16.2.03



O REI DA LIGA




Kobe e T-Mac concorrem ao título de MVP



Muita água ainda vai rolar até o fim da primeira fase, mas uma coisa é certa: a NBA vai suar para escolher o MVP de 2003. O grande número de candidatos e o equilíbrio entre eles torna arriscada qualquer análise precoce. Mas é impossível resistir à tentação. Portanto, vamos especular.

O favoritismo antecipado recai sobre Tracy McGrady. O armador do Orlando Magic contava com Grant Hill para dividir as tarefas este ano, mas o fantasma das lesões voltou a atacar o companheiro (falaremos disso amanhã). Ou seja, T-Mac foi obrigado a segurar as rédeas sozinho. Com 30.7 pontos por noite, ele não decepcionou: tornou-se o cestinha da liga e provou ser um dos nomes mais valiosos do basquete americano.

Apesar de ser a opção mais lógica, McGrady ainda não conquistou meu voto. Por enquanto, estou com Kobe Bryant, por mais que isso pareça prematuro a essa altura do campeonato. Além de manter a incrível média de 42 pontos nas últimas oito partidas do Los Angeles Lakers, o amigo de Shaquille O’Neal começa a dar sinais concretos de que pode deixar de ser apenas um craque para se tornar um gênio.

Os números não mentem. Em sete anos de NBA, Kobe nunca foi tão eficiente em pontos (29.6), assistências (6.5) e roubadas (2.2). A inteligência e a visão de jogo estão tinindo, assim como as habilidades defensivas. Até agora, foram cinco triple-doubles. Sem contar os lances fantásticos que, dia após dia, fazem o torcedor levantar da cadeira. Não fazer dele o MVP pode ser uma grande injustiça com um atleta que, sem dúvida, paira alguns degraus acima de todos os outros.

Se os playoffs tivessem início hoje, tanto Kobe quanto T-Mac estariam eliminados. De certa forma, isso pode pesar na escolha. Então vamos aos candidatos que provavelmente passarão à próxima fase.

Kevin Garnett, do Minnesota, é um dos mais cotados. Eleito o melhor em quadra no All-Star Game, o homem já fez 41 double-doubles este ano, mantendo as médias de 22.2 pontos e 12.8 rebotes. De quebra, lidera o que os americanos chamam de ranking de eficiência (estatística que leva em conta o somatório de todos os fundamentos). No conjunto da obra, é um nome fortíssimo.

Tim Duncan, do San Antonio, e Dirk Nowitzki, do Dallas, correm por fora. O primeiro foi o escolhido em 2002, e o segundo comanda o melhor time da liga. Ambos estão credenciados com folgas. Um pouco mais atrás, vêm Jason Kidd, Chris Webber e Allen Iverson. Dá para sentir que sobram nomes de peso. Espero que os critérios sejam os mais justos. Só não vale, em hipótese alguma, abrir a votação para a Internet. Daria Yao Ming na cabeça.

(Fotos - NBAE)

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