31.3.03
TEMPO CONGELADO
A luta é dura, mas Duncan e Nowitzki
seguem passeando no topo do Oeste
Nas semanas seguintes ao All-Star Game, muita água rolou na NBA. Pelo menos era isso que se previa. No Oeste, Shaq e Kobe fizeram muita gente pensar que o Los Angeles teria mando de quadra na primeira rodada do playoff; o embalado Portland despertou como possível campeão da conferência; Kevin Garnett colocou o Minnesota entre os favoritos ao título; o Golden State encheu sua torcida de esperança rumo à classificação. No Leste, parecia certa a derrocada do Indiana; Allen Iverson e o Philadelphia ameaçaram alcançar a liderança; o New York deu a entender que conquistaria a oitava vaga.
Tudo fogo de palha. Até agora, nenhuma dessas profecias se realizou.
Os Lakers continuam estacionados na sétima posição; a contusão de Scottie Pippen freou o ímpeto dos Blazers; os Wolves perderam quase todas as batalhas contra times grandes; Warriors e Knicks tropeçaram contra adversários fracos; os Pacers se recuperaram e os Sixers não conseguiram passar do terceiro lugar.
Resumo da ópera: tudo continua como antes. Dallas, Sacramento e San Antonio seguem dominando o Oeste, enquanto Detroit e New Jersey fazem o mesmo no Leste. Cleveland e Denver não largam a lanterna. Phoenix, Houston, Washington e Milwaukee ainda brigam pelas últimas vagas. Ninguém perturba Yao Ming e Amare Stoudemire na eleição de calouro do ano. Ao contrário do que se pensava, o quadro permaneceu praticamente inalterado desde o All-Star, a não ser pelo ligeiro favoritismo conquistado por Garnett na corrida dos MVPs e pela inclusão de Jerry Sloan, do Utah Jazz, entre os candidatos a melhor técnico de 2003.
Enquanto a bola estiver quicando, cada equipe se agarra à sua esperança, mesmo que ela esteja suspensa por um fio poído. Restam apenas 17 dias para o fim da temporada regular. É pouco tempo para alterar um panorama congelado há meses, mas não custa torcer. Que venham as surpresas de última hora.
(Foto - Glenn James/NBAE)
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