12.12.02
GÊNIO EM FASE EMBRIONÁRIA
LeBron James: certeza de
um futuro brilhante na NBA
Até 1997, quando Tim Duncan deixou a universidade de Wake Forest e ingressou no San Antonio Spurs, o direito à primeira escolha no draft da NBA era quase a certeza de incluir um craque no elenco. Vinha sendo assim nos anos anteriores, com Allen Iverson, Glenn Robinson, Chris Webber, Shaquille O'Neal e por aí vai. A coisa começou a desandar justamente naquele ano, criando uma seqüência decepcionante: Michael Olowokandi (1998), Elton Brand (1999), Kenyon Martin (2000), Kwame Brown (2001) e Yao Ming (2002). São todos, pelo menos por enquanto, "apenas" bons jogadores.
Em 2003, a história vai mudar. Está saindo do forno um novo fenômeno. Anote num papel o nome de LeBron James. E guarde até maio do ano que vem.
Aos 17 anos, ainda no segundo grau e defendendo o colégio St. Vincent/St. Mary, James já conhece seu destino. Será o primeiro escolhido no próximo draft. Não há nada que possa mudar isso. Até aí tudo bem, Yao Ming também despertou previsão semelhante. A novidade é que, faltando cinco meses para a escolha, a imprensa americana não só caiu de quatro pelo garoto como foi praticamente unânime ao lançá-lo como um futuro astro da liga. E as comparações não estão no nível de um Paul Pierce ou de um Ray Allen. Nada de segundo escalão. Fala-se em Kobe Bryant, Tracy McGrady e Michael Jordan.
Dizem que James é melhor que os três juntos (quando tinham 17 anos, claro). A idolatria é quase inacreditável. Os ingressos para as partidas de sua equipe evaporam rapidamente das bilheterias. A mãe do jogador já está conversando com vários empresários. Nike e Adidas já se estapeiam pelo direito de vestir o moleque. E a seleção americana cogita incluí-lo na delegação que vai disputar as Olimpíadas de Atenas em 2004. Deu para sentir o drama?
Para reforçar o mito, ele ainda veste a camisa número 23. Se até nos Estados Unidos os espectadores estão sofrendo com a falta de jogos de James na programação das redes de TV, resta a nós, brasileiros, esperar. E torcer para que tudo isso não seja apenas exagero de americano.
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