18.12.02
NOVO ÂNIMO EM CHICAGO
Curry e Chandler: em boa companhia
Quando Michael Jordan se foi, o Chicago Bulls despencou nas tabelas e, por conseqüência, passou a freqüentar as primeiras posições da lista de escolhas do draft universitário. Na esperança de incorporar ao elenco calouros capazes de conduzir a equipe de volta aos playoffs, a diretoria fez uma besteira atrás da outra. Vieram Elton Brand, Marcus Fizer, Eddy Curry e Tyson Chandler (sendo que Brand, o único realmente bom, foi negociado com o L.A. Clippers). Além disso, nunca saíram do terreno da ficção os tais reforços de peso que preencheriam o vazio deixado por Jordan e Scottie Pippen na folha de pagamento.
Pois neste ano, justamente quando o time acertou a mão escolhendo o habilidoso armador Jay Williams, os cartolas perceberam que novatos sozinhos não fazem verão. Contrataram o veterano Donnyell Marshall, mantiveram o líder Jalen Rose, acreditaram no técnico Bill Cartwright e o resultado está aí. Acostumado com o rodapé da tábua de classificação, o Chicago largou a lanterna nas mãos do Cleveland e já enxerga a oitava posição do Leste a uma distância razoável.
Claro, é cedo para se falar em playoff, principalmente em se tratando de uma equipe com 8 vitórias e 16 derrotas. Mas que o espírito é outro, não há dúvida. Marshall era o toque de experiência que faltava. Ele e Williams dividem com Rose o peso da responsabilidade. Desde a estréia (quando derrotou os Celtics em Boston) até a partida mais recente (um novo triunfo sobre o mesmo adversário, agora em casa), fica claro que a equipe é bem diferente daquela que vinha envergonhando, nas últimas três temporadas, uma imensa torcida acostumada a comemorar títulos em série. Resta saber se haverá fôlego para continuar a escalada.
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