20.11.03
só cogitando
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))) Afinal, para onde vai Kobe Bryant?
Quem domina inglês o suficiente para se aventurar pelo noticiário da NBA direto nas fontes americanas já deve saber: Marc Stein é um dos papas nesta arte. Além de construir textos agradáveis e bem cadenciados, o colunista da ESPN.com costuma aliar ousadia e cautela em doses de dar inveja aos colegas que se arriscam a escrever sobre o assunto. Em resumo, é leitura obrigatória para os felizardos que conseguem quebrar a barreira do idioma.
Na coluna Slams and Dunks (hum... é impressão minha ou temos por aqui um nome parecido?) de ontem, Stein fez aquilo que só os grandes articulistas fazem: chutou o pudor para escanteio e saiu-se com uma análise que, a princípio, parece tão improvável quanto ridícula:
Kobe Bryant pode ir para o Los Angeles Clippers.
O artigo deixa bem claro que tudo não passa de especulação pessoal. No entanto, por mais que a notícia pareça um delírio, é inevitável sentir a pulga incômoda atrás da orelha. E se acontecer mesmo?
A teoria de Stein é simples e se baseia em pontos concretos. 1) É bem possível que Kobe opte por suspender seu contrato na próxima temporada. 2) Provavelmente, os vizinhos de LA serão os únicos com folga razoável na folha salarial para fazer uma proposta tentadora. 3) Em dívida com a família por conta das acusações de estupro, o atleta não estaria disposto a sacrificá-la com uma mudança drástica de cidade. Vale lembrar que as duas outras candidatas seriam Denver (no estado onde acontece o julgamento) e San Antonio (onde Tim Duncan já é rei).
Ao migrar para o primo pobre, Bryant seria, enfim, o dono absoluto do time. E elevaria à enésima potência a rivalidade com Shaquille O’Neal, reforçada ainda pela rixa local. A parceria com uma turma que reúne Elton Brand, Corey Maggette, Andre Miller e o promissor Quentin Richardson pode ser atrativa para um campeão que luta para voltar ao topo.
Devaneio? Fantasia? Falta de assunto? Ok, o arquivo de temas de Marc Stein pode ter estado em baixa esta semana (assim como, cá entre nós, está o meu hoje), mas não custa nada pensar um pouco sobre a hipótese. Se vingar, será uma das negociações mais comentadas da história do basquete.
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foto . nbae
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