25.1.04



os trunfos de vlade
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))) A esperteza de Divac irrita os rivais


Na noite de sexta-feira, nem a bela vitória do emergente Memphis Grizzlies sobre o Sacramento Kings aplacou a ira de Lorenzen Wright. Enquanto seus companheiros celebravam o sétimo triunfo seguido, o pivô caprichava na expressão emburrada, afundado no banco de reservas. Havia sido eliminado com seis faltas, e tanta raiva tinha um único alvo:

A catimba de Vlade Divac.

“São inúmeros truques, fingimentos, e os árbitros sempre caem na dele”, esbravejava Wright. “Queria que ele apenas disputasse a partida. Odeio atores. Gritei para o juiz que ele estava fingindo. Não sei atuar.”

De fato, a habilidade cênica que falta em Wright sobra no rival iugoslavo, que encerrou a noite de sexta com 17 pontos e 12 rebotes. Irritar adversários e driblar a arbitragem é uma arte que Divac domina como poucos na NBA. Num tempo em que a liga se rende a pivôs especialistas em distribuir tocos e cotoveladas na mesma escala, esse estilo malandro europeu até que vem bem a calhar. Não é o bastante, contudo, para sustentar uma peça-chave em equipes vitoriosas como o Sacramento.

Na pré-temporada, os Kings pescaram Brad Miller na prateleira dos atletas com passe livre. Houve quem condenasse Divac à aposentadoria. Engano crasso. Miller deu certo, mas não diminuiu em nada a importância do colega, que mantém seu basquete em nível elogiável para alguém que completa 37 anos daqui a uma semana.

Se experiência ganhasse jogo por si só, Larry Bird e Magic Johnson ainda estariam por aí. Ciente da crueldade do tempo, o iugoslavo tratou de escorar sua sabedoria em números. Mantém hoje boas médias de pontos (11.2), rebotes (5.8) e assistências (5.4), mesmo tendo de dividir o garrafão com Miller.

Quando o craque Chris Webber voltar, é bem possível que Divac passe a esquentar o banco. Sorte de gente como Lorenzen Wright. Azar de quem aprecia um basquete maroto.

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foto . nbae

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