 2.13m, Hemofarm Vrsac – Sérvia)

Boa altura, força no garrafão, agilidade fora dele, arremesso preciso (inclusive de três pontos). O que mais se pode esperar de um calouro? Larry Brown, que preferia Carmelo Anthony, não conseguiu convencer Joe Dumars. Aí está a nova sensação da Europa. Agora o técnico tem um agradável problema para resolver: quem vai jogar de pivô, Wallace ou Milicic?

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3. NUGGETS

Carmelo Anthony (SF, 2.03m, Syracuse)

Em todo o draft, é provavelmente o atleta mais apto a causar impacto instantâneo na NBA. Mais maduro que LeBron, Carmelo vai dar ao Denver o toque de qualidade que falta naquele mar de juventude e inexperiência. Playoffs? Talvez ainda seja cedo, a não ser que a cartolagem trabalhe duro e consiga bons reforços no mercado (Gilbert Arenas e Michael Olowokandi, quem sabe). Nenê Hilário deve estar torcendo de dedos cruzados.

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Apertem os cintos: o que era previsível já passou. A partir de agora, está aberta a caixinha de surpresas.

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4. RAPTORS

Chris Bosh (PF, 2.08m, Georgia Tech)

Será a versão 2003 de Kevin Garnett? Os braços longos e a extrema facilidade com que se move pela quadra renderam ao jovem Bosh uma comparação de peso. O ala canhoto tem um ótimo arremesso para alguém do seu tamanho. Tudo o que ele precisa é um pouco mais de preparo físico. Com esta escolha, o Toronto começa a definir os rumos do draft. Tudo o que virá em seguida dependia desta seleção, ou seja, a noite está só começando. Aliás, a primeira negociação do draft pode surgir a qualquer momento. Estamos de olho.

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5. HEAT

Dwyane Wade (SG, 1.93m, Marquette)

Escolha surpreendente. Mais um daqueles jogadores que aliam bom físico e basquete versátil. A maturidade e o estilo agressivo impressionaram deixaram os olheiros de boca aberta. Há quem aposte em Wade como um dos nomes mais futurosos do draft. O problema é o possível conflito de posições com Eddie Jones ou Caron Butler. Ou seja, vem troca por aí.

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6. CLIPPERS

Chris Kaman (C, 2.13m, Central Michigan)

É um pivô clássico, competente embaixo da cesta e mestre em cavar faltas que o levem à linha de lances-livres. A ajuda se estende à defesa, com bons números em rebotes e tocos. Boa opção para o lugar de Michael Olowokandi, que pode deixar o time.

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7. BULLS

Kirk Hinrich (PG/SG, 1.90, Kansas)

Difícil entender como TJ Ford passou daqui. Em todo caso, com Hinrich na armação, a qualidade distribuição de jogo do Chicago fica garantida, agora que Jay Williams deve ficar fora por bastante tempo. Além disso, trata-se de um daqueles jogadores que não acreditam em bola perdida. A mistura de raça e talento faz dele uma boa opção para um time que precisa crescer urgentemente.

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8. BUCKS

TJ Ford (PG, 1.78m, Texas)

Gary Payton já pode ir embora. O baixinho mais valioso da safra está em Milwaukee. Sua visão de jogo remete a lendas como Magic Johson e Larry Bird (com as devidas proporções, claro). Assistência é com ele mesmo. Muito estranho que Ford só tenha sido escolhido agora.

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9. KNICKS

Mike Sweetney (PF, 2.03m, Georgetown)

No melhor estilo Elton Brand, Sweetney funciona como um tanque dentro do garrafão, daqueles que preferem carregar a bola até a cesta em vez de arremessá-la de longe. Vai dar um gás ao New York, que carece de grandalhões (tem gente em quantidade, mas não em qualidade). A decisão mostra ainda que a diretoria não confia muito na recuperação de Antonio McDyess.

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10. WIZARDS

Jarvis Hayes (SG/SF, 2.01m, Georgia)

Esse negócio de infiltração não está com nada. Hayes gosta mesmo é de pegar a bola e arremessar. Sorte dele que a mira é privilegiada, o que lhe rendeu comparações com Allan Houston. No fraco elenco do Washington, uma colaboração como esta não pode ser desprezada. Pode dar certo a tabelinha com Jerry Stackhouse, que hoje estendeu seu contrato por mais dois anos.

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11. WARRIORS

Mickael Pietrus (SG/SF, 1.99m, Pau Orthez - França)

Com uma velocidade acima da média, Pietrus é um dos melhores estrangeiros da turma. Um de seus trunfos é a capacidade de apanhar rebotes ofensivos. Difícil vai ser arrumar um lugar para ele na equipe, que já tem Antawn Jamison e Jason Richardson.

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12. SONICS

Nick Collison (SF/PF, 2.05m, Kansas)

Veterano da Universidade de Kansas, Collison é uma das bolas de segurança do draft. Pode não se tornar uma estrela, mas certamente vai contribuir de imediato com os Sonics. O repertório variado de movimentos no garrafão e a briga incessante pelos rebotes fazem dele um tiro prudente da cartolagem de Seattle.

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13. GRIZZLIES

Marcus Banks (PG, 1.88m, Nevada-Las Vegas)

É um armador claramente defensivo, com mãos velozes e capazes de roubar bolas sem que o adversário se dê conta. As infiltrações também são um ponto forte, mas o Memphis certamente não pensou num calouro para atacar, e sim numa peça para compor a retranca. Pode ser um bom reserva para Jason Williams.

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14. SONICS

Luke Ridnour (PG, 1.88, Oregon)

Esperava-se que o Seattle escolhesse Leandrinho no primeiro round, porque a equipe de fato precisa de um armador. Mas o brasileiro não foi o preferido da diretoria. Tanto no contra-ataque como nas jogadas trabalhadas, Ridnour tem mostrado criatividade suficiente para escapar das sinucas mais difíceis, à la John Stockton. Seu ponto forte, no entanto, é a mestria nos lances-livres.

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Continua no post acima

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