19.11.03



entrevista: ricky davis
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))) “Estamos lutando por um lugar no playoff”


Quem não se lembra de Ricky Davis? É aquele sujeito que ficou famoso na temporada passada por conta de uma história de mesquinharia explícita: precisando de apenas um rebote para completar um triple-double, ele tentou arremessar a bola contra a própria cesta. O truque patético acabou não dando certo e a única coisa que restou foi a desmoralização na imprensa. Para alguém que leva o egoísmo a este nível, deve ser difícil conviver diariamente com um calouro endeusado por meio mundo. Pois Davis se diz feliz da vida com o fenômeno LeBron James. Em entrevista ao escritório da NBA para a América Latina, o polêmico ala-armador discorre sobre este e outros assuntos.

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Nos últimos anos, os Cavaliers não eram populares nem em Cleveland. Com a entrada de LeBron James, o interesse se multiplicou nos Estados Unidos e no mundo todo. Como vocês estão vivendo esta nova situação?
A verdade é que tudo ficou muito diferente. No ano passado, éramos a pior equipe da liga. Este ano, com a chegada de LeBron, tudo mudou. O desafio representado por esta nova popularidade é enorme, porque temos de estar preparados para jogar o máximo a cada minuto e lutar até o fim de cada jogo.

As pessoas não param de falar sobre o talento e o potencial de LeBron. Para jogadores como você e Darius Miles, que são atléticos e correm a quadra toda, deve ser um prazer jogar com alguém que chama tanta atenção do adversário.
Sim, a habilidade e o talento que ele tem vai nos ajudar bastante. Jogar com alguém que tem tamanha visão de jogo nos cria mais oportunidades. No meu caso, me beneficia tremendamente porque gosto de sair rápido, aproveito quando a defesa rival ainda não está armada.

Como é LeBron no tempo livre, no avião ou no ônibus, a caminho do treino?
Ele é um grande garoto, e é apenas mais um na equipe. Conversamos e fazemos brincadeiras, nos damos muito bem. Como todo calouro, ele junta bolas no treinamento, faz todo tipo de coisa.

Hoje os Cavs pensam na classificação para o mata-mata?
Certamente, estamos lutando por um lugar no playoff. Na temporada passada, perdemos muitos jogos, mas fomos melhorando a cada mês. Agora, com os novos jogadores e o novo técnico (Paul Silas), temos de lutar para estar na segunda fase.

O que mudou com a chegada de Paul Silas?
Ele é um fenômeno. Sabe muito bem o que faz. Eu já o havia tido como técnico quando estive em Charlotte, e acho que ele sabe lidar muito bem com todos problemas.

A que você atribui o sucesso dos jogadores estrangeiros na NBA?
Os atletas internacionais têm fundamentos muito bem trabalhados. Fora dos Estados Unidos, eles se dedicam muito aos fundamentos básicos, isso é muito importante. Hoje temos jogadores altos que correm pela quadra com desenvoltura.

A NBA pretende promover mais partidas na América Latina. Você gostaria de conhecer outros países e participar de um desses jogos?
Sim, eu adoraria. Gostaria muito de poder viajar com minha equipe e conviver um pouco com os latino-americanos.

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foto . nbae

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