5.6.03
TORRES EM FORMA
Ninguém conseguiu alcançar
Duncan no jogo 1 das finais
Em setembro de 2001, quando o velho Osama aprontou das suas em Nova York, Tim Duncan e David Robinson resolveram aposentar o apelido "Torres Gêmeas", em respeito aos mortos na tragédia do World Trade Center. Quase dois anos depois, foi impossível não recordar a expressão. Na primeira partida da final da NBA, as duas torres de San Antonio voltaram a jogar como nos bons tempos, e atropelaram um New Jersey confuso, desordenado e sem ritmo.
Com a vitória por 101-89, os Spurs mostraram aos Nets que no Oeste o buraco é mais embaixo. O ótimo basquete apresentado pela turma de Jason Kidd nas duas varridas consecutivas não deu as caras no primeiro confronto com campeão da conferência rival.
32 pontos, 20 rebotes, 7 tocos, 6 assistências e 3 roubadas. Os números de Tim Duncan são tão majestosos que mal cabem na tábua de estatísticas. O que vimos foi uma atuação avassaladora, digna de quem está faminto pelo título. A força mostrada no ataque se repetiu na defesa, onde o ala infernizou os adversários e cometeu apenas uma falta.
O vovô David Robinson, por sua vez, provou que não é um peso morto para seu time. Com 14 pontos, 6 rebotes e 4 tocos, o Almirante teve importância fundamental no triunfo de ontem.
De quebra, Tony Parker venceu com sobras a disputa particular com Jason Kidd. O francês anotou 16 pontos, a maioria deles no terceiro quarto, quando o San Antonio praticamente definiu o jogo. Kidd ficou bem abaixo do esperado, sendo apenas o quinto melhor pontuador de sua equipe.
Ao que tudo indica, as miniférias não fizeram bem ao New Jersey. Os contra-ataques pareciam travados, o ritmo ficou mais lento, e o grupo perdeu sua marca registrada: a velocidade de um extremo ao outro da quadra. Richard Jefferson contribuiu com 15 pontos, mas nem de longe mostrou a explosão habitual.
Kenyon Martin, que entrou no ginásio com a ingrata missão de anular o MVP, acabou saindo com seis faltas, sendo que a maior parte delas foi cometida em cima de outros jogadores que não Duncan. Além de corrigir o posicionamento embaixo da cesta, Martin tem de elevar um pouco a marca de 21 pontos registrada ontem, especialmente se a pontaria de Kidd continuar torta.
Vem aí o jogo 2, e a história pode ser diferente. Kidd, Martin e Jefferson precisam, basicamente, de duas coisas: enfiar o pé no acelerador e torcer para que Duncan, Robinson e Parker pisem no freio.
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Após um mês de inatividade, Dikembe Mutombo atuou apenas seis minutos e não marcou nenhum ponto. Mas deu um toco fantástico em Duncan, lembrando os velhos tempos em que guardava no bolso a chave do garrafão.
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Danny Ferry conseguiu a proeza de jogar menos de meio segundo. Ele entrou em quadra quando faltava 0.4 para terminar o primeiro tempo. Depois do intervalo, não voltou mais.
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Um torcedor gaiato aproveitou a chance para tripudiar sobre o Los Angeles Lakers, erguendo um cartaz provocativo: "Ei, Shaq e Kobe! Precisam de ingressos?"
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(Foto - Jesse D. Garrabrant/NBAE)
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