6.5.03



NO CAMINHO CERTO




O New Jersey de Kidd bateu o Boston de Pierce ontem



Poucos times na NBA são tão velozes no contra-ataque como o New Jersey Nets. Diante disso, nada melhor que um adversário arremessando compulsivamente, errando bastante e pegando poucos rebotes. Foi esse o Boston Celtics que se aventurou na Continental Airlines Arena ontem à noite. A mira torta dos visitantes (em especial Antoine Walker e Tony Delk) deu à equipe da casa a chance de jogar como gosta: transição rápida, distribuição eficiente e cestas à vontade. Nets 1-0 numa série que começou de modo previsível.

Não que a partida tenha sido fácil. Afinal, com Paul Pierce do outro lado da quadra, tudo fica mais complicado. O armador marcou 34 pontos, roubou quatro bolas e deu oito assistências. Mas passou de herói a vilão ao desperdiçar um arremesso de três que poderia ter empatado o placar nos últimos segundos. A ajuda providencial de Walter McCarty e Eric Williams acabou se tornando inútil, devido aos tiros cegos de Walker (6-20) e Delk (3-10). Se ao menos arrancasse rebotes, o Boston poderia ter aliviado o estrago dos contra-ataques. Mas foram apenas 30 (4 ofensivos) contra 44 do New Jersey.

Com 21 pontos, Kenyon Martin se livrou por pouco da eliminação com seis faltas e foi um dos cinco atletas dos Nets a pontuar em dígitos duplos. Aaron Williams, Kerry Kittles, Richard Jefferson e Jason Kidd completaram a festa. O basquete sólido exibido no confronto com o Milwaukee continua intacto. Se os Celtics não arrumarem um jeito de tirar essa locomotiva dos trilhos, os atuais campeões do Leste têm tudo para partir rumo ao bi. Pelo menos é este o quadro que vem se desenhando nos playoffs.

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Como eu disse ontem, manter Kobe Bryant e Shaquille O’Neal tinindo não será suficiente para o Los Angeles bater o San Antonio. No jogo 1, Kobe anotou 37 pontos e Shaq contribuiu com 24 (além de 21 rebotes), mas o resto do elenco praticamente sumiu. Tim Duncan, David Robinson e Manu Ginobili deram conta do recado e abriram 1-0 para os Spurs. A vitória foi fundamental para espantar os fantasmas e dar confiança ao time do Texas. Mas não há como ignorar um aspecto preocupante: a fraquíssima atuação dos armadores titulares. Tony Parker voltou a ser discreto, com 9 pontos, e Stephen Jackson, para surpresa geral, deixou a quadra zerado. Diante dos tricampeões, convém corrigir essas falhas o quanto antes.

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(Foto - Noren Trotman/NBAE)

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