29.5.03
SÍNDROME DO PÂNICO
O San Antonio precisa recuperar o controle
A final da conferência Oeste chega hoje à sexta partida cercada de aspectos curiosos. Em Dallas, Don Nelson faz mistério sobre o retorno de Dirk Nowitzki. Mesmo que o joelho não permita a volta do alemão, os torcedores não devem se desesperar. Afinal, Michael Finley assumiu com maestria o papel de liderança, enquanto Steve Nash e Nick Van Exel continuam acertando os arremessos decisivos. O fator mais intrigante, no entanto, está do outro lado da quadra.
Sabe-se lá o que se passa no cérebro dos soldados de Gregg Popovich. A conclusão é empírica, comprovada em várias ocasiões: para o San Antonio, não existe jogo ganho. Quando menos se espera, o time entra em colapso e deixa evaporar qualquer vantagem, seja ela de dois, dez ou vinte pontos.
A síndrome do quarto período tem martelado a cabeça de Duncan, Rose, Bowen, Parker e qualquer outro atleta dos Spurs. De uma hora para a outra, os arremessos saem tortos, a bola quica como se fosse quadrada e a defesa fica esburacada como um queijo suíço. Excesso de autoconfiança? Inexperiência da garotada? Talvez Freud explique.
O fato é que o San Antonio precisa fazer, logo mais, um esforço heróico para roubar a vitória final no American Airlines Center. Se permitir o jogo 7, o trauma psicológico pode aflorar e o Dallas, aproveitando-se disso, vai partir feroz com a faca entre os dentes. As conseqüências seriam imprevisíveis.
A supresa maior, no entanto, pode acontecer ainda hoje. Enquanto Nelson esconde o jogo sobre as reais condições de Nowitzki, o proprietário dos Mavs, Mark Cuban, deu uma pista ao comentar rapidamente sobre as chances de o alemão entrar em quadra nesta quinta-feira. “São muito boas”, limitou-se a dizer o cartola. A conferir.
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Enquanto isso, o New Jersey só descansa. Será que isso é bom ou ruim?
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(Foto - Jed Jacobsohn/NBAE)
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