26.10.03
pacífico: um leve complexo de leste
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))) A dúvida é se a máquina de LA estará completa
No Oeste, como se sabe, o buraco é mais embaixo e o nível é mais em cima. Parte da divisão do Pacífico, entretanto, conserva uma certa semelhança com o Leste. Lakers, Kings e Suns estão mais fortes, mas o resto... bem, o resto parece nadar na contramão da conferência. Vamos ao ranking.
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1) Los Angeles Lakers
O esforço nas negociações da pré-temporada foi elogiável, mas a chave do sucesso está longe da Califórnia, guardada entre as quatro paredes de um tribunal. Tudo depende do tal juiz do Colorado, que tem em mãos o poder de colocar Kobe Bryant atrás das grades. Se isso acontecer, cai por terra o projeto showtime. Sem seu maior craque, o time só cruzará o tortuoso caminho do Oeste se Shaq, Malone e Payton tiverem atuações muito acima do esperado. Com Kobe em quadra, o panorama muda da água para o vinho. A não ser que algum mistério da alquimia azede a química entre os quatro All-Stars, vai ser difícil segurar essa máquina. Vale lembrar também que o banco não é tão ridículo assim, com Derek Fisher, Rick Fox, Bryon Russell e um punhado de jovens promessas.
2) Sacramento Kings
Aqui o ponto fundamental não é a Justiça, e sim a saúde. Chris Webber, Mike Bibby e Peja Stojakovic (pelo menos estes três) precisam estar inteiros fisicamente se a equipe quiser brigar pelo mando de quadra nos playoffs. Com o elenco saudável, e considerando a adição de Brad Miller, teremos um fortíssimo candidato ao título. Novamente, o grupo vai enfrentar o descrédito dos críticos e dos torcedores. Para acabar com isso, só provando na quadra que o apelido Queens não passa de uma piada de mau gosto.
3) Phoenix Suns
Marbury, Marion e Stoudemire mais entrosados; Hardaway e Gugliotta longe das contusões; Joe Johnson e Leandrinho cheios de vontade. É ou não é uma boa aposta para este ano? No último campeonato, ninguém acreditava e eles quase aprontaram para cima do San Antonio Spurs. Agora, a responsabilidade é maior, mas algo me diz que a expectativa será correspondida. Vale ficar de olho.
4) Portland Trail Blazers
Todos os encrenqueiros continuam lá. Quem saiu foi Scottie Pippen, que deu o toque de equilíbrio ao time na temporada passada, assumindo a armação principal. Arvydas Sabonis também fez as malas, o que significa menos força embaixo da cesta. Com Zach Randolph efetivado entre os titulares, Rasheed Wallace vai sair mais do garrafão, o que pode até ser bom. Mas a queda de rendimento no conjunto parece inevitável.
5) Seattle Supersonics
Todas as fichas estão depositadas na tão aguardada explosão de Rashard Lewis. Se ele realmente se tornar um craque, o Seattle pode até ficar melhor que o Portland. Mas enquanto estamos no terreno da profecia, não dá para apostar muito nessa turma, mesmo levando em conta o talento de Ray Allen.
6) Golden State Warriors
Sem Jamison e Arenas, a corrida ao mata-mata fica ainda mais difícil. O estilo vistoso do ano passado não está de todo sepultado: Van Exel, Claxton e Richardson podem aprontar das suas. No entanto, Jamison não era apenas um cestinha; era a bola de segurança da equipe. Se ninguém assumir este posto, os tempos sombrios podem voltar a Oakland.
7) Los Angeles Clippers
Com Lamar Odom e Andre Miller, a situação já era terrível. Imagine sem eles. Corey Maggette e Glen Rice serão úteis, mas a única disputa visível no horizonte é a de primeira escolha no próximo draft. Elton Brand, coitado, deve estar deprimido com o que vem por aí.
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A SELEÇÃO DO PACÍFICO:
C – Shaquille O’Neal (LAL)
PF – Chris Webber (SAC)
SF – Shawn Marion (PHO)
SG – Kobe Bryant (LAL)
PG – Stephon Marbury (PHO)
MVP: Kobe Bryant (LAL)
Melhor técnico: Phil Jackson (LAL)
Maior evolução: Joe Johnson (PHO)
Melhor reserva: Bobby Jackson (SAC)
Uniforme mais bonito: Los Angeles Clippers
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OBS - Aqui daria para formar, tranqüilamente, uma seleção-B: Miller, Brand, Stojakovic, Allen e Payton.
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foto . nbae
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