3.12.03



orgulho nacional
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))) Quem se habilita a parar Nenê?


A partida que a TV nos ofereceu na noite de terça trouxe a reboque uma série de conclusões. Deu para ver o Denver Nuggets é um time muito superior ao Cleveland Cavaliers; que Carmelo Anthony e LeBron James são ótimos (ontem, o primeiro melhor que o segundo); que Ricky Davis não pode ser reserva num time daqueles; que Chris Andersen ainda pode dar o que falar; que Carlos Boozer é um ala-de-força em ascensão; que Earl Boykins, com aquela pinta de anão, é um dos sujeitos mais abusados da NBA.

Deu para ver tudo isso, mas prefiro me concentrar no ponto que mais nos diz respeito: acima de tudo, deu para ver que Nenê é um novo jogador, muito superior àquele que estreou na liga ano passado.

Para a nossa sorte, foi justamente ontem, quando a TV nos deixou ver, que ele teve sua melhor atuação na temporada. Foram 21 pontos, 13 rebotes, duas roubadas, oito de 15 arremessos convertidos e dois itens sintomáticos: 40 minutos em quadra (mais que qualquer outro na partida) e apenas duas faltas, sendo que a segunda só veio na fase final da partida.

Está aí o novo Nenê, sem o sobrenome Hilário e cheio de disposição. Enquanto todo mundo fica de olho em Leandrinho e Alex, esperando pelos novos brasileiros que aportam em terras americanas, nosso “veterano” faz bonito em seu segundo campeonato.

O que me impressionou não foi apenas a tábua de estatísticas. O Nenê de hoje é um atleta muito melhor fisicamente, com mais mobilidade, correndo a quadra toda, acertando seus arremessos, cavando faltas (e não fazendo), enterrando bolas, dominando o garrafão e, muitas vezes, ditando o ritmo do Denver.

O reserva Francisco Elson não é bobo, mas não resta a menor dúvida: Nenê é titular absoluto deste time, e pode fazer uma boa dobradinha com Marcus Camby se o pivô estiver saudável (ontem não estava).

Além disso, cá entre nós, começo a desconfiar que este começo animador do Denver não é apenas fogo de palha.

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Corria a metade do primeiro período quando LeBron James ensaiou uma infiltração e deu um passe sem olhar para Michael Stewart, que, sozinho, errou a enterrada. É este o retrato de um excelente passador à procura de alguém que possa transformar seus passes em assistências.

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foto . cnn/sports illustrated

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