2.5.03
TEMPO DE VINGANÇA
Walker e Pierce prometem partir para cima dos Nets e
devolver a eliminação na final do Leste do ano passado
No ano passado, o Los Angeles Lakers eliminou o San Antonio Spurs nas semifinais da conferência Oeste e o New Jersey Nets despachou o Boston Celtics na grande final do Leste. Foram séries bem disputadas, com placares apertados e alguns resultados imprevistos. A partir da segunda-feira, Spurs e Celtics finalmente terão a sonhada oportunidade de revanche.
Com uma vitória fácil impulsionada pelo triple-double de Jason Kidd, o New Jersey fechou ontem em 4-2 o confronto com o Milwaukee, espantando de vez a zebra. No começo do mata-mata, ficou no ar a impressão de que os Bucks poderiam surpreender. Pura ilusão. O técnico George Karl mexeu um bocado na escalação, não conseguiu ajeitar a rotação dos titulares e a química simplesmente não funcionou. Do outro lado, Kidd, Richard Jefferson e Kenyon Martin subiram de produção na hora certa e provaram que os Nets contam com um elenco muito superior.
O Boston agradece mais uma vez a Paul Pierce, que ontem marcou 27 pontos e atropelou o combalido Indiana Pacers. Em quase todas as partidas, o astro contou com a habitual colaboração de Antoine Walker. Vez por outra, surgia a inesperada ajuda de outros companheiros, como Walter McCarty, Tony Delk e J.R. Bremer.
Apesar do mando de quadra, os Pacers pareciam anestesiados pelos efeitos da crise que se instalou na equipe após o All-Star Game. Na hora da verdade, faltou justamente o que era tido como trunfo: a experiência dos veteranos. Reggie Miller teve atuações patéticas, assim como Tim Hardaway, pescado da aposentadoria na última hora para orientar a garotada. Pois Jermaine O’Neal e Ron Artest tiveram de jogar sozinhos. Deu no que deu.
Assim como os Nets, o San Antonio também levou alguns sustos no duelo contra o Phoenix Suns. A derrota no jogo 1, com uma estupenda cesta de Stephon Marbury, gerou um certo pânico. Mas a confusão logo foi superada, especialmente quando Tony Parker entrou no ritmo. Ontem, em plena America West Arena, Tim Duncan mostrou por que é candidato a MVP. Para não deixar Jason Kidd dominar sozinho a quinta-feira, a torre dos Spurs também fez seu triple-double, com 15 pontos, 20 rebotes e 10 assistências. Os passes foram um show à parte no quarto período.
Duncan sabe que, a partir de agora, as dificuldades tendem a aumentar. Afinal, Shaquille O’Neal e Kobe Bryant perceberam, ao eliminar o Minnesota, que o tetracampeonato não é um sonho tão distante assim. Ontem, os Wolves sofreram com mais uma atuação tímida de Kevin Garnett, enquanto Kobe e Shaq somaram 55 pontos e decidiram a parada. Coadjuvantes como Derek Fisher, Robert Horry e Devean George também colaboraram.
A promessa é de um embate equilibrado. Os 4-1 impostos pelo Los Angeles no ano passado dificilmente se repetirão. O mesmo vale para Nets-Celtics, uma série que desde já cheira a jogo 7. Como todos sabem, a vingança é um prato que se come frio. E, neste caso, com os ânimos fervendo.
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Logo mais, em Orlando, o Detroit Pistons tem a última chance de provar que não é uma farsa. Dallas e Philadelphia, que escorregaram no meio da semana, podem se redimir longe de suas torcidas. Dirk Nowitzki e Allen Iverson, os cestinhas dos playoffs, enfrentam missões complicadas em terreno inimigo: o primeiro em Portland, e o segundo em New Orleans.
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(Foto – Nathaniel S. Butler/NBAE)
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