2.2.03



CAMINHO LIVRE PARA A ARRANCADA




Alguém aí duvida que este homem vai
estar presente nos próximos playoffs?




Caneta vermelha na mão, o técnico Phil Jackson já deve ter marcado em destaque o 4 de fevereiro no calendário do Los Angeles Lakers. Dentro de dois dias, o time estará em Indianapolis para disputar, contra o líder do Leste, sua partida mais importante desde o início da temporada. Os atrativos não são poucos: um O’Neal de cada lado, dois Pacers suspensos por indisciplina e um Kobe Bryant tinindo como nunca. Quando a bola subir para Shaq e Brad Miller (ambos com status de reserva no All-Star Game, como se fossem atletas do mesmo nível), estará em jogo muito mais que uma simples vitória. A turma de uniforme púrpura pode começar ali a escalada rumo ao tetracameponato.

Exagero? Vejamos.

O jogo das estrelas é uma espécie de recreio na NBA. Quem participa da festa só pensa em se divertir. Quem está fora põe a família no carro e parte em busca de um fim de semana tranqüilo. Pois alguns times da conferência Oeste decidiram, por conta própria, antecipar a folga. Tiraram o pé do acelerador e derraparam feio nas últimas semanas. Foi assim com Mavericks, Kings, Suns e Rockets. Em Los Angeles, ocorreu o inverso. Descontando dois tropeços contra Golden State e New Jersey, os Lakers resolveram, enfim, engrenar na competição.

Venceram 9 dos últimos 12 jogos, incluindo triunfos maiúsculos em Sacramento e Phoenix. Além do aspecto moral, bater o Indiana na terça-feira significa igualar, pela primeira vez, o número de vitórias e derrotas. É o que os americanos chamam de “alcançar .500”. Depois disso, basta passar pelo fraco New York Knicks e chegar ao All-Star carregando o tão sonhado saldo positivo. Na volta do recreio, o presente é ainda maior: duas partidas consecutivas contra o Denver Nuggets.

Se tudo der certo nessa seqüência, vai ser difícil segurar a rapaziada da Califórnia. Até porque fevereiro promete ser um mês razoavelmente generoso. Após o confronto duplo com Nenê & Cia., serão sete compromissos em casa e apenas dois na estrada. Pedreira, de verdade, só em meados de março, quando a equipe visita Minnesota, Sacramento e San Antonio.

Até lá, o playoff já será uma realidade. Hoje o Los Angeles ocupa a nona posição e tem à sua frente Rockets e Suns, ainda distantes, mas em queda livre. Tarefa mais difícil é beliscar Wolves (6º) e Jazz (5º), que seguem ladeira acima. Terminando em sétimo ou oitavo, a trombada no primeiro round provavelmente seria contra Kings, Mavs, Spurs ou Blazers. Mesmo nesse caso, você apostaria seu suado dinheirinho contra Shaq e Kobe?

A prudência recomenda esperar mais um pouco antes de jogar as fichas na mesa.

(Foto - Andrew D. Bernstein/NBAE)

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