12.11.03
o renascimento
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))) Vin Baker está de volta
Diante de sua torcida e animado pela sólida campanha neste início de campeonato, o Indiana Pacers nadava em confiança antes da partida de ontem, contra o Boston Celtics. A casa caiu quando faltavam 20 segundos para a sirene final. Sem medo de contrariar as arquibancadas, um sujeito abusado jogou o corpo para trás acertou o arremesso que selaria a vitória dos visitantes.
Era Vin Baker.
O mesmo que, poucos meses atrás, se esforçava para driblar as garrafas e se livrar dos problemas com álcool.
Até agora, são apenas sete partidas. Mas os americanos já anunciam em voz alta o que chamam de “comeback season”. Trocando em miúdos na língua de Pasquale, é a famosa “volta por cima”. Neste caso, o exagero é mais do que louvável.
O que vemos aqui não é apenas uma vitória do basquete, e sim a prova de que a vida real também promove finais felizes. Lá estou eu sacramentando que esse já é o fim da história, mas não custa nada ser otimista.
Vin Baker não é um qualquer. Para começar, acumula quatro aparições no All-Star Game e estampa no peito uma medalha olímpica, conquistada na Austrália. A partir de 1999, os anos de ouro em Milwaukee deram lugar à decadência. Sabe-se lá se foi nesse período que a bebida entrou em cena.
O fato é que o chute decisivo contra o Indiana não é ponto isolado nas duas primeiras semanas de temporada. O ala mantém médias pra lá de respeitáveis, com 15.7 pontos e sete rebotes por noite, coisa que não se via há um bocado de tempo. Tem sido justamente ele a peça ofensiva que supre a saída de Antoine Walker e alivia a ingrata missão de Paul Pierce.
No campeonato passado, aqui mesmo, no Rebote, uma crônica sob o título “Triste fim” decretou prematuramente o canto do cisne de Vin Baker. Foi um erro, reparado agora, à distância, com um pedido de desculpas a tiracolo.
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foto . nbae
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