27.11.03



entrevista: stephen jackson
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))) “Sei que podemos ir muito longe”


Stephen Jackson é um caso raro na NBA. Campeão pelo San Antonio Spurs e valorizado no mercado de passe livre, optou por assinar contrato com um dos piores times da liga, o Atlanta Hawks. A evolução, que já tinha começado na temporada 2002-2003, segue de vento em popa. Em seu quarto ano de NBA, Jackson registra suas maiores médias de pontos (13.6), rebotes (4.10) e assistências (2.6). Em entrevista ao escritório da NBA para a América Latina, o ala-armador de 2,03m e 99kg mostra-se conformado em apenas jogar basquete, sem pretensões de título. Garante, contudo, que os Hawks podem surpreender.

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Há poucos dias, você voltou a San Antonio. Como foi o retorno à cidade na qual você foi campeão?
Foi muito interessante. Apesar de termos perdido o jogo, tive a oportunidade de rever meus amigos e os companheiros com quem obtive o título nos Spurs. Também recebi meu anel de campeão da NBA, numa cerimônia simples, mas muito significativa.

Tem saudades de San Antonio?
Não de tudo. Sou do Texas e sempre volto para casa no verão, então não me faz tanta falta. Para mim, o importante é jogar, sem me importar com o lugar em que o tenha de fazer.

Como vão as coisas em Atlanta?
Tudo vai muito bem. Moro numa nova cidade, com novos amigos, e o mais importante é que continuo jogando basquete. É um bom lugar para viver e jogar.

Tem tido oportunidade de sair e conhecer a cidade?
Desde que cheguei, tenho estado muito ocupado jogando ou viajando. Mesmo assim, não é difícil conhecer os melhores lugares da cidade. Estou morando num hotel, onde há varias opções para sair e se distrair. Posso ir andando para o ginásio onde treinamos e jogamos.

Qual é sua meta para esta temporada?
Simplesmente melhorar e animar o máximo a minha equipe. Não gosto de traçar metas individuais, a não ser contribuir o máximo para o time. A única coisa que quero é jogar e melhorar a cada ano.

Até onde você acha que esta equipe pode chegar?
Sei que podemos ir muito longe. O importante é estarmos unidos e jogarmos juntos. Não há limites se estamos todos com o mesmo objetivo, curtindo os bons momentos, trabalhando muito todos os dias e superando todos os problemas.

No começo da carreira, você jogou na República Dominicana e na Venezuela. Como foi essa experiência?
Foi fantástico. Posso afirmar que lá vi as mulheres mais bonitas do mundo. Foi uma grande experiência. Eu era jovem, tinha 18 anos. Foi bom para amadurecer, crescer rápido, ser responsável. No fim das contas, me converti num homem com responsabilidades dentro de um país estrangeiro, sem falar nada de espanhol e cumprindo com minhas obrigações profissionais.

Já voltou a estes países?
Infelizmente não, mas é algo que quero fazer em algum dos próximos verões. São lugares maravilhosos, ideais para esquecer as preocupações, descansar e curtir muito.

O que há de melhor em viver lá?
A comida, as pessoas, o arroz amarelo, as mulheres, tudo. Foi, de verdade, uma das melhores épocas em minha vida. Algo inesquecível.

Gostaria de voltar para a América Latina para um jogo de exibição?
Claro que sim, seria fantástico! Esses jogos são muito bons para a liga e para as pessoas que acompanham a NBA no exterior. De verdade, gostaria muito de ir à América Latina para uma partida da NBA.

O que acha do momento de globalização que a liga atravessa?
Definitivamente, isso faz com que o nível seja muito melhor. Devemos trabalhar muito para competir com os talentos que vêm do exterior, e isso é muito interessante. Em todo o mundo, joga-se um ótimo basquete, e agora isso é uma realidade na NBA.

Em San Antonio, você jogou ao lado de Manu Ginobili. O que nos pode dizer sobre ele?
Ah, ele é meu amigo, uma grande pessoa, um grande jogador. Vai ser uma estrela nesta liga. Não tem medo de nada, essa é uma boa definição de seu jogo. Ainda por cima, Manu me ensinou muitas palavras em espanhol.

Ele te falou sobre a Argentina?
Sim, falava muito de seu país, da comida, das pessoas, e brincava muito sobre sua popularidade lá. Ele sempre me convida e já prometeu me levar para Argentina num verão. Espero que cumpra!

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foto . nbae

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