10.5.03
:::: BLOCO DE NOTAS ::::
Todo sábado, um passeio rápido pela liga
O menisco contundido tirou Chris Webber dos playoffs
DRAMA - Além de permitir uma possível mudança de rumos na série entre Dallas e Sacramento, a grave contusão no joelho esquerdo de Chris Webber mostra que nem sempre a vida é justa. Durante todo o campeonato, o ala foi um guerreiro, lutando contra lesões seguidas e compensando a dor física com impressionante vigor mental. Justamente agora, quando deveria estar colhendo os louros de seu esforço, se vê obrigado a encarar o desfecho melancólico numa mesa de cirurgia. O passado recente mostra que os Kings não costumam se abater em situações como esta. Mais do que nunca, vai ser preciso tirar leite de pedra.
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VIVOS - Devean George voltou. E o Los Angeles Lakers, também. No jogo 3, a bola circulou mais e todos os titulares pontuaram em dígitos duplos. É disso que Kobe e Shaq precisam. Mantendo o equilíbrio, o time ainda pode complicar a vida do San Antonio Spurs, que precisa se ajeitar. Com apenas dois pontos em 30 minutos, Tony Parker sumiu outra vez. Já começo a questionar minhas opiniões sobre o armador, que tem deixado o MVP Tim Duncan sozinho no ataque.
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PRECONCEITO? - Como se não bastasse a superioridade gritante do New Jersey, Byron Scott resolveu atacar o Boston também fora das quadras. O técnico afirmou, num programa de rádio, que os torcedores dos Celtics chegam bêbados ao ginásio e adotam uma postura “cruel e hostil” contra o adversário. As queixas se estenderam a insinuações de racismo, o que fez o lendário treinador Red Auerbach sair em defesa dos fãs. “O que Scott disse foi estúpido”, criticou. Exageros à parte, a verdade é que ex-jogadores do próprio Boston, como Bill Russell e Dee Brown, costumavam reclamar que a cidade não era das mais acolhedoras para os negros.
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TENSÃO - De fato, há um clima de violência na série. Ontem, a torcida perturbou Jason Kidd com o corinho “wife-beater”, referindo-se às acusações que o armador enfrentou em 2001 por ter agredido sua mulher. Quando a série estava em New Jersey, havia no meio do público um engraçadinho com um cartaz onde se lia “Alguém por favor dê uma facada em Paul Pierce” (há dois anos, numa casa noturna, o astro do Boston foi esfaqueado no rosto, no pescoço e nas costas). Lamentável.
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BILHETE AZUL - Não deixa de ser uma notícia estranha: Michael Jordan foi sumariamente demitido. A atitude, impensável para o Jordan atleta, não é tão absurda para o Jordan cartola. O proprietário do Washington Wizards, Abe Pollin, acha que o mestre não repete nos escritórios o talento das quadras. Se pensarmos bem, até que faz sentido. Além de ter fracassado em dois anos seguidos na tarefa de levar a equipe aos playoffs, Jordan apostou todas as fichas no garoto Kwame Brown, primeira escolha no draft de 2001. Provavelmente, foi o maior erro de toda a sua carreira.
:::::::: :::::::: Z O N A . M O R T A :::::::: ::::::::
Alonzo Mourning, enfim, está liberado pelos médicos. Com passe livre, ele garante que a intenção é renovar com o Miami Heat, mas o caminho pode ser outro. Knicks, Mavs, Blazers e Lakers estão de olho no pivô.
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Jeff Van Gundy recusou o convite para assumir a vaga de Paul Silas no New Orleans Hornets. Dispensado na semana passada, Silas vai conversar com Clippers e Cavaliers.
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O presidente do Portland Trail Blazers, Bob Whittsit, decidiu se aposentar. Muita gente acha que o time só não deu certo até agora por causa de suas trapalhadas. O dono da franquia, Paul Allen, anunciou que um pacote de mudanças vem aí, a começar por uma política financeira mais cautelosa.
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Derek Fisher vem acertando 64% de seus arremessos de três pontos nos playoffs. Está aí uma ajuda que o Los Angeles não pode dispensar.
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(Foto - Glenn James/NBAE)
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