23.10.03
atlântico: o celeiro das incógnitas
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))) Kidd e os Nets não terão trabalho
Com uma olhada mais cuidadosa na divisão do Atlântico, o Rebote abre sua temporada de previsões. O panorama não chega a ser ruim. Das sete equipes, apenas duas pioraram em relação ao ano passado. Mas o que não falta é incerteza para elencos que se renovaram em busca de uma posição melhor na tabela. Se vai dar certo, só saberemos com a bola quicando. Aposta segura, mesmo, só uma: o New Jersey de Jason Kidd e Alonzo Mourning, que sobra na turma. A seguir, o ranking.
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1) New Jersey Nets
Como diz uma propaganda por aí, o que já era bom ficou ainda melhor. Sem desfalcar seu quarteto principal (Kidd, Kittles, Jefferson e Martin), o técnico Byron Scott vai adicionar ao caldeirão o talento e a força de Mourning. Dificilmente dará errado. Ainda que Alonzo não seja um fenômeno em quadra (é até provável que não seja), todos os caminhos apontam para mais uma viagem à final da NBA. Sem sustos, sem surpresas.
2) Philadelphia 76ers
Enfim, Allen Iverson tem alguém para dividir a artilharia. Com a chegada de Glenn Robinson, os Sixers fincam bandeira na elite da conferência Leste. Keith Van Horn foi embora, e já foi tarde. A grande perda foi o técnico Larry Brown, mas o substituo Randy Ayers só precisa fazer o feijão-com-arroz para levar o time aos playoffs sem sobressaltos.
3) Orlando Magic
Grant Hill vai continuar de terno no banco. Ciente disso, a diretoria foi buscar o competente Juwan Howard e ainda roubou, do mesmo Denver, o bom ala Donnell Harvey. Ainda falta um pivô decente (Andrew DeClercq nem merece comentários), mas Drew Gooden estará mais experiente e ficará com uma cota razoável de rebotes. Adicione a explosão de Tracy McGrady e temos aí a terceira força do Atlântico.
4) Miami Heat
Se o calouro Dwyane Wade não comprometer e Lamar Odom mantiver o ritmo da pré-temporada, a equipe não vai, nem de longe, repetir o vexame do último campeonato. Ao contrário, pode até brigar por uma vaga nos playoffs. Fiquem de olho em Caron Butler, que pode estourar a qualquer momento. O sucesso de Pat Riley passa ainda pelas mãos de Brian Grant, única opção para a briga embaixo da cesta.
5) Boston Celtics
Sim, eles caíram muito no meu conceito. Antoine Walker pode ter todos os defeitos do mundo, mas Raef LaFrentz não vai fazer 18 pontos por noite. A não ser que haja um milagre, Paul Pierce deve encarar o ano mais sofrido de sua carreira. Com um peso insuportável nas costas, o craque terá dificuldades para levar o grupo ao mata-mata.
6) Washington Wizards
Pode até ser que dê certo. Gilbert Arenas, Jerry Stackhouse e Larry Hughes são ótimos armadores, e Kwame Brown é uma caixinha de surpresas. Mas um elenco não pode ir muito longe quando Christian Laettner é seu melhor ala. O playoff ainda é um sonho distante para o ex-time de Michael Jordan.
7) New York Knicks
Triste. É o que se pode dizer da trupe nova-iorquina. Foi-se Spree, chegou Van Horn. Difícil conseguir uma troca mais injusta. O fio de esperança está no retorno de Antonio McDyess. Se voltar a ser o grande jogador que foi um dia, aí sim é possível andar para frente. Caso contrário, Allan Houston continuará sendo um grande talento perdendo tempo num time derrotado. E não me venham com Dikembe Mutombo, por favor.
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A SELEÇÃO DO ATLÂNTICO:
C- Alonzo Mourning (NJ)
PF - Kenyon Martin (NJ)
SF - Glenn Robinson (PHI)
SG - Tracy McGrady (ORL)
PG - Jason Kidd (NJ)
MVP: Tracy McGrady (ORL)
Melhor técnico: Byron Scott (NJ)
Maior evolução: Caron Butler (MIA)
Melhor reserva: Rodney Rogers (NJ)
Uniforme mais bonito: Orlando Magic
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foto . cbs/sportsline
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