31.10.03



basquete-tabajara
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))) Sem Elton Brand, o L.A. Clippers
de Richardson vai sofrer um bocado



Além do belo uniforme, o que mais podemos dizer do Los Angeles Clippers? Sem Lamar Odom, Andre Miller e Michael Olowokandi (fugitivos da pré-temporada), a equipe cruzou o planeta para disputar dois jogos contra o Seattle Supersonics no Japão. O saldo até agora é plenamente negativo: uma derrota para o time e um pé quebrado para Elton Brand, o único craque de todo o elenco.

A lesão é fruto de um movimento infeliz numa sessão de treinamento. “Não sei exatamente como aconteceu. Devo ter pisado de forma errada, mal conseguia andar”, explica o contundido da vez. “Foi de cortar o coração. Eu queria muito disputar as primeiras partidas da temporada, já que tudo vinha dando certo com o técnico Mike Dunleavy.”

Durante os dois meses previstos para a recuperação do ala, o novo treinador pode mergulhar num assustador período de trevas. Seus titulares devem ser Peja Drobnjak, Chris Wilcox, Corey Maggette, Quentin Richardson e Kenyon Dooling. Não há nada mais sofrível em toda a NBA.

A situação se agrava quando notamos que os veteranos Glen Rice e Olden Polynice estão na enfermaria, e os jovens Chris Kaman e Melvin Ely (também às voltas com problemas de saúde) ainda se esforçam para recuperar a forma física. No fim da feira, sobram os armadores Eddie House e Marko Jaric, o ala Bobby Simmons e o pivô Wang Zhizhi.

Com Brand, o L.A. Clippers é um dos piores times deste ano. Sem Brand, é um dos piores times da história. O descolado Dunleavy vai ter muito trabalho durante o campeonato. Por enquanto, ele só pensa em regular o relógio biológico dos atletas. Afinal, são 17 horas de diferença no fuso-horário entre a costa Oeste dos Estados Unidos e o Japão. Com o futuro que começa a se desenhar, a turma devia pedir para ficar por lá mesmo, curtindo a terra do sol nascente.

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Até agora, LeBron James não decepcionou. Mas o que não falta é gente do contra, torcendo em silêncio para o primeiro fracasso chegar logo.

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foto . nbae

30.10.03



show de calouros
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))) Em Sacramento, LeBron James estreou por cima


Nos últimos meses, a mídia americana fabricou um punhado de estréias para LeBron James. Estréia em jogo beneficente, estréia em jogo-treino, estréia em torneio de verão, estréia na pré-temporada etc, etc, etc. Na maior parte delas, o fenômeno colegial teve atuações discretas. Na noite de quarta-feira, entretanto, a estréia foi de verdade. E o rapaz parecia ansioso para descarregar a pilha acumulada desde 26 de junho, quando foi escolhido pelo Cleveland Cavaliers no draft 2003.

Logo no primeiro quarto contra o Sacramento Kings, LeBron marcou 12 pontos e distribuiu um punhado de passes precisos. A disposição inicial fez a bateria ratear logo em seguida, e o calouro só retomou o ritmo no segundo tempo. Ainda deu para mostrar serviço feito gente grande.

Nos domínios de um dos melhores times da liga, evitar a derrota era uma missão complicada. De fato, não foi possível. O Cleveland começou a temporada mantendo a rotina do ano passado, com uma derrota por 106-92. Mas no que se refere ao menino-prodígio, os torcedores dos Cavs não têm do que reclamar: foram 25 pontos, nove assistências, seis rebotes e quatro roubadas. Ótimo sinal.

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O calouro vitorioso da noite foi Carmelo Anthony, terceira escolha no draft. O ala do Denver Nuggets marcou 12 pontos e pegou sete rebotes no importante triunfo sobre o campeão San Antonio Spurs. Valeu a ajuda do nosso Nenê, titular na ala-de-força, que já começou a temporada com um double-double: 12 pontos, 11 rebotes.

(Abre-se aqui um breve parêntese: Nenê andou dizendo a alguns jornais brasileiros que o Denver ainda precisa contratar um bom pivô se quiser chegar aos playoffs. Foi uma declaração no mínimo deselegante. Ontem, Marcus Camby saiu de quadra com nada menos que 20 rebotes.)

Enquanto Carmelo Anthony estreou batendo o melhor time do Oeste, Chris Bosh fez o mesmo com o atual campeão do Leste. Vestindo o novo uniforme vermelho do Toronto Raptors, o ala saiu do banco para marcar 11 pontos na vitória sobre o New Jersey Nets. Quem liderou a equipe canadense (adivinhem) foi Vince Carter, com impressionantes 39 pontos.

A decepção ficou por conta do sérvio Darko Milicic. Segundo escolhido no draft, ele sequer tirou o agasalho na derrota dos Pistons para o Indiana Pacers. O técnico Larry Brown parece disposto a poupá-lo neste início de campeonato, até que a forma física e técnica atinja o nível ideal.

Por falar em treinadores, vale registrar o retorno triunfal de Rick Carlisle a Detroit. Além de ter vencido o jogo por 89-87, ele foi longamente aplaudido pela torcida local, que reconheceu o bom trabalho realizado nos últimos dois anos.

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O New York Knicks não conseguiu bater o Orlando Magic, mas Keith Van Horn estreou em grande estilo no Madison Square Garden. Com 29 pontos e oito rebotes, conseguiu evitar as vaias da exigente torcida nova-iorquina.

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Na vitória do Dallas sobre o Golden State, Danny Fortson e Shawn Bradley somaram apenas quatro minutos em quadra. Dirk Nowitzki jogou de pivô, marcou 29 pontos, pegou 15 rebotes, deu quatro tocos e roubou três bolas.

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E o que dizer de Kevin Garnett? Foi um monstro contra o Milwaukee: 25 pontos, 21 rebotes, seis assistências. MVP nele!

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foto . nbae

29.10.03



a noite do anti-herói
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))) Anthony Carter (E) saiu de Miami e
virou reserva de Tony Parker no Texas



Quando faltavam 30 segundos para o fim do jogo de ontem, contra o Phoenix Suns, o armador Anthony Carter pegou um rebote ofensivo e não pensou duas vezes: partiu em direção à tabela, bateu a marcação e converteu a cesta da vitória para o San Antonio Spurs.

Herói da noite?

Ora, faça-me o favor.

A bandeja decisiva pode ter aliviado a reputação de Carter diante da torcida local, mas não foi o suficiente para encobrir uma realidade preocupante: Gregg Popovich não tem no banco um reserva à altura de Tony Parker.

Quem acompanhou a NBA nos últimos dois anos já percebeu que o armador francês é um típico vaga-lume. Brilha num dia, se apaga no outro. Até a temporada passada, o San Antonio resolvia este problema com um par de opções respeitáveis (Speedy Claxton e Steve Kerr). De uma hora para a outra, no entanto, o plano B foi por água abaixo.

Claxton agora é do Golden State; Kerr virou comentarista de TV. Carter é muito pior que os dois, e fica atrás até do nosso Alex Garcia. É apenas um quebra-galho medíocre para situações de emergência. Erra passes primários, não tem visão de jogo, é fraco nos arremessos e carece de velocidade. Como opção no Miami Heat, até dá para enganar. Mas um papel de destaque no elenco campeão da NBA é um passo bem maior do que aquelas pernas curtas podem alcançar.

Popovich parece estar ciente disso. Tanto que, no quarto período contra o Phoenix, arriscou Manu Ginobili na armação principal. Rasho Nesterovic, que decepcionou na estréia, também ficou de fora, e o técnico optou por uma formação espremida entre as posições 2 e 4, com um armador (Manu) e quatro alas (Bruce Bowen, Hedo Turkoglu, Robert Horry e Tim Duncan). Deu certo. Foi assim que os Spurs apertaram o placar. A cesta final de Anthony Carter, podem acreditar, foi apenas um acidente de percurso.

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Turkoglu, Horry e Mercer, estes sim, parecem dispostos a conquistar logo a admiração do treinador. Algo me diz que o trio será fundamental durante a campanha.

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Em todo o elenco do Phoenix Suns, Leandrinho foi o único que não entrou em quadra ontem. Não é motivo para pânico. Se Frank Johnson usou a partida contra os Spurs para testar Brevin Knight, é bem possível que o brasileiro ganhe bons minutos amanhã, contra o Cleveland de LeBron James. Knight fracassou solenemente. Em todo caso, convém a Leandrinho se acostumar com a reserva. Stephon Marbury já mostrou que continua sendo uma máquina de jogar basquete. Foram 42 minutos de plena atividade: 24 pontos, sete rebotes, seis assistências e duas roubadas.

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Devido ao avançado da hora, deixo para amanhã o comentário sobre Mavs x Lakers. Mas cabe aqui um esclarecimento: quando me referi ao uniforme do Dallas como o mais bonito do Meio-Oeste, obviamente não estava falando sobre o estranho pano marrom que a turma vestiu ontem em Los Angeles. Aquilo mais parece uma camisola de seda.

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Com oito minutos de jogo, Lamar Odom torceu o tornozelo. Que começo para o Miami Heat...

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foto . nbae

27.10.03



incêndio incontrolável
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))) Kobe e Shaq não se
suportam mais em LA



Foi um daqueles diálogos curtos que merecem reprodução na íntegra. Na verdade, diálogo nem é o termo mais adequado, já que no meio do caminho havia uma horda de repórteres fazendo as vezes de pombo-correio. O fato é que microfones e gravadores registraram uma histórica troca de gentilezas entre Shaquille O’Neal e Kobe Bryant. Tudo começou com um comentário pouco gentil do pivô a respeito das novas funções do armador enquanto se recupera da cirurgia no joelho. Eliminando os intermediários, ficamos assim:

SHAQ: “Bryant deveria tentar ser mais um passador, até que suas pernas estejam firmes.”

KOBE: “Definitivamente, eu não preciso de conselhos sobre como devo jogar. Sei cumprir minha função de armador. Ele que se preocupe com o garrafão, enquanto eu me preocupo com o perímetro.”

SHAQ: “Ao começarmos esta nova temporada, queremos que as coisas sejam feitas da maneira correta. Se você não gosta, então pode optar por desfazer o contrato no ano que vem. Enquanto este for o meu time, vou expressar minha opinião. Se alguém não gosta, que saia.”

Sempre ansiosos por mais declarações bombásticas, os jornalistas pediram que O’Neal explicasse melhor o que quis dizer com “meu time”. O pivô não decepcionou a imprensa: “Todo mundo sabe disso. Vocês podem dar o crédito para ele, como fizeram a vida toda, mas este é o navio de Diesel [referindo-se ao próprio apelido].”

É justamente esse Los Angeles Lakers em chamas que abre a temporada 2003-2004 da NBA hoje à noite, contra o revigorado Dallas Mavericks, no Staples Center. Como a partida será transmitida para o Brasil, poderemos verificar, ao vivo, se Kobe vai passar a bola para Shaq e vice-versa. Em todo caso, a máquina californiana escolheu uma péssima maneira para começar o ano. Está aí um foco de incêndio que nem o bombeiro Phil Jackson consegue apagar.

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Enquanto o clima esquenta em Los Angeles, o Dallas pensa na única coisa que realmente importa: a caminhada rumo ao título inédito. Já que o negócio é reproduzir declarações, vale dar uma olhada nesta, do ala Antawn Jamison:

“Tudo o que passa pela minha mente é que nós precisamos vencer. Vou fazer qualquer coisa para colocar um anel de campeão no meu dedo. Se, para alcançar este objetivo, eu tenho que sair do banco de reservas, é isso que vou fazer.”

Notaram a diferença? Enquanto os Lakers se estapeiam, os Mavs se mostram dispostos a qualquer sacrifício para levantar o caneco. Vale até pegar um avião rumo à Lituânia, como fez o presidente Donnie Nelson esta semana, com o objetivo de convencer Arvydas Sabonis a repensar sua idéia de aposentadoria. Na verdade, Nelson aproveitou que tinha um prêmio a receber por aquelas bandas e saiu à caça do pivô. Ainda não teve uma resposta do jogador, mas não perdeu as esperanças.

Mesmo velhinho, Sabonis parece ser uma opção melhor que Danny Fortson (o eleito de Don Nelson) para ocupar a posição 5. Na hora de encarar grandalhões como Shaquille O’Neal, talvez fosse mais prudente escalar o gigante Shawn Bradley. O técnico do Dallas, no entanto, preferiu um atleta mais baixo e mais forte. Logo mais, teremos na TV a primeira prévia do resultado.

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Numa espécie de preliminar para Mavs x Lakers, o Phoenix Suns visita o San Antonio Spurs, reeditando a batalha que abriu o último playoff. Pena que o duelo de brasileiros vai ficar para outra oportunidade. Com Alex Garcia contundido, nossas atenções vão se voltar para a aguardada estréia profissional de Leandrinho. Toda a sorte do mundo para ele.

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Antes destes dois embates no Oeste, quem inaugura oficialmente a temporada é uma dupla do Leste: os Sixers de Iverson e Robinson recebem o Heat de Jones e Odom. Não deixa de ser uma estréia ingrata para o inexperiente Stan Van Gundy, que acaba de assumir as pranchetas em Miami.

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foto . nbae


meio-oeste: terra de cachorro grande
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))) Duncan tem motivos para sorrir


De fato, o Utah Jazz está em maus lençóis. Na divisão mais forte da NBA, foi o único time que piorou em relação ao campeonato passado. Sem Malone e Stockton, a trupe de Jerry Sloan terá de jogar quatro vezes contra seis adversários que melhoraram um bocado (seja por boas contratações ou pela evolução natural de atletas mais jovens). Neste seleto grupo, San Antonio, Dallas e Minnesota vão se engalfinhar por posições privilegiadas nos playoffs. Levando em conta os craques que estarão em quadra, convém não apartar a briga.

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1) San Antonio Spurs
Mesmo com o fracasso das investidas em Jason Kidd e Alonzo Mourning, o atual campeão virou o jogo nas negociações e conseguiu o que ninguém mais esperava: evoluir em relação à temporada passada. Rasho Nesterovic pode manter o nível que David Robinson vinha mostrando no fim da carreira; Manu Ginobili cairá como uma luva na vaga de Stephen Jackson; e Anthony Carter vai quebrar um galho na função de Speedy Claxton. As adições de Turkoglu, Horry e Mercer garantem o vigor no banco de reservas. Sem contar o nosso Alex, que será muito útil. Para enfeitar este bolo, temos uma cereja chamada Tim Duncan, com plenas condições de repetir sua campanha e levantar a taça de novo.

2) Dallas Mavericks
Não se surpreenda se este time fizer 160 pontos numa noite. Por outro lado, não será nenhuma surpresa se levar 130 ou 140 de um adversário mais arrumado. A ausência de estatura no garrafão e a falta de uma defesa consistente não permitem que o Dallas ultrapasse o San Antonio neste prognóstico inicial. Mas temos aqui, sem a menor sombra de dúvida, o melhor ataque de toda a NBA, com opções para todos os gostos. Basquetebol-arte em seu estado mais puro. Mal dá para esperar a estréia amanhã, com TV.

3) Minnesota Timberwolves
Está aí um time azarado. Justamente no ano em que a diretoria cercou Kevin Garnett de talento, todos os outros concorrentes do Oeste também evoluíram. Ou seja, a turma de Flip Saunders continua sendo a quinta força da conferência. A tão aguardada vitória no primeiro round dos playoffs, no entanto, deve ficar para o próximo ano. Uma pena. Ainda assim, será um prazer assistir à farra de Kandi, KG, Spree, Wally e Cassell.

4) Houston Rockets
O Houston é uma espécie de Phoenix do Meio-Oeste: não está na elite, mas tem tudo para aprontar poucas e boas. Não se esqueçam que Yao Ming agora fala um inglês quase fluente, e já está calejado nas trombadas embaixo do aro. Adrian Griffin e Jim Jackson terão papéis importantes, mas o verdadeiro reforço está no banco: Jeff Van Gundy tem qualidade suficiente para fazer de Yao, Francis e Mobley um trio respeitado em toda a liga.

5) Denver Nuggets
Andre Miller e Carmelo Anthony representam o ponto de mutação para uma equipe que se acostumou a perder. Ao que tudo indica, teremos um Marcus Camby saudável, dois jovens mais experientes (Nenê e Tskitishvili), dois bons chutadores (Jon Barry e Voshon Lenard) e um ótimo reserva na armação (Earl Boykins). O resto é o resto, e por isso o mata-mata ainda é um sonho distante. Mas como sonhar não custa nada...

6) Memphis Grizzlies
No geral, o elenco ainda é fraco. De bom mesmo, Pau Gasol e Mike Miller. O resto é de razoável para baixo. Mas Hubie Brown está aí justamente para corrigir os defeitos. Inegavelmente talentoso, o treinador veterano pode extrair bons momentos de James Posey, Stromile Swift, Shane Battier, Jake Tsakalidis e Ryan Humphrey. Nada muito extraordinário, mas dá para apostar numa campanha melhor que a última.

7) Utah Jazz
Não vai aqui nenhuma gota de má vontade. Muito ao contrário, faço sinceros votos de sucesso à equipe, que vive um momento de incerteza com as saídas de Karl Malone e John Stockton. Jerry Sloan é um senhor técnico. Subestimar seu trabalho é um erro crasso. O elenco, no entanto, é muito limitado. Matt Harpring, Andrei Kirilenko e Keon Clark se salvam, mas é difícil crer na explosão de Arroyo, Lopez e Pavlovic. No futuro, quem sabe. Por ora, resta torcer para que a camisa jogue sozinha.

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A SELEÇÃO DO MEIO-OESTE:

C – Yao Ming (HOU)
PF – Tim Duncan (SA)
SF – Kevin Garnett (MIN)
SG – Michael Finley (DAL)
PG – Steve Francis (HOU)

MVP: Kevin Garnett (MIN)

Melhor técnico: Jerry Sloan (UTA)

Maior evolução: Manu Ginobili (SA)

Melhor reserva: Antoine Walker (DAL)

Uniforme mais bonito: Dallas Mavericks

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foto . nbae

26.10.03



pacífico: um leve complexo de leste
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))) A dúvida é se a máquina de LA estará completa


No Oeste, como se sabe, o buraco é mais embaixo e o nível é mais em cima. Parte da divisão do Pacífico, entretanto, conserva uma certa semelhança com o Leste. Lakers, Kings e Suns estão mais fortes, mas o resto... bem, o resto parece nadar na contramão da conferência. Vamos ao ranking.

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1) Los Angeles Lakers
O esforço nas negociações da pré-temporada foi elogiável, mas a chave do sucesso está longe da Califórnia, guardada entre as quatro paredes de um tribunal. Tudo depende do tal juiz do Colorado, que tem em mãos o poder de colocar Kobe Bryant atrás das grades. Se isso acontecer, cai por terra o projeto showtime. Sem seu maior craque, o time só cruzará o tortuoso caminho do Oeste se Shaq, Malone e Payton tiverem atuações muito acima do esperado. Com Kobe em quadra, o panorama muda da água para o vinho. A não ser que algum mistério da alquimia azede a química entre os quatro All-Stars, vai ser difícil segurar essa máquina. Vale lembrar também que o banco não é tão ridículo assim, com Derek Fisher, Rick Fox, Bryon Russell e um punhado de jovens promessas.

2) Sacramento Kings
Aqui o ponto fundamental não é a Justiça, e sim a saúde. Chris Webber, Mike Bibby e Peja Stojakovic (pelo menos estes três) precisam estar inteiros fisicamente se a equipe quiser brigar pelo mando de quadra nos playoffs. Com o elenco saudável, e considerando a adição de Brad Miller, teremos um fortíssimo candidato ao título. Novamente, o grupo vai enfrentar o descrédito dos críticos e dos torcedores. Para acabar com isso, só provando na quadra que o apelido Queens não passa de uma piada de mau gosto.

3) Phoenix Suns
Marbury, Marion e Stoudemire mais entrosados; Hardaway e Gugliotta longe das contusões; Joe Johnson e Leandrinho cheios de vontade. É ou não é uma boa aposta para este ano? No último campeonato, ninguém acreditava e eles quase aprontaram para cima do San Antonio Spurs. Agora, a responsabilidade é maior, mas algo me diz que a expectativa será correspondida. Vale ficar de olho.

4) Portland Trail Blazers
Todos os encrenqueiros continuam lá. Quem saiu foi Scottie Pippen, que deu o toque de equilíbrio ao time na temporada passada, assumindo a armação principal. Arvydas Sabonis também fez as malas, o que significa menos força embaixo da cesta. Com Zach Randolph efetivado entre os titulares, Rasheed Wallace vai sair mais do garrafão, o que pode até ser bom. Mas a queda de rendimento no conjunto parece inevitável.

5) Seattle Supersonics
Todas as fichas estão depositadas na tão aguardada explosão de Rashard Lewis. Se ele realmente se tornar um craque, o Seattle pode até ficar melhor que o Portland. Mas enquanto estamos no terreno da profecia, não dá para apostar muito nessa turma, mesmo levando em conta o talento de Ray Allen.

6) Golden State Warriors
Sem Jamison e Arenas, a corrida ao mata-mata fica ainda mais difícil. O estilo vistoso do ano passado não está de todo sepultado: Van Exel, Claxton e Richardson podem aprontar das suas. No entanto, Jamison não era apenas um cestinha; era a bola de segurança da equipe. Se ninguém assumir este posto, os tempos sombrios podem voltar a Oakland.

7) Los Angeles Clippers
Com Lamar Odom e Andre Miller, a situação já era terrível. Imagine sem eles. Corey Maggette e Glen Rice serão úteis, mas a única disputa visível no horizonte é a de primeira escolha no próximo draft. Elton Brand, coitado, deve estar deprimido com o que vem por aí.

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A SELEÇÃO DO PACÍFICO:

C – Shaquille O’Neal (LAL)
PF – Chris Webber (SAC)
SF – Shawn Marion (PHO)
SG – Kobe Bryant (LAL)
PG – Stephon Marbury (PHO)

MVP: Kobe Bryant (LAL)

Melhor técnico: Phil Jackson (LAL)

Maior evolução: Joe Johnson (PHO)

Melhor reserva: Bobby Jackson (SAC)

Uniforme mais bonito: Los Angeles Clippers

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OBS - Aqui daria para formar, tranqüilamente, uma seleção-B: Miller, Brand, Stojakovic, Allen e Payton.

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foto . nbae

25.10.03



. bloco de notas
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todo sábado, um passeio rápido pela liga

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))) Nem os reforços seguraram Riley


f i m

A quatro dias do início da temporada, Pat Riley tirou o time de campo. Vai ficar trancado no escritório, como presidente o Miami Heat, deixando para Stan Van Gundy (irmão menos talentoso de Jeff) a missão de segurar as rédeas à beira da quadra. Após pedir demissão a si próprio, Riley reconheceu que estava vivendo de nome em Miami. “Minha saída dá ao time uma certa liberdade, um frescor que vinha sendo ocultado pelo meu nome. Não fiz nada aqui. Todo o crédito da minha carreira se refere ao trabalho de 14 anos atrás.” De fato, o retrospecto à frente do Heat é pífio, mas estranha-se que a decisão tenha vindo logo agora que o time ganha os reforços de Lamar Odom e Dwyane Wade. Talvez seja um reflexo retardado da frustração por ter perdido Alonzo Mourning.

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c o n s t r a n g i m e n t o

As mensagens de apoio se espalhavam pelas arquibancadas do ginásio de Anaheim, na Califórnia. Era noite de quinta-feira, estréia de Kobe Bryant ao lado de Shaq, Malone e Payton. Em meio à festa da torcida, que não parava de gritar o nome do craque, um fã se destacava numa das primeiras filas, com dois cartazes onde se lia “Free Kobe”. Era Mike Tyson, com um sorriso de orelha a orelha. Só para lembrar, o lutador foi o mais recente astro do esporte a ser condenado por estupro. É o tipo de solidariedade que Bryant certamente dispensaria.

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e s p a n t o

A pré-temporada terminou virada do avesso. Entre as cinco forças do Oeste (Spurs, Mavs, Kings, Lakers e Wolves), nenhuma conseguiu mais vitórias que derrotas. Quem aproveitou foi a turma menos cotada. Entre os seis mais bem colocados da conferência nos amistosos, cinco ficaram fora dos últimos playoffs. No Leste, o quadro foi parecido. Miami e Toronto lideraram a tabela, enquanto Detroit, Boston, Indiana, Philadelphia e Orlando decepcionaram. Quando os jogos começarem para valer, tudo deve mudar, claro.

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d e c i d i d o

Maurice Cheeks não tem mais dúvidas. O técnico do Portland Trail Blazers anunciou esta semana seu time titular. E vem surpresa por aí. O jovem Zach Randolph entra na posição 4 e o veterano Rasheed Wallace migra para a 3. Damon Stoudamire, apesar das brigas com o treinador, garantiu sua vaga como armador principal, barrando o concorrente Jeff McInnis. Dale Davis e Bonzi Wells completam a equipe.



((((( z o n a ))))) ((((( m o r t a )))))

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* Como se não bastassem as saídas de Antawn Jamison e Gilbert Arenas, o Golden State Warriors ainda perde três titulares para o início do campeonato. Jason Richardson está suspenso, enquanto Nick Van Exel e Troy Murphy baixaram na enfermaria.

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* Uma lesão no tornozelo vai tirar Ray Allen da viagem que o Seattle Sonics faz ao Japão semana que vem, para duas partidas válidas pela temporada regular. Pior para os japoneses.

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* Com apenas cinco anos de carreira e atormentado por uma série de contusões, o armador Michael Dickerson, do Memphis Grizzlies, se aposentou.

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* O Dallas Mavericks ainda não encerrou seu período de negociações. E o Chicago Bulls ainda não desistiu de Michael Finley.

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:) APLAUSOS para o Utah Jazz, que ganhou vaias do Rebote antes dos amistosos, mas acabou ficando com a melhor performance do Oeste (ganhou sete e perdeu um). Se ainda não dá para empolgar muito a torcida, tal façanha serve para injetar ânimo num grupo combalido.

:( VAIAS para James Dolan e Latrell Sprewell, respectivamente proprietário e ex-jogador do New York Knicks. Mesmo separados, os dois seguem trocando farpas até agora. Já cansou.

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foto . south florida sun sentinel

24.10.03



central: os azarões da vez
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))) O Detroit de Billups quer ser o número 1 do Leste



No trio de ferro da divisão Central, pouca coisa mudou. Bombástica mesmo, só a chegada de Darko Milicic, que ainda é uma incógnita para o Detroit. New Orleans e Indiana mexeram pouco em seus elencos e devem se manter em campanhas corretas. Dali para baixo, o que não falta é novidade. Tem LeBron, tem Bosh, e até Pippen virou motivo de esperança. Estão aqui os grandes azarões do Leste. Convém não bobear com eles.

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1) Detroit Pistons
De longe, é o melhor time deste grupo. A campanha irregular na pré-temporada não é motivo para pânico. Afinal, os antigos pilares estão lá (Ben Wallace, Rip Hamilton, Chauncey Billups) e as novas aquisições vão se adaptar com o tempo. Elden Campbell e Bob Sura somam talento, a prata da casa (Mehmet Okur e Tayshaun Prince) está pronta para decolar e o grande reforço está no banco: o técnico Larry Brown. A cereja do bolo é o sérvio Darko Milicic. Se conseguir impor seu jogo no garrafão, o ala pode até fazer do Detroit o melhor time da conferência. Enquanto a confirmação não chega, o New Jersey continua à frente.

2) New Orleans Hornets
É basicamente o mesmo elenco do campeonato passado, com a adição do habilidoso Darrell Armstrong. Os principais jogadores continuam lá: Jamal Mashburn, Baron Davis e PJ Brown. Com um ano a mais de entrosamento, a equipe tem boas chances de se destacar. A não ser que o técnico Tim Floyd estrague tudo. Se os Pistons têm um dos melhores treinadores da liga, os Hornets certamente têm o pior.

3) Indiana Pacers
Rick Carlisle é um bom estrategista, mas vai ter trabalho com esta turma. As duas tarefas principais são: controlar os ânimos de Ron Artest e conquistar a confiança de Jermaine O’Neal. Se Brad Miller já não é lá essas coisas, Scot Pollard é menos ainda. O’Neal vai ter de se desdobrar no garrafão. Se Al Harrington e Jonathan Bender finalmente explodirem, tudo pode dar certo. Caso contrário, o playoff já vai ser um lucro imenso. Não dá para esperar muita coisa de Reggie Miller.

4) Toronto Raptors
É a melhor das zebras. Chegar ao mata-mata não é uma missão tão difícil. Em resumo, basta que Vince Carter e Lamond Murray se livrem de suas contusões. O resto fica nas mãos do calouro Chris Bosh. Algo me diz que este rapaz fará uma senhora temporada. Com a prancheta na mão, Kevin O’Neill está longe de ser um Lenny Wilkens, e isso pode pesar na hora de arrumar a casa.

5) Chicago Bulls
Por que não? Scottie Pippen não é Michael Jordan, mas sabe conduzir a garotada. Terá um status de ídolo que não tinha em Portland e deve recuperar ao menos parte do orgulho da torcida. As fichas da virada estão depositadas em Eddy Curry, Tyson Chandler e Jamal Crawford. O sonho da segunda fase depende quase exclusivamente deles. Isso se Pippen e Rose cumprirem seus papéis, claro.

6) Cleveland Cavaliers
Vai ter gente dizendo que LeBron James merecia um lugar mais honroso no ranking. De fato, ele até merece. Confio um bocado no potencial do garoto. O problema é o que sobra além dele. Os reforços do Cleveland, quando não são ridículos (Bruno Sandov), são apenas razoáveis (JR Bremer, Ira Newble, Jelani McCoy e Kevin Ollie). Com Paul Silas, o panorama melhora bastante à beira da quadra, mas dentro dela continua faltando qualidade.

7) Milwaukee Bucks
Talento até existe. Lá estão Michael Redd, Tim Thomas, Desmond Mason e TJ Ford. Mas ainda vai levar um tempo até que os jovens amadureçam e se entrosem. Tarefa ingrata para o estreante Terry Porter, confiante na missão de azeitar um time que perdeu Allen, Robinson e Cassell de uma hora para a outra. A não ser por um milagre, o Milwaukee deve fazer feio este ano.

8) Atlanta Hawks
Por falar em fazer feio, qualquer posição que não seja a última do Leste será uma agradável zebra para os Hawks. Este é, sim, o pior elenco da conferência. Não ganha nem de Knicks e Wizards, que ainda têm um Allan Houston ou um Jerry Stackhouse. O craque do Atlanta, Shareef Abdur-Rahim, nem é tão craque assim. Restam poucos atletas que prestam: Ratliff, Jackson, Terry, quem mais? Glenn Robinson se foi, e quem chegou para seu lugar? Terrell Brandon, o aposentado. E, antes que eu me esqueça, não queiram, por favor, usar os amistosos como argumento.

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A SELEÇÃO DA CENTRAL:

C - Ben Wallace (DET)
PF – Jermaine O’Neal (IND)
SF – Jamal Mashburn (NO)
SG – Vince Carter (TOR)
PG – Chauncey Billups (DET)

MVP: Jermaine O’Neal (IND)

Melhor técnico: Larry Brown (DET)

Maior evolução: Eddy Curry (CHI)

Melhor reserva: Tayshaun Prince (DET)

Uniforme mais bonito: Cleveland Cavaliers

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foto . allen einstein/nbae

23.10.03



atlântico: o celeiro das incógnitas
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))) Kidd e os Nets não terão trabalho



Com uma olhada mais cuidadosa na divisão do Atlântico, o Rebote abre sua temporada de previsões. O panorama não chega a ser ruim. Das sete equipes, apenas duas pioraram em relação ao ano passado. Mas o que não falta é incerteza para elencos que se renovaram em busca de uma posição melhor na tabela. Se vai dar certo, só saberemos com a bola quicando. Aposta segura, mesmo, só uma: o New Jersey de Jason Kidd e Alonzo Mourning, que sobra na turma. A seguir, o ranking.

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1) New Jersey Nets
Como diz uma propaganda por aí, o que já era bom ficou ainda melhor. Sem desfalcar seu quarteto principal (Kidd, Kittles, Jefferson e Martin), o técnico Byron Scott vai adicionar ao caldeirão o talento e a força de Mourning. Dificilmente dará errado. Ainda que Alonzo não seja um fenômeno em quadra (é até provável que não seja), todos os caminhos apontam para mais uma viagem à final da NBA. Sem sustos, sem surpresas.

2) Philadelphia 76ers
Enfim, Allen Iverson tem alguém para dividir a artilharia. Com a chegada de Glenn Robinson, os Sixers fincam bandeira na elite da conferência Leste. Keith Van Horn foi embora, e já foi tarde. A grande perda foi o técnico Larry Brown, mas o substituo Randy Ayers só precisa fazer o feijão-com-arroz para levar o time aos playoffs sem sobressaltos.

3) Orlando Magic
Grant Hill vai continuar de terno no banco. Ciente disso, a diretoria foi buscar o competente Juwan Howard e ainda roubou, do mesmo Denver, o bom ala Donnell Harvey. Ainda falta um pivô decente (Andrew DeClercq nem merece comentários), mas Drew Gooden estará mais experiente e ficará com uma cota razoável de rebotes. Adicione a explosão de Tracy McGrady e temos aí a terceira força do Atlântico.

4) Miami Heat
Se o calouro Dwyane Wade não comprometer e Lamar Odom mantiver o ritmo da pré-temporada, a equipe não vai, nem de longe, repetir o vexame do último campeonato. Ao contrário, pode até brigar por uma vaga nos playoffs. Fiquem de olho em Caron Butler, que pode estourar a qualquer momento. O sucesso de Pat Riley passa ainda pelas mãos de Brian Grant, única opção para a briga embaixo da cesta.

5) Boston Celtics
Sim, eles caíram muito no meu conceito. Antoine Walker pode ter todos os defeitos do mundo, mas Raef LaFrentz não vai fazer 18 pontos por noite. A não ser que haja um milagre, Paul Pierce deve encarar o ano mais sofrido de sua carreira. Com um peso insuportável nas costas, o craque terá dificuldades para levar o grupo ao mata-mata.

6) Washington Wizards
Pode até ser que dê certo. Gilbert Arenas, Jerry Stackhouse e Larry Hughes são ótimos armadores, e Kwame Brown é uma caixinha de surpresas. Mas um elenco não pode ir muito longe quando Christian Laettner é seu melhor ala. O playoff ainda é um sonho distante para o ex-time de Michael Jordan.

7) New York Knicks
Triste. É o que se pode dizer da trupe nova-iorquina. Foi-se Spree, chegou Van Horn. Difícil conseguir uma troca mais injusta. O fio de esperança está no retorno de Antonio McDyess. Se voltar a ser o grande jogador que foi um dia, aí sim é possível andar para frente. Caso contrário, Allan Houston continuará sendo um grande talento perdendo tempo num time derrotado. E não me venham com Dikembe Mutombo, por favor.


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A SELEÇÃO DO ATLÂNTICO:

C- Alonzo Mourning (NJ)
PF - Kenyon Martin (NJ)
SF - Glenn Robinson (PHI)
SG - Tracy McGrady (ORL)
PG - Jason Kidd (NJ)

MVP: Tracy McGrady (ORL)

Melhor técnico: Byron Scott (NJ)

Maior evolução: Caron Butler (MIA)

Melhor reserva: Rodney Rogers (NJ)

Uniforme mais bonito: Orlando Magic

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foto . cbs/sportsline

22.10.03



a engrenagem ausente
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))) Sem Webber, os Kings não funcionam


“Certamente vou levar uma falta técnica por ficar muito tempo pendurado no aro.”

Esta é a previsão de Chris Webber para sua próxima enterrada numa partida oficial, assim que retornar às quadras. Com uma lesão violenta no joelho esquerdo e o forte risco de ser suspenso pela NBA (por conta de antigas pendengas judiciais), o craque do Sacramento Kings não tem a menor idéia de quando volta à ativa.

“Quero provar que a contusão não me controla. Sou eu que controlo a contusão”, disse Webber numa entrevista concedida há duas semanas. Não é isso que temos visto no passado recente. O embate constante contra o próprio corpo tem deixado o ala no banco, de terno, em momentos decisivos. Foi assim nos playoffs deste ano, por exemplo.

No dia 10 de junho, o jogador entrou na faca, pelas mãos de James Andrews, um dos maiores cirurgiões dos Estados Unidos. A recuperação segue em ritmo lento, e ainda não há previsão sobre a volta. Ainda que esteja saudável, Webber precisa se entender com a comissão disciplinar da liga, que prefere deixá-lo longe das quadras enquanto os problemas na Justiça não se resolvem.

A verdade é que, sem Webber, o Sacramento perde sua alma. O sucesso do time depende, e muito, da saúde do astro. Essa tese foi comprovada durante o confronto com o Dallas no último mata-mata. Até deu para equilibrar, mas na hora H falou mais alto quem tinha um craque de verdade em ação. Dirk Nowitzki passou à final do Oeste, e Webber se entregou de vez ao departamento médico.

Hoje, Kings e Mavs se reencontram. Nesta pré-temporada de laboratório, tudo pode acontecer. Mas o contraste entre as equipes é de dar dó. O Dallas vem tinindo, cheio de All-Stars, e o Sacramento tenta quebrar uma lamentável seqüência de quatro derrotas.

Peja Stojakovic, Mike Bibby e Brad Miller são úteis para qualquer técnico, mas Rick Adelman sabe que só terá seu grupo na ponta dos cascos quando Chris Webber estiver saudável. E longe dos tribunais.

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A partir da próxima terça-feira, os jogos passam a ser para valer. Até lá, vamos dar uma olhada com mais calma em todos os times da NBA, divisão por divisão. Começando amanhã, pelo reino do Atlântico.

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foto . nbae

21.10.03



pontos, pontos e mais pontos
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))) Com Walker, o Dallas reforça a artilharia


Quando era técnico do Phoenix Suns, Danny Ainge desenvolveu uma relação de forte amizade com Donnie Nelson, seu assistente na época. Hoje, os dois são cartolas, cada um defende seu time, mas a afinidade que mantinham no clima tenso à beira da quadra continua valendo na calmaria dos escritórios. Esta semana, eles se sentaram à mesma mesa e assinaram aquela que pode ser a última grande negociação antes do início da temporada 2003-2004.

Ainge, agora homem forte do Boston Celtics, embrulhou para presente a dupla Antoine Walker e Tony Delk e mandou para o Dallas Mavericks de Nelson, que forneceu sua contrapartida com Raef LaFrentz, Chris Mills e Jiri Welsch.

Antes de analisar o filé mignon, permitam-me usar um parágrafo para me livrar da carne de segunda: Delk precisava de novos ares e vai disputar vaga com Travis Best na reserva de Steve Nash (é mais um para preencher o vácuo deixado por Nick Van Exel); Mills sempre foi anunciado pelos Mavs como simples moeda de troca; e Welsch pode passar de café-com-leite no Texas para reserva de luxo em Massachussets.

Pronto, agora vamos ao que interessa.

O outro Nelson do Dallas (Don, o técnico) deve estar perdendo seus cabelos brancos. Montar um esquema tático para o time passou a ser tarefa para jogador de xadrez. Antoine Walker deixa um elenco que só tinha Paul Pierce e cai num terreno em que os craques transbordam. Lá estão Nash, Nowitzki, Finley e Jamison.

As médias do ano passado (17.3 pontos e 8.7 rebotes) não devem se repetir, já que as obrigações estarão distribuídas. Em compensação, o aproveitamento de arremessos (38%, o pior da carreira) certamente vai melhorar. Com opções ofensivas de sobra, Don Nelson não vai deixar Walker arremessar bolas de qualquer jeito, como fazia em Boston. Se a condição para o chute não é das melhores, basta olhar ao redor e encontrar um companheiro bem colocado. Selecionando as finalizações com inteligência, o ala pode ser útil mesmo vindo do banco, como um gatilho fatal para momentos difíceis.

O garrafão, no entanto, vai continuar carente na batalha pelos rebotes. Apesar de excelentes trombadores, Walker e Danny Fortson têm baixa estatura. Era este problema que os Mavs queriam resolver com a contratação de Alonzo Mourning. Como não foi possível, o jeito é deixar Shawn Bradley plantado embaixo da cesta. Diante do inevitável, a diretoria adotou o ataque como a melhor defesa e formou a linha de frente mais avassaladora de toda a NBA.

Os Celtics, por sua vez, conseguiram resolver uma de suas maiores fraquezas: a falta de um pivô autêntico. Raef LaFrentz (também conhecido como sósia de Júlio César, goleiro do Flamengo) tem seis anos de contrato pela frente e, cá entre nós, joga mais bola que Tony Battie e Vin Baker (pelo menos este Vin Baker, que ainda tenta recuperar a forma e se livrar do álcool).

Chegamos, então, a duas constatações inevitáveis:

1) Coitado de Paul Pierce. Sozinho e mal acompanhado, comerá o pão que o diabo amassou, assim como já fizeram Vince Carter, Allen Iverson, Tracy McGrady, Kevin Garnett e outros colegas que muitas vezes olhavam para o lado e não tinham para quem passar a bola.

2) Vai ser um prazer ver este Dallas jogar.

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Quando deixou o Phoenix e passou a trabalhar como comentarista de TV, Danny Ainge declarou, numa das transmissões, que não gostava do jogo de Walker. Com essa espinafrada em rede nacional, não dava mesmo para mantê-lo no time.

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Não estranhem se Don Nelson abolir a posição 5 e definir seu time titular com Nowitzki, Walker, Jamison, Finley e Nash. Para quem sempre encarou a prancheta como um laboratório de experiências, está aí uma grande oportunidade de inovar.

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foto . cnn/sports illustrated

20.10.03



adeus, banco
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))) Michael Redd cansou de ficar na sombra


Após três anos de NBA, Michael Redd parece cansado da condição de reserva no Milwaukee Bucks. Em vez de jogar o ânimo para escanteio e se acomodar no banco, ele arregaçou as mangas, calçou o tênis e saiu à caça de uma vaga no time titular. A missão está praticamente cumprida.

Redd é mais um candidato a explodir na temporada 2003-2004. Neste quesito, está em boa companhia, ao lado de Caron Butler, Eddy Curry, Joe Johnson, Rashard Lewis e um punhado de outros projetos de craque. Redd, no entanto, está um passo à frente do resto da turma (talvez ao lado de Lewis, vá lá). Na reserva de Ray Allen e Desmond Mason, ele acumulou experiência e se preparou para alçar vôo solo.

Nos amistosos, a mudança de atitude é cristalina. Quando Mason fincou bandeira na posição 3, Redd percebeu a vaga aberta na 2. E agarrou o touro à unha. Foi o cestinha da equipe em quatro das cinco partidas até agora, e mostrou ao técnico Terry Porter que está pronto para a guerra. A média de pontos, diga-se de passagem, repousa em elogiáveis 21,4.

Porter sabe que Redd é a pedra fundamental de um elenco que tenta recuperar sua verve competitiva após a saída do trio formado por Glenn Robinson, Ray Allen e Sam Cassell. O jogo de hoje, em Minnesota, é o segundo reencontro com Cassell. No primeiro, há duas semanas, os Wolves suaram para vencer por 99-98.

Em Milwaukee, a pré-temporada começou com duas derrotas (para o Minnesota e para o Memphis). Depois disso, foram três vitórias seguidas (duas contra o Chicago e uma contra o Cleveland), que representaram um alívio para o novo técnico neste início de trabalho. Não faltam novos talentos em quadra e à beira dela. Com o tempo, Porter e Redd podem formar uma dupla de respeito.

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foto . nbae

19.10.03



febre laranja
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))) Saudade: Carmelo terá boas
lembranças no jogo desta tarde



Para a partida desta tarde no ginásio Carrier Dome, em Syracuse, já foram vendidos quase 25 mil ingressos. O recorde anterior da casa era de 21 mil, num amistoso que tinha como atração principal ninguém menos que Michael Jordan. Prestando atenção ao nome da cidade e puxando pela memória recente, não é tão difícil descobrir o responsável por tanto alvoroço.

Carmelo Anthony está voltando para casa.

É apenas uma visita rápida, mas a partir das 18h de hoje (no nosso horário de verão), o ala do Denver Nuggets será o foco das atenções no ginásio que serve de palco para o Syracuse Orangemen, atual campeão do basquete universitário americano, graças às atuações memoráveis do filho ilustre.

Do outro lado da quadra, estará o Detroit Pistons, que tinha direito à segunda escolha no draft 2003 e preferiu apostar no sérvio Darko Milicic. Está aí a primeira chance para Joe Dumars fazer uma análise de sua decisão. Ainda que se arrependa, não adianta chorar o leite derramado: resta aos Pistons vencer o jogo para evitar comentários maldosos.

“Se eu pensar nesta disputa particular (com Milicic), vou acabar tendo uma péssima atuação”, disse Carmelo, dirigindo o pensamento para o remodelado elenco do Denver, que vem dando aos fãs a esperança de dias melhores.

Pelo menos neste domingo, entretanto, os fãs do Colorado estarão em segundo plano. A festa é toda de Syracuse, que recebe o herói local num misto de euforia e saudade. No tempo em que vestia o uniforme laranja do Orangemen, Carmelo desenvolveu uma relação de idolatria com a torcida. Por conta do sucesso, ele não pode andar sozinho nas ruas da cidade. Jantar em paz num restaurante, nem pensar.

Com o objetivo de preservar o astro, a diretoria dos Nuggets resolveu fazer uma espécie de viagem-relâmpago. O time pegou o avião na tarde de sábado e programou a volta para hoje, logo após a partida. Nada de passeios, compras ou sessões de autógrafos.

As médias de 18,3 pontos e cinco assistências nos amistosos mostram que Carmelo não pretende fugir da responsabilidade em seu ano de estréia na NBA. Cercado de talento em dose razoável, ele quer levar o Denver ao playoffs. Talvez seja demais. Em todo caso, Syracuse tem motivos de sobra para lotar o Carrier Dome e gritar o nome do ídolo do primeiro ao último quarto. Sabe-se lá quando ele vai pisar nesse ginásio outra vez.

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foto . nbae

18.10.03



. bloco de notas
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todo sábado, um passeio rápido pela liga

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))) O Magic de T-Mac tem sofrido com
Armstrong e outros ex-atletas do time



a l g o z e s

Enquanto Ben Wallace brilha em Detroit e Grant Hill agoniza na Flórida, a diretoria do Orlando Magic tenta consertar as negociações desastradas feitas no passado recente. A pré-temporada, no entanto, mostra que o time continua dando azar quando enfrenta ex-funcionários da casa. Basta dar uma olhada no retrospecto: na pífia campanha de uma vitória e cinco derrotas, o Magic já foi batido por Grizzlies (de Mike Miller e Bo Outlaw), Hornets (de Darrell Armstrong), Mavericks (de Tariq Abdul-Wahad) e Heat (de Ike Austin). Contra o Memphis, por sinal, uma cotovelada de Outlaw custou um dente do ala-pivô Steven Hunter. O técnico Doc Rivers não quis saber de desculpas e espinafrou os jogadores no vestiário. Para completar o panorama desolador, o astro Tracy McGrady enfrenta problemas respiratórios por conta de uma inflamação nos pulmões.

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c h u t a !

Na quinta-feira, LeBron James enfrentou pela primeira vez as estrelas do Los Angeles Lakers, em partida transmitida em rede nacional nos Estados Unidos. Sem Kobe e Shaq, a estratégia de Malone, Payton & Cia foi simples: trancar o garrafão e deixar o calouro arremessar de fora. Deu certo. Em todo o jogo, LeBron acertou apenas quatro de 18 tentativas, sendo que os acertos saíram de bandejas ou chutes bem de perto. Em vários momentos, o ala Devean George chegou a recuar um ou dois passos para forçar o arremesso do adversário. O fiasco na performance reforçou a má impressão sobre as atuações do fenômeno colegial nos amistosos. Seu aproveitamento nos tiros está em apenas 29%. Amanhã, Cavs e Lakers se enfrentam de novo.

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r e v i g o r a d o

Ratificando a boa fase de Vince Carter e Lamond Murray, o Toronto Raptors é o único time invicto na pré-temporada. A seqüência de quatro vitórias pode até terminar hoje à noite, em New Jersey, mas o retrospecto é animador. Os canadenses já enfiaram no bolso Wizards, Pistons, Wolves e Nuggets. Ontem, contra o Denver (que também estava invicto), Murray foi o cestinha com 16 pontos, seguido por Carter, com 15.

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e l e i t o

A mais nova franquia da NBA optou pela experiência na hora de escolher seu homem forte. Bernie Bickerstaff vai acumular as funções de técnico e gerente geral no Charlotte Bobcats, que entra em cena no campeonato de 2004-2005. Com passagens por Washington, Denver e Seattle, Bickerstaff venceu a disputa com Chris Wallace (Boston), Walt Perrin (Utah) e Maurizio Gherardini (Benetton Treviso).



((((( z o n a ))))) ((((( m o r t a )))))

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* Por causa de uma incômoda lesão nas costas, Jermaine O’Neal pode ficar fora da seleção americana nas Olimpíadas de 2004.

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* Ótima notícia: Rudy Tomjanovich, ex-técnico do Houston Rockets, está livre do câncer na bexiga.

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* Na sexta-feira, Leandrinho enfrentou Gary Payton em Los Angeles e voltou a atuar bem, com 14 pontos, quatro rebotes e duas roubadas de bola. Stephon Marbury fez apenas dois pontos e Brevin Knight nem jogou.

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* Toronto e Miami reinam no Leste, enquanto Utah, Golden State, Denver e Memphis lideram o Oeste. Alguma coisa está fora da ordem neste período de amistosos...

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:) APLAUSOS para Joe Johnson, que vem carregando o Phoenix Suns nas costas com médias de 19 pontos e seis rebotes. Mesmo antes do início do campeonato, o armador já é candidato ao prêmio de maior evolução individual.

:( VAIAS para Darko Milicic, que ainda não mostrou a que veio. Com médias de 4,2 pontos, três rebotes e 11,8 minutos, o calouro do Detroit Pistons reconhece a má fase: “Preciso entrar em forma. Na Sérvia, a gente não corre tanto assim.”

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foto . nbae

17.10.03



comendo pelas beiradas
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))) Aos poucos, Leandrinho vai cavando seu espaço


Ao que parece, o técnico Frank Johnson vem poupando Stephon Marbury na pré-temporada. O armador do Phoenix Suns tem passado mais tempo no banco do que em quadra. Sinal de má fase? Claro que não. Em todo o elenco, Marbury é o atleta que menos precisa ser testado. Nada mais natural, portanto, que o treinador aproveite os amistosos para observar a garotada.

E quem sai ganhando nesta história?

O sr. Barbosa, claro.

Na noite de ontem, contra os Clippers, Leandrinho marcou 16 pontos (nove no quarto período), convertendo seis de 11 arremessos (só errou um dos quatro tentados da linha de três). De quebra, ainda pegou quatro rebotes e deu duas assistências. Foi sua melhor atuação na NBA até agora, superando os 13 pontos contra o Denver na semana passada.

O brasileiro atuou por 24 minutos, contra 12 de Marbury e outros 12 de Brevin Knight (o verdadeiro concorrente). O fato é que Knight pode até ser veloz, mas tudo indica que Leandrinho é muito mais jogador que ele.

Para quem está começando, não pode haver lugar mais confortável do que a sombra de um medalhão. A responsabilidade recai inteiramente sobre os ombros do craque. Ao novato, resta o fator surpresa. O que vier de bom é lucro. E assim se ganha experiência para vôos mais altos no futuro.

Sem Penny Hardaway e Amare Stoudemire, liberado para o enterro do avô, os Suns precisaram da ajuda do banco para bater o Los Angeles (Casey Jacobsen também contribuiu com 16 pontos). O cestinha, mais uma vez, foi Joe Johnson, com 22. Após dois anos acumulando sabedoria no banco, esse rapaz está jogando na ponta dos cascos, pronto para estourar. Na temporada que se aproxima, deve ser dele a vaga de titular na posição 2. Prêmio mais do que merecido. Um dia, quem sabe, Leandrinho chega lá.

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foto . nbae

16.10.03



bom com ele, melhor sem ele
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))) Bryant desvia o foco das
atenções e irrita os colegas




Na noite de terça-feira, Shaquille O’Neal estava solícito com o reportariado. Faltavam poucos minutos para o começo do amistoso contra o Phoenix Suns, e o pivô parecia animado no vestiário, diante de um bocado de microfones. Lá pelas tantas, perguntaram por que ele havia decidido não entrar em quadra, poupando o calcanhar dolorido. A resposta veio na lata:

“Quero me cuidar e estar bem para Derek, Karl e Gary.”

Ops.

Levando em conta que Derek é Derek Fisher, Karl é Karl Malone e Gary é Gary Payton, é impressão minha ou falta algum nome nessa lista? É claro que os repórteres também sentiram algo estranho no ar e pediram para o craque repetir a frase. Ele repetiu. Com os mesmos nomes, e a mesma omissão que dá margem a várias interpretações.

A primeira delas é a confirmação, pela enésima vez, de que Kobe Bryant não figura no rol dos amigos de Shaq. Que estes graúdos não se bicam, todo mundo já sabe. O que espantou a imprensa foi a frieza de soltar uma declaração cheia de malícia justamente quando o quase-desafeto atravessa o pior momento da carreira, unindo a recuperação de uma cirurgia ao inferno pessoal de uma acusação de estupro.

Não é difícil, porém, chegar a uma conclusão que vai além dessa constatação óbvia. A verdade é que este Kobe Bryant, envolvido com a Justiça até o pescoço, não é bem vindo no vestiário dos Lakers.

O próprio O’Neal já tinha deixado isso bem claro no primeiro dia de treinamento no Havaí, quando Kobe ainda não tinha se apresentado. “O time todo está aqui”, disse o pivô, dando a entender que quem está com a cabeça nos tribunais deve mesmo é ficar em casa bolando estratégias de defesa. Cruel? Pode ser, mas tem mais gente pensando parecido.

O técnico Phil Jackson, bom budista que é, não gosta de oba-oba e sabe que a presença de Bryant na delegação desvia a atenção de atletas, torcedores e jornalistas. Foi ele que vetou o jogador na viagem. “Não quis ele aqui. Seria uma distração desnecessária.”

Assim como Shaq, a dupla Payton-Malone parecia mais descontraída que o normal no pré-jogo de terça. Livres do noticiário policial, todos puderam falar apenas de basquete, sem as recorrentes e incômodas perguntas sobre a influência disso e daquilo no clima do grupo.

Sem os dois principais jogadores da campanha do tricampeonato, o Los Angeles pareceu capenga em quadra e perdeu feio para os Suns de Leandrinho (104-86). Hoje à noite, contra LeBron James e os Cavaliers, os desfalques devem se repetir. Se tudo correr como planejado, Kobe só volta amanhã (Phoenix de novo) ou domingo (Cleveland de novo), enquanto Shaq pretende retornar na estréia da temporada regular, dia 28, contra o Dallas.

Uma coisa, no entanto, ficou clara durante os primeiros amistosos: mesmo de ótimo humor, Derek, Karl e Gary, que somam 104 anos de idade, já não têm basquete suficiente para segurar a onda sozinhos.

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foto . cbs/sportsline

15.10.03



luz verde no canadá
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))) Vince Carter está disposto a se
desdobrar para chegar aos playoffs




Um astro de volta à velha forma; a disposição de um calouro promissor; um veterano livre das contusões; as idéias de um novo técnico. Está aí a receita do sucesso para o Toronto Raptors nesta temporada. Pode até ser que o bolo desande, mas a diferença em relação ao quadro deprimente do ano passado é incontestável.

A começar por Vince Carter, reabastecido pelas boas atuações no Pré-Olímpico e disposto a voltar a ser aquele antigo líder, coisa que a torcida canadense não vê há muito tempo. Uma amostra da nova fase foi dada na noite de domingo, quando Carter marcou 28 pontos na vitória sobre o Detroit Pistons.

O segundo cestinha da noite foi o novato Chris Bosh, quarta escolha do último draft. Com 17 pontos, sete rebotes e dois tocos, ele mostrou que, a partir de agora, Antonio Davis terá uma companhia decente embaixo da cesta. Dizem que Bosh é o novo Kevin Garnett. Pois hoje ele vai estar diante do próprio, quando Raptors e Wolves se enfrentarem em partida amistosa. Chance de ouro para mostrar serviço.

Contra o Minnesota, também estará em quadra o veterano Lamond Murray, um sujeito que o torcedor se acostumou a ver de terno, sentado no banco. Aparentemente livre das contusões, ele terá importância fundamental para orientar garotos como Bosh, Michael Bradley e Jerome Moiso. De quebra, vai contribuir com pontos valiosos aqui e ali. Foram 12 contra o Detroit e 14 na estréia da pré-temporada, contra o Washington.

À beira da quadra, quem comanda esta turma é Kevin O’Neill, ex-assistente de Jeff Van Gundy (em Nova York) e Pat Riley (em Miami). A idéia, assumida publicamente, é fazer uma mescla dos dois estilos: “Vamos tentar jogar da mesma forma que os Knicks de Jeff e o Heat de Riley.” Isto significa um bocado de preocupação com a defesa e paciência de monge para trabalhar a bola no ataque.

A missão de chegar aos playoffs ficaria um pouco menos difícil se a diretoria reforçasse uma ou outra posição. A armação, por exemplo, sofre de uma carência crônica que se arrasta há anos. Em todo o elenco, não há sequer um atleta de peso para organizar o jogo. Williams, Brunson e Palacio são fracos, muito fracos.

Mas nem esta deficiência parece capaz de frear o ânimo em Toronto. Que venham as acrobacias de Carter. E com elas as vitórias, se possível.

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Por falar em Minnesota, a equipe não teve Latrell Sprewell e Michael Olowokandi na derrota para o Atlanta, segunda-feira. O cestinha dos Hawks, vejam só, foi Stephen Jackson, ex-San Antonio, com 21 pontos.

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Ainda pensando em se reforçar, o Chicago Bulls está de olho em Tyrone Hill, que continua com passe livre. Para os garotos Eddy Curry e Tyson Chandler, seria ótimo ter um veterano nos calcanhares.

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foto . cbs/sportsline

14.10.03



um adeus discreto
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))) Brandon cuidará do joelho



No espaço da quadra onde Sam Cassell e Troy Hudson hoje disputam espaço, o Minnesota Timberwolves tinha há pouco tempo um senhor armador, provavelmente melhor que estes dois citados. Mas aqui não cabe uma comparação técnica e sim a constatação do ponto final de um drama. Após dois anos de um embate ingrato contra o próprio joelho, Terrell Brandon se aposentou. Quase em silêncio.

Sem nenhum alarde, o ex-jogador dos Wolves, atualmente ocupando espaço na folha de pagamento do Atlanta Hawks, se submeteu a uma nova cirurgia na semana passada. O resultado médico foi fantástico, com uma ressalva: é bem possível que Brandon fique livre das dores para o resto da vida, desde que não pise mais numa quadra de basquete.

Quando incluiu o jogador em suas fileiras (numa troca que envolveu quatro times e, entre outras coisas, mandou Latrell Sprewell para Minneapolis), o Atlanta já sabia que o lucro da transação não viria em cestas ou assistências, e sim em dólares. Com o anúncio oficial da aposentadoria, o time vai aliviar a planilha salarial em US$ 11 milhões, o que pode pesar muito numa negociação futura.

Foi com os Wolves que Brandon se revelou um grande armador. O estilo de jogo suave, sem exageros, chegava a irritar alguns torcedores, mas os números não precisavam de chancela da arquibancada. A média de 6.1 assistências por partida dizia mais que a de 13.8 pontos. A visão de jogo sempre fez dele uma promessa de craque, nunca cumprida por conta do joelho rebelde.

A implicância da torcida, na verdade, tinha nome e sobrenome: Stephon Marbury. Quando chegou para ocupar a vaga dele, Brandon não conseguiu manter o mesmo nível de explosão na tabelinha com Kevin Garnett. Os fãs não perdoaram.

“Não sou Steph”, explica. “Não sou um cara verbalmente agressivo em quadra. Sempre quis ajudar Garnett. Sempre quis fazer de Wally Szczerbiak um All-Star.”

O próprio Brandon esteve por duas vezes no jogo das estrelas e não tem do que se envergonhar. Muito ao contrário. Faz muito bem em cuidar da saúde e tocar os negócios no sossego de sua casa em Portland. No fim das contas, só quem perde é a NBA.

“Se eu não estivesse contundido, sei que ainda seria um dos melhores jogadores da liga.”

E seria mesmo.

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foto . nbae

13.10.03



lar, doce lar
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))) Em Cleveland, a torcida espera há
meses pelo jogo desta segunda-feira




Em todo o estado de Ohio, não se fala em outra coisa: LeBron James estréia hoje diante de sua torcida. É apenas um amistoso da pré-temporada, mas a Gund Arena vai estar apinhada de gente como nunca esteve em todo o campeonato passado. Tudo para dar as boas vindas ao novo herói local.

Para aumentar ainda mais a expectativa, os Cavaliers jogam pela primeira vez em casa e já têm duas vitórias na bagagem. Para espanto geral, os pupilos de Paul Silas se aventuraram numa estrada generosa e já deixaram dois adversários comendo poeira: Detroit e Atlanta. A partida de hoje, contra o Milwaukee Bucks, serve para apresentar o novo time aos fãs e pegar fôlego para três compromissos seguidos em Los Angeles: dois contra os Lakers de Shaq, Malone, Payton e, quem sabe, Kobe; e o do meio contra os Clippers de Glen Rice.

Esta noite é uma oportunidade perfeita para LeBron fazer sua primeira exibição de gala. Diante de Pistons e Hawks, o fenômeno colegial esteve tímido, com médias de sete pontos e cinco assistências. Hoje, o empurrão das arquibancadas será fundamental para a terceira vitória e, quem sabe, o primeiro show. É disso que o povo gosta, é isso que o povo quer ver.

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Dikembe Mutombo estreou ontem pelo New York Knicks. Seu primeiro arremesso sequer tocou no aro e os números finais se resumiram a quatro pontos e três rebotes. Foi justamente em cima dele que Tim Duncan fez a festa e comandou a tranqüila vitória do San Antonio Spurs. Detalhe: Keith Van Horn (outro ex-Nets e atual Knicks) foi vaiado insistentemente pela torcida no Madison Square Garden.

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foto . nbae

12.10.03



explosão iminente
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))) Pau Gasol tenta segurar o
irmão Marc, do FC Barcelona



Para falar a verdade, ele nunca chegou a encher meus olhos. Sempre vi uma ponta de exagero em toda aquela badalação. Mas a temporada 2003-2004 se aproxima e eu preciso dar o braço a torcer: algo me diz que este é o ano de Pau Gasol.

Para começo de conversa, ninguém teve um período de férias mais produtivo que o dele. O que deveria ser uma oportunidade de descanso acabou se tornando um treinamento intensivo de nível profissional. No mês passado, o ala do Memphis Grizzlies foi o melhor jogador do campeonato europeu. Defendendo a Espanha, ele manteve média de 26 pontos por partida, levou sua seleção à medalha de prata e garantiu uma vaga nas Olimpíadas de Atenas.

As atuações impressionaram os jornalistas que cobriam o torneio. Com cerca de 12 quilos a mais, Gasol mostrou um vigor físico nunca visto em seus dois anos de NBA. Na terceira temporada que se aproxima, prever a explosão de um novo craque parece ser uma aposta segura.

O foco de esperança se renovou na semana passada, quando o Memphis foi à Europa e bateu o Barcelona por 91 a 80, diante de um ginásio lotado. Os torcedores fanáticos não sabiam se torciam pelo time local ou pelo herói nacional que segue fazendo fama no basquete americano. O fato é que Gasol marcou 18 pontos, pegou nove rebotes e saiu de quadra com um troféu de MVP.

Com a chegada de Mike Miller ao Memphis, o espanhol não se sente mais tão solitário na tarefa árdua de garantir uma pontuação consistente para o time a cada noite. Conhecendo o trabalho sério do técnico Hubie Brown, fica fácil prever uma temporada um pouco mais sólida para os Grizzlies. E se todo grande time começa com um grande craque, já temos meio caminho andado.

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foto . jesse garrabrant/nbae

11.10.03



. bloco de notas
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todo sábado, um passeio rápido pela liga

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))) Yao Ming voltou mais forte para 2003-2004


s a l v a d o r

O técnico é novo, a roupa é nova, o ginásio é novo, e lá está o Houston Rockets com os mesmos problemas de sempre. Com três jogos e três derrotas, o time registra a pior campanha deste início de pré-temporada. Enquanto Jeff Van Gundy lubrifica as engrenagens, resta à torcida uma esperança chinesa: vem aí Yao Ming, versão 2004. Ausente das duas primeiras partidas, o pivô chinês estreou na sexta-feira contra o Seattle. Não conseguiu evitar o terceiro fracasso, mas teve boa atuação, anotando 20 pontos e 10 rebotes. Com mais massa muscular, Yao parece mais forte no garrafão e, de quebra, está falando um inglês quase perfeito. Com a cabeça mais tranqüila, a confiança aumenta. A medalha de ouro no Pré-Olímpico asiático e o carimbo no passaporte para Atenas deram ao gigante chinês o estímulo necessário para os novos tempos. Resta confirmar a boa fase em quadras americanas.

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c a s a c a

Vestindo um terno marrom, Latrell Sprewell levantou do banco em pleno Madison Square Garden e gritou para todo mundo ouvir: “É isso aí! É disso que eu estou falando!”. O sorriso aberto denunciava a felicidade. Ainda corria o primeiro quarto de Wolves x Knicks, no sábado, e Spree via seu atual time abrir larga vantagem sobre seu ex-time. Não havia ali sombra de constrangimento, e é assim mesmo que a banda toca. Apesar de uma contusão incômoda, Latrell vive a expectativa do começo de uma vida nova. Em breve, ele volta a jogar e, mais que isso, abre uma perspectiva animadora na NBA. Com Kevin Garnett tinindo e Sam Cassell inspirado, este Minnesota pode se tornar uma das maiores combinações de arte e eficiência em toda a liga.

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m a r k e t i n g

Inicialmente marcado para a próxima segunda-feira, o teste de Dennis Rodman em Denver foi adiado. Aqui peço licença para remar contra a corrente. Sei que todo mundo gostaria de ver o bad-boy em quadra outra vez, e concordo que tal transação seria uma maravilha do marketing para os Nuggets e para a NBA em geral. Temo, entretanto, que Rodman caia como uma bomba num elenco que, aos poucos, vai se equilibrando. Como folclore pode ser muito bonito, mas passado não ganha jogo. O novo Denver não precisa de um jogador velho e indisciplinado que, como sempre, está de olho nos holofotes.

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r e l â m p a g o

Vai entender a cartolagem! A diretoria do Phoenix Suns mal contratou o armador Brevin Knight e já está trabalhando para se livrar dele. Tem sido um telefonema atrás do outro. Com a intenção de resguardar os jovens Raul Lopez e Carlos Arroyo, o Utah Jazz é um dos times interessados numa possível troca. A movimentação cai bem para Leandrinho, que anda distribuindo boas assistências nos amistosos e parece ter agradado ao técnico Frank Johnson. No sábado, contra o Denver, ele jogou mais tempo que Stephon Marbury e marcou 13 pontos.



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* Durante a semana, Shaquille O’Neal declarou que pode jogar pelo menos mais sete temporadas. Duvido muito.

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* Glen Rice está de volta a Los Angeles, desta vez com os Clippers. Pode ser bom negócio para ambas as partes.

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* O Charlotte Bobcats, franquia que estréia na NBA em 2004-2005, quer contratar o dirigente italiano Maurizio Gherardini, do Benetton Treviso.

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* Acredite se quiser: com seus famosos 2,31m, o ex-pivô do Washington Bullets Manute Bol vai virar jockey. Depois das lutas de boxe e do hóquei no gelo, o gigante resolveu tentar as corridas de cavalo. Tudo isso com o objetivo de arrecadar fundos para vítimas da guerra civil no Sudão.

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:) APLAUSOS para o Miami Heat, que se mantém invicto na pré-temporada. Mesmo desacreditado, o time já bateu Sixers, Hawks e Magic. Quem diria...

:( VAIAS para os indisciplinados do Portland Trail Blazers, que nunca se emendam. Na semana passada, Zach Randolph teve problemas com álcool e Qyntel Woods foi pego dirigindo com a carteira vencida.

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foto . nbae

10.10.03



com licença, minha vez
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))) Carmelo estreou bem


LeBron James conseguiu um passe perfeito aqui, uma enterrada de impacto ali, mas no frigir dos ovos passou sem muito alarde em seus dois primeiros jogos da pré-temporada. Carmelo Anthony, que até ontem não tinha estreado, viu tudo quieto. E quando chegou a sua hora de entrar em quadra, não decepcionou.

O terceiro escolhido no draft 2003 comandou o Denver Nuggets na vitória de 113-100 contra o Phoenix Suns, ontem à noite. Os números não chegam a ser muito expressivos: 19 pontos, três assistências e dois rebotes. Mas quem viu o menino em ação garante que foi uma largada animadora.

Diante de sua torcida, Carmelo parecia confiante desde o início. No primeiro arremesso, com pouco mais de dois minutos de jogo, fez uma cesta de três pontos. O deleite dos fãs, no entanto, veio no segundo quarto, quando ele passou a bola por baixo do aro e executou uma bandeja de costas, à la Michael Jordan.

De uniforme novo e elenco renovado, o Denver teve na partida de ontem uma boa prévia do que pode vir por aí. Que Kiki Vandeweghe é um cartola estranho, ninguém duvida. Mas é impossível acusá-lo de qualquer coisa nesta pré-temporada. No escritório, a portas fechadas, ele mexeu os pauzinhos na medida certa e cercou Carmelo de talento. Ontem, o calouro contou com a generosa contribuição de Voshon Lenard (16 pontos), Andre Miller (14) e Earl Boykins (12). Até o japa Yuta Tabuse foi bem, com 11.

No Phoenix, Joe Johnson voltou a impressionar, com 22 pontos. Leandrinho fez apenas cinco, mas registrou seis assistências. Bom sinal. Visão de jogo é tudo que o técnico Frank Johnson quer dele.

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Sem Kobe Bryant e com mais uma atuação discreta do trio Shaq-Malone-Payton, o Los Angeles Lakers já perdeu a primeira: 99-83 para o Golden State.

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Alonzo Mourning voltou a enfrentar o New York Knicks e parece ter gostado. No clássico local, o pivô marcou 13 pontos e liderou o New Jersey Nets (sem Jason Kidd) na vitória por 84-75.

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Por falar em Knicks, Latrell Sprewell já se machucou e não deve enfrentar seu ex-time no sábado. O ala desfalcou o Minnesota Timberwolves ontem, no triunfo sobre o Milwaukee Bucks.

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Logo mais, Pau Gasol volta à Espanha natal com o Memphis Grizzlies para enfrentar o Barcelona de Anderson Varejão.

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foto . Garrett elwood/nbae

9.10.03



chegando a hora
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))) Chandler sobe com O’Neal



De uns tempos para cá, a pressa de formar craques tem criado um paradoxo na NBA. Ano após ano, diversos jogadores pulam a universidade e migram direto do segundo grau para o profissional. A adaptação difícil acaba criando, de imediato, uma queda de nível. Em média, os garotos apanham nos dois primeiros anos e desabrocham no terceiro. Foi assim com Kobe Bryant e Tracy McGrady, por exemplo. Alguns conseguem encurtar um pouco este prazo (vide Kevin Garnett) e outros chegam a levar mais de quatro anos para mostrar serviço (vide Jermaine O’Neal).

Os exemplos acima provam que as escolas têm fornecido talento de primeira linha ao basquete americano, desde que haja paciência para esperar a evolução. Em 2001, os dirigentes pareciam contaminados pela empolgação e talvez tenham exagerado na dose. Foram três colegiais entre os quatro primeiros do draft: Kwame Brown, Tyson Chandler e Eddy Curry.

Diante da estatística, chegamos à temporada 2003-2004 com uma pergunta que não quer calar: será que chegou a hora deste trio?

Após dois anos acumulando médias de 6.2 pontos e 4.6 rebotes, Brown tem sido apontado como a pior jogada da carreira de Michael Jordan. A porção cartola do ex-craque investiu no jovem ala-pivô, mas até agora os resultados não apareceram.

No início da pré-temporada, Brown parece disposto a seguir os passos de Kobe e T-Mac. Em duas partidas pelo Washington Wizards, subiu a média para 14 pontos e sete rebotes. Será o indício de uma guinada na carreira? Ou apenas a empolgação natural nos primeiros amistosos? Só o tempo dirá.

O curioso é que Chandler também atingiu um número expressivo na estréia do Chicago Bulls. Contra o Indiana Pacers de Rick Carlisle, o pivô marcou 11 pontos e pegou cinco rebotes. Até aí, nada de extraordinário. A novidade é que ele distribuiu oito tocos ao longo da partida! Certamente trata-se de uma performance atípica, mas não custa nada encarar o fato como um estímulo na temporada que se inicia.

Resta esperar por Eddy Curry, que desfalcou os Bulls devido a um tendão lesionado na perna esquerda. De olho nos playoffs, o técnico Bill Cartwright sabe que a classificação só será possível se seus dois grandalhões deslancharem.

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Ainda não deu para avaliar o quarteto fantástico do Los Angeles Lakers. Kobe Bryant sequer entrou em quadra contra o Golden State na terça-feira. Shaq, Payton e Malone estiveram discretos.

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Logo mais, na estréia de Carmelo Anthony, Leandrinho e Nenê fazem o primeiro duelo de brasileiros na NBA. Ponto para o nosso basquete.

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Quem também estréia hoje é o renovado Minnesota Timberwolves. Garnett, Sprewell, Cassell e Olowokandi visitam o Milwaukee Bucks. Se a química der certo, esse time vai ficar enjoadíssimo...

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O New York Knicks anuncia nos próximos dias a contratação de Dikembe Mutombo. Só um milagre nova-iorquino salva o gigante africano de um fim de carreira melancólico.

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foto . ron hoskins/nbae

8.10.03



alívio na estréia
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))) Os passes salvaram LeBron ontem


Corria a metade do primeiro período quando LeBron James tentou cruzar o garrafão do Detroit Pistons e encontrou dois marcadores ávidos por um toco. Sem olhar, o ala do Cleveland Cavaliers passou a bola por trás das costas e deixou Zydrunas Ilgauskas livre para uma enterrada.

Foi a senha para conquistar as arquibancadas e garantir o toque de magia na estréia. O público que lotava o ginásio em Auburn Hills vaiou o garoto durante a apresentação oficial, mas não resistiu ao passe à la Magic Johnson.

Até o fim do jogo, foram mais seis assistências. Cá entre nós, este número poderia ser bem maior. Mas, como vocês sabem, assistência só existe a partir do momento em que o companheiro faz a cesta. E a rapaziada do Cleveland desperdiçou várias, algumas até muito fáceis, impedindo que LeBron evoluísse na tábua de estatísticas.

Se dependesse dos pontos, a estréia teria sido discreta. Foram apenas oito, com quatro arremessos convertidos em 12 tentados. Média fraca, mas tudo bem. O ingresso valeu pelos passes e, claro, pelo resultado. Afinal, começar o período de amistosos batendo os Pistons em Detroit não deixa de ser um elemento simbólico para um time que venceu apenas 19 vezes no último campeonato (incluindo a pré-temporada).

O técnico Paul Silas deve ter respirado com alívio. Começar com uma derrota seria emblemático no sentido negativo. Vencer fora de casa foi a largada perfeita para quem está disposto a apagar o passado recente e desenvolver uma nova rotina, cada vez mais distante dos fracassos.

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Contra o New Jersey, Leandrinho teve mais tempo de quadra (21 minutos) do que o titular Stephon Marbury (19) e o rival de banco Brevin Knight (17). Ainda assim, terminou com apenas cinco pontos e duas assistências. Marbury, Shawn Marion e Penny Hardaway, os astros do time, somaram 10 pontos. A artilharia ficou por conta dos garotos Amare Stoudemire (25 pontos) e Joe Johnson (17).

A evolução de Johnson, por sinal, reduz as chances de Leandrinho disputar a posição 2. Mas não há motivo para pânico. O brasileiro tem tudo para assumir a condição de reserva imediato na armação principal. Knight não está com essa bola toda.


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foto . nbae

7.10.03



terça-feira gorda
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))) LeBron atrai todos os microfones



Até agora, foram dois jogos em dois dias. Jazz e Grizzlies venceram suas partidas numa espécie de ensaio da pré-temporada que se apresenta, um início suave para não assustar os torcedores sonolentos. Hoje, contudo, o despertador vai tocar mais forte. Para os desavisados que ainda não acordaram, a NBA reservou uma terça-feira farta em emoções. É dia de testar, na prática, os três maiores atrativos do ano.

A começar pela aguardada estréia de LeBron James. Coube ao Detroit Pistons de Darko Milicic a honra de abrir as portas do basquete profissional para o menino-prodígio. Como se não bastasse a enorme expectativa, o jogo ainda registra o duelo dos dois melhores calouros do draft 2003. Pena que a TV não traga ao Brasil este embate inaugural entre LeBron e Darko. A próxima oportunidade de ver os dois dividindo a mesma quadra só virá em 28 de novembro.

Dos mais afoitos aos mais cautelosos, todos os olhos estarão voltados para cada movimento do fenômeno colegial. A imprensa americana, podem ter certeza, vai tecer extensas crônicas sobre a partida. E na verdade tudo isso vai significar muito pouco. É só o primeiro dia de uma carreira que deve atravessar vários anos.

O segundo ponto alto da terça-feira reúne quatro carreiras que já somam cinco décadas. Com Shaquille O’Neal, Kobe Bryant, Karl Malone e Gary Payton na linha de frente, o Los Angeles Lakers enfrenta o Golden State Warriors de Nick Van Exel, que por sua vez adora aprontar contra ex-times. É o passo inicial de uma caminhada que, além de ressuscitar os tempos de showtime, pode devolver os tricampeões ao caminho do sucesso. Exagero? A conferir.

O terceiro atrativo diz respeito especificamente a nós, brasileiros: Leandrinho Barbosa enverga a camisa 10 do Phoenix Suns contra o New Jersey Nets, que promove seu primeiro teste com Alonzo Mourning. Ficam os votos de boa sorte ao nosso armador. Que ele possa, ao lado de Nenê e Alex, construir um cantinho confortável para o nosso basquete em território americano.

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Acabou o fôlego? Pois saiba que a rodada ainda tem Philadelphia x Miami (em Porto Rico), New York x Washington, Orlando x Dallas, Houston x Portland e L.A. Clippers x Sacramento.

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6.10.03



o carrossel de sloan
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))) Lopez faz parte do rodízio



Sabe-se lá que drinques e aperitivos o elenco do Dallas andou beliscando no México, mas o fato é que, ao cair da noite de ontem, o esquadrão texano tombou diante do jovem e limitado Utah Jazz (90-85). Evitemos, por favor, qualquer comentário do tipo “Viu? A diferença não é tão grande assim”. Claro que é. Não há termos de comparação entre um time e outro. Mas começo de pré-temporada é o habitat natural de todas as zebras.

A partida teve alguns detalhes curiosos. Para começar, enquanto os Mavs tinham apenas seis reservas, 14 indivíduos se espremiam no banco do Jazz. E Jerry Sloan usou todos! Tome nota da lista: Kirilenko, Clark, Bell, Ruffin, Postell, Okulaja, Grant e os calouros Lopez, Pavlovic, Borchardt, Handlogten, Boyette, Williams e Alexander. À exceção de Grant, ninguém jogou menos de nove minutos.

Rotação é isso aí.

Lopez e Pavlovic, os dois cestinhas da equipe, marcaram 10 pontos cada. Com tanto entra-e-sai, não podia ser diferente. Harpring jogou apenas nove minutos e Kirilenko decepcionou anotando apenas um ponto.

Por outro lado, o Dallas entrou com uma daquelas escalações experimentais de Don Nelson, sem pivô: Nowitzki, Najera, Jamison, Nash e Welsch (Finley não jogou). Jamison e Nowitzki escaparam razoavelmente bem, mas Nash saiu de quadra zerado.

Quem aproveitou foi Travis Best: entre todos os presentes, só perdeu no quesito tempo de jogo para o prata-da-casa Eduardo Najera. O mexicano, por sinal, frustrou os conterrâneos. Após 33 minutos em quadra, saiu com seis faltas e oito pontos.

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Aberta a porteira, vamos em frente. Hoje tem Grizzlies x Bucks, mas é amanhã que a coisa começa a esquentar. Aguardem.

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foto . nbae

5.10.03



sombreiro e água fresca
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))) No México, Najera inaugura hoje a pré-temporada



Início de outubro é assim. Os cartolas vão sossegando, os elencos vão se afinando e os refletores se voltam para os verdadeiros artistas. Logo mais, em plena Cidade do México, Dallas e Utah dão a largada nos amistosos da pré-temporada. Serão 114 jogos até o dia 24, tempo razoável para azeitar a salada antes que a bola suba para valer.

Neste domingo de abertura, entretanto, o clima ainda é de sossego. Mais que um embate técnico, a NBA reservou para a partida inaugural um evento festivo, com significado especial para um atleta: Eduardo Najera, o verdadeiro dono da casa. Pela primeira vez, o ala mexicano visita sua terra natal com os Mavericks a tiracolo.

Se Don Nelson tiver o mínimo de sensibilidade, Najera será titular no lugar do estreante Antawn Jamison e ficará em quadra por um bom tempo. Há de ser um dia histórico para os torcedores locais, que, inflados de orgulho patriótico, certamente vão lotar o Palácio dos Esportes.

Fosse um jogo normal, valendo pelo campeonato, e qualquer gato-mestre amador apostaria todas as fichas num massacre do Dallas. Afinal, quem tem Nowitzki, Nash, Finley e Jamison (vamos deixar Najera fora disso) não pode sequer pensar em perder para este Utah desfigurado, sem Malone, Stockton ou qualquer outra dupla que os substitua com alguma dignidade.

Tudo bem, certas verdades devem ser ditas a respeito da trupe de Jerry Sloan: Andrei Kirilenko tem evoluído a olhos vistos; Matt Harpring é um estupendo chutador; Keon Clark é um pivô versátil; Carlos Arroyo é um das promessas do basquete latino-americano; e Raja Bell adoraria mostrar serviço diante do ex-time. Ainda assim, entre Mavs e Jazz existe o muro intransponível que separa um sério candidato ao título de um sério candidato a ficar com a primeira escolha do próximo draft.

Mas, por enquanto, é só um inocente amistoso de pré-temporada, regado a tequila, protegido por sombreiros e embalado ao som dos mariachis.

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foto . nbae

4.10.03



. bloco de notas
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todo sábado, um passeio rápido pela liga

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))) Parker vai levar Duncan para passear em Paris


t u r i s m o

A cidade-luz não perde por esperar. Com camisas floridas e câmeras fotográficas na bagagem, a delegação do San Antonio Spurs partiu hoje rumo a Paris, onde ficará durante uma semana. A parte profissional do pacote se resume a um amistoso com o Memphis Grizzlies, quarta-feira, no imponente ginásio Palais Omnisports. O resto é pura diversão. “Não vou me preocupar muito com basquete. Vamos relaxar”, avisa o técnico Gregg Popovich. No que depender do nativo Tony Parker, os atuais campeões da NBA vão cumprir um extenso roteiro turístico. Na volta para os Estados Unidos, a equipe ainda faz visitas a Sixers, Knicks e Heat antes de voltar para casa. O pivô reserva Malik Rose encara a seqüência de viagens como um ensaio para o que chama de Rodeo Trip: em fevereiro, o SBC Center será alugado para uma competição de caubóis, e o time da casa terá de procurar outras vizinhanças para mandar suas partidas.

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s u r p r e s a

Kobe Bryant não deu as caras na quinta-feira para o início dos treinamentos do Los Angeles Lakers no Havaí. O motivo (óbvio) era o fator psicológico, devido à expectativa pelo depoimento preliminar no julgamento por estupro, marcado para semana que vem. De uma hora para outra, no entanto, o craque mudou de idéia, fez as malas e se mandou para a terra do surfe. Chegou na manhã de hoje e já se juntou ao grupo. No treino de ontem, quase todos os atletas fizeram questão de demonstrar solidariedade. “Queremos criar um sistema de apoio para ele”, disse Rick Fox. A volta para a Califórnia está prevista para o dia 9, justamente quando Kobe tem de se apresentar ao tribunal do Colorado.

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l a p s o

Quem também começou o ano letivo matando aula foi Latrell Sprewell, novo astro do Minnesota Timberwolves. Enquanto os companheiros davam as primeiras entrevistas no tradicional media day, Spree descansava tranqüilamente em sua casa em Milwaukee. Segundo o jogador, uma carta enviada por seu empresário informava que ele deveria iniciar os trabalhos “na sexta, dia 2” (sexta, na verdade, foi dia 3). Estranhando a ausência, o técnico Flip Saunders ligou para Sprewell, que imediatamente pegou o carro em direção a Collegeville. Foram cinco horas de estrada para evitar que a nova fase começasse com essa mancha.

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f e s t a

Nem o atraso de Spree diminuiu o clima de euforia em Minnesota. A alegria desenfreada se explica pela renovação do contrato de Kevin Garnett. US$ 100 milhões por seis anos. Vale a pena? Como vale! Esta pode ter sido a melhor canetada de toda a pré-temporada, até porque Garnett já tinha manifestado a intenção de navegar no mercado ao fim do próximo campeonato. O proprietário Glen Taylor e o gerente Kevin McHale foram pessoalmente a Los Angeles, onde o jogador curtia suas férias, e usaram argumentos simples: 1) Nenhum outro time teria tanto dinheiro para oferecê-lo no ano que vem; 2) Não custa nada testar o vigor do novo elenco, com os reforços de Spree, Olowokandi e Cassell.



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* Está aberta a temporada de contusões. Nick Collison, calouro do Seattle, só volta daqui a um ano. Caron Butler, do Miami, e Jonathan Bender, do Indiana, também baixaram no estaleiro.

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* Depois da tempestade, vem a inteligência. Já que não tem outro jeito, Jermaine O’Neal sossegou e está disposto a não criar problemas para Larry Bird.

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* O Atlanta mudou sua direção, segurou Jason Terry, contratou Stephen Jackson e ainda se mantém, disparado, como pior time do Leste.

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* O Memphis renovou com Mike Miller por seis anos e o Philadelphia ofereceu quatro a Eric Snow. Nos dois casos, me parece um baita exagero.

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:) APLAUSOS para o brasileiro Alex, que driblou o draft e conquistou a comissão técnica dos Spurs. Fica a torcida para que ele seja aprovado até janeiro, quando o time tem a opção de interromper o contrato de dois anos.

:( VAIAS para o Utah Jazz, que perdeu seus craques e fracassou de forma patética na tarefa de preencher os buracos. É um dos grandes candidatos à lanterna da temporada.

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foto . clarke evans/nbae