27.10.03
incêndio incontrolável
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))) Kobe e Shaq não se
suportam mais em LA
Foi um daqueles diálogos curtos que merecem reprodução na íntegra. Na verdade, diálogo nem é o termo mais adequado, já que no meio do caminho havia uma horda de repórteres fazendo as vezes de pombo-correio. O fato é que microfones e gravadores registraram uma histórica troca de gentilezas entre Shaquille O’Neal e Kobe Bryant. Tudo começou com um comentário pouco gentil do pivô a respeito das novas funções do armador enquanto se recupera da cirurgia no joelho. Eliminando os intermediários, ficamos assim:
SHAQ: “Bryant deveria tentar ser mais um passador, até que suas pernas estejam firmes.”
KOBE: “Definitivamente, eu não preciso de conselhos sobre como devo jogar. Sei cumprir minha função de armador. Ele que se preocupe com o garrafão, enquanto eu me preocupo com o perímetro.”
SHAQ: “Ao começarmos esta nova temporada, queremos que as coisas sejam feitas da maneira correta. Se você não gosta, então pode optar por desfazer o contrato no ano que vem. Enquanto este for o meu time, vou expressar minha opinião. Se alguém não gosta, que saia.”
Sempre ansiosos por mais declarações bombásticas, os jornalistas pediram que O’Neal explicasse melhor o que quis dizer com “meu time”. O pivô não decepcionou a imprensa: “Todo mundo sabe disso. Vocês podem dar o crédito para ele, como fizeram a vida toda, mas este é o navio de Diesel [referindo-se ao próprio apelido].”
É justamente esse Los Angeles Lakers em chamas que abre a temporada 2003-2004 da NBA hoje à noite, contra o revigorado Dallas Mavericks, no Staples Center. Como a partida será transmitida para o Brasil, poderemos verificar, ao vivo, se Kobe vai passar a bola para Shaq e vice-versa. Em todo caso, a máquina californiana escolheu uma péssima maneira para começar o ano. Está aí um foco de incêndio que nem o bombeiro Phil Jackson consegue apagar.
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Enquanto o clima esquenta em Los Angeles, o Dallas pensa na única coisa que realmente importa: a caminhada rumo ao título inédito. Já que o negócio é reproduzir declarações, vale dar uma olhada nesta, do ala Antawn Jamison:
“Tudo o que passa pela minha mente é que nós precisamos vencer. Vou fazer qualquer coisa para colocar um anel de campeão no meu dedo. Se, para alcançar este objetivo, eu tenho que sair do banco de reservas, é isso que vou fazer.”
Notaram a diferença? Enquanto os Lakers se estapeiam, os Mavs se mostram dispostos a qualquer sacrifício para levantar o caneco. Vale até pegar um avião rumo à Lituânia, como fez o presidente Donnie Nelson esta semana, com o objetivo de convencer Arvydas Sabonis a repensar sua idéia de aposentadoria. Na verdade, Nelson aproveitou que tinha um prêmio a receber por aquelas bandas e saiu à caça do pivô. Ainda não teve uma resposta do jogador, mas não perdeu as esperanças.
Mesmo velhinho, Sabonis parece ser uma opção melhor que Danny Fortson (o eleito de Don Nelson) para ocupar a posição 5. Na hora de encarar grandalhões como Shaquille O’Neal, talvez fosse mais prudente escalar o gigante Shawn Bradley. O técnico do Dallas, no entanto, preferiu um atleta mais baixo e mais forte. Logo mais, teremos na TV a primeira prévia do resultado.
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Numa espécie de preliminar para Mavs x Lakers, o Phoenix Suns visita o San Antonio Spurs, reeditando a batalha que abriu o último playoff. Pena que o duelo de brasileiros vai ficar para outra oportunidade. Com Alex Garcia contundido, nossas atenções vão se voltar para a aguardada estréia profissional de Leandrinho. Toda a sorte do mundo para ele.
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Antes destes dois embates no Oeste, quem inaugura oficialmente a temporada é uma dupla do Leste: os Sixers de Iverson e Robinson recebem o Heat de Jones e Odom. Não deixa de ser uma estréia ingrata para o inexperiente Stan Van Gundy, que acaba de assumir as pranchetas em Miami.
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foto . nbae
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