16.1.03



MUDANÇA À VISTA NO ALTO CLERO




Em Indiana, todo mundo quer Payton,
exceto Tinsley, que iria para Seattle



A cartolagem segue inquieta. Até 20 de fevereiro, está liberado o troca-troca entre equipes da NBA. Até agora, pouco se especulou sobre transações de peso, daquelas que mudam os rumos da liga. Mas os boatos da semana que passou deixaram claro: tem gente da elite disponível na praça.

Mais cedo do que se pensa, Gary Payton pode encerrar um ciclo de 12 anos em Seattle. O armador ganha passe livre ao fim do campeonato, mas deve fazer as malas antes. O presidente dos Sonics, Wally Walker, se dispôs a ouvir (apenas ouvir, por enquanto) cada um dos clubes interessados. O mais ansioso deles é o Indiana Pacers, que ensaiou a primeira abordagem ainda em meados de 2002. Na época, a proposta envolvia o ala Austin Croshere.

Hoje a moeda oferecida seria o jovem promissor Jamaal Tinsley. Rebaixado à reserva na semana passada, ele entrou na lista de negociáveis do técnico Isiah Thomas. Mas já voltou à posição de titular, recuperou o prestígio e dificultou novamente a transação.

Payton está no último de seus sete anos de contrato. Se mudar de cidade ao fim da temporada, o jogador abre um vazio de US$ 12 milhões na folha salarial do Seattle, mas não garante um nome de peso para ocupar a vaga de líder da equipe. É esse clima de insegurança que aumenta as chances de uma troca até a data limite.

Se o destino for mesmo Indianapolis, a mudança será da água para o vinho. Enquanto a turma de Tinsley vem numa série de cinco vitórias e corre para chegar à final do Leste, os Sonics não vencem há cinco jogos e ocupam a incômoda décima colocação do Oeste. Só conseguem ficar à frente do quarteto Warriors-Clippers-Grizzlies-Nuggets, que nunca abandona o rodapé da conferência.

(Foto - Jeff Reinking/NBAE)

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