26.5.03



TENSÃO NA BEIRA DA QUADRA




Brown vai se separar de Iverson. Ele é apenas
um dos técnicos que têm vivido dias agitados




Nesta segunda-feira morna, sem basquete, abre-se uma boa oportunidade para dar uma olhada na roda-viva dos técnicos da NBA. O caldeirão está fervendo, os nomes andam pipocando por todo lado. Não é difícil se perder em meio a propostas, demissões, cavadas, entrevistas e todo tipo de especulação. Prontos para um mergulho rápido no mundo das pranchetas? Então vamos nessa.

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Começando pela notícia mais fresquinha, que ainda nem foi anunciada oficialmente: após seis anos, Larry Brown está deixando o Philadelphia 76ers. A diretoria marcou uma entrevista coletiva para o fim da tarde de hoje, mas o assunto já vinha sendo cantado aos quatro ventos nas últimas semanas. A decisão foi do próprio treinador, que ainda tinha dois anos de contrato a cumprir mas preferiu pedir o boné. O motivo seria o cansaço, aliado ao olho grande nas vagas abertas em Cleveland e Houston. O garoto LeBron James já meteu a colher na discussão, dizendo que ficaria muito feliz se Brown passasse a comandar os Cavs.

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O problema é que os cartolas de Cleveland também estão de olho em outro nome, talvez o mais assediado nesse período de entressafra. Jeff Van Gundy teria confidenciado a amigos que sua opção pelo time de LeBron deve ser declarada oficialmente na próxima semana. Pesou, claro, o desafio de lapidar o fenômeno colegial em sua primeira temporada e liderar um grupo que precisa de sangue novo. Em todo caso, os Cavaliers mantêm na manga as cartas de Paul Silas (recém-demitido do New Orleans) e Keith Smart.

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Foi justamente para os Hornets que Van Gundy deu o primeiro “não” deste período de caça. O técnico, que recusou o convite para substituir Silas, deve estar com a cabeça a mil: de uma hora para outra, passou a ser a vedete da NBA e também foi chamado para uma conversa com os Rockets, preocupados em preencher o espaço deixado por Rudy Tomjanovich. Caso não consiga fechar com Van Gundy ou Brown, o Houston vai apostar suas fichas em Milke Dunleavy (que ainda tem propostas de Hawks e Clippers).

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Está difícil acompanhar? Pois é melhor apertar o cinto, o disse-me-disse ainda não terminou. Se não fechar com os Cavs, Paul Silas pode embarcar num projeto de longo prazo: a nova equipe de Charlotte, que ingressa na liga a partir de 2004-2005. Seria uma chance de trabalhar ao lado de Michael Jordan, que pode assumir um posto na diretoria.

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Outra alternativa para Silas é o Dallas Mavericks, que deve reavaliar o trabalho de Don Nelson após os playoffs. Nelson pretende sentar com o dono da franquia, Mark Cuban, para conversar sobre seu papel como técnico, e adiantou que entenderia se a decisão fosse por uma mudança.

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O Los Angeles Clippers, por sua vez, parece urubu de olho em carniça. Além de negociar com Lenny Wilkens e Dennis Johnson, o time torce pelas demissões de Isiah Thomas e Doug Collins. O problema é que Thomas parece gozar de certo prestígio em Indianápolis. O astro da companhia, Jermaine O’Neal, deu ao comandante um voto de confiança, dizendo que não gostaria de ser treinado por mais ninguém.

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Hornets e Raptors continuam a todo vapor conversando com um bocado de gente. Em New Orleans, Brian Hill, Tim Floyd e Mike Fratello estão na lista. Até o veterano armador Avery Johnson foi cotado, mas preferiu não falar nada agora por conta de seu contrato com o San Antonio Spurs. O Toronto paquera Kevin O’Neill, Mike Woodson, Brian James, Dwane Casey e Craig Neal.

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Enfim, a confusão é grande. Espero que tenha sido possível entender alguma coisa.

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(Foto – CNN/SI)

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