6.11.03
alívio ofensivo
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))) Bibby tenta parar Cassell
No deserto de pontos em que se transformou este início de temporada, Kings e Wolves se esbaldaram ontem numa espécie de oásis do esportivo. Fizeram um baita jogo, com um ímpeto ofensivo só comparável à farra de Clippers e Sonics no Japão e a um passeio recente dos Mavs em Utah. É claro que o amigo deve estar se perguntando como é possível saber se realmente foi um jogão, já que as ações correram ao largo da TV brasileira.
De fato, ver, eu não vi.
Mas precisa?
Em ocasiões como esta, os números podem valer mais do que mil imagens. Diante de performances que mal cabem na tábua de estatísticas, é fácil concluir que a torcida de Minneapolis testemunhou um belo espetáculo. Pois vamos aos dados.
Após uma prorrogação, o Sacramento bateu os donos da casa por 125-121. Ao todo, foram dez atletas pontuando em dígitos duplos, oito deles com ao menos 17 pontos. Com elencos enxutos (cada equipe usou apenas quatro reservas), os técnicos souberam distribuir as tarefas e extraíram qualidade de seus craques até a última gota. Para ilustrar o que escrevo, não me custa revelar os destaques individuais:
Peja Stojakovic: 34pts, seis rebotes.
Mike Bibby: 22pts, quatro assistências.
Brad Miller: 17 pontos, oito rebotes, cinco roubadas.
Vlade Divac: 19pts, dez assistências.
Bobby Jackson: 19pts, seis rebotes.
Cansado? Calma, que ainda falta o outro lado:
Kevin Garnett: 28pts, 11 rebotes, quatro tocos.
Sam Cassell: 26pts, 14 assistências.
Latrell Sprewell: 23pts, oito assistências.
Em noite que teve até Mark Madsen como ponto alto (12 pontos, oito rebotes, duas roubadas), os deuses do basquete certamente estavam rondando o ginásio. A sólida performance do trio de ferro do Minnesota valoriza ainda mais a vitória dos Kings, que arrancaram um resultado valioso fora de casa. E sem Chris Webber, claro.
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O placar alto de ontem é uma rara exceção num terreno que atualmente está mais para o 71-60 protagonizado por Pacers e Nuggets na terça-feira. No entanto, não há motivo para pânico. Tudo isso ainda é reflexo das mudanças drásticas da pré-temporada. Há alguns anos não tínhamos um verão americano tão movimentado em termos de negociações. Os elencos estão virados do avesso, e os técnicos vão precisar de algum tempo para calibrar os sistemas ofensivos. As defesas estão sofríveis, mas a falta de entrosamento dos ataques ainda não permite que os números atinjam somas estelares. Daqui a pouco, a qualidade vai aparecer. David Stern pode ficar tranqüilo.
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LeBron e Carmelo se cruzaram. Em casa pela primeira vez no campeonato, o Cleveland continuou fazendo o que mais sabe: perder. No pega individual, Anthony teve ligeira vantagem. Além de vencer a partida, marcou 13 pontos, contra sete do rival. O fenômeno colegial, entretanto, pegou 11 rebotes e deu sete assistências. Só faltou a vitória. Bobeou, e lá estão os Cavs na lanterna isolada.
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foto . cbs/sportsline
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