28.5.03



SOPA PARA O AZAR




O Dallas de Nash escorregou mas se levantou na série



O resumo é claro. Até o intervalo, o Dallas parecia disposto a entregar os pontos. Dali em diante, o ímpeto suicida passou para o San Antonio. E assim o confronto se embolou de forma inesperada. Uma vitória amanhã, no America Airlines Center, põe os Mavs na briga outra vez, forçando um imprevisível jogo 7. A possibilidade da volta de Dirk Nowitzki incendeia ainda mais o futuro da série. Os Spurs, que tinham na mão o título do Oeste, deixaram a sorte escorrer entre os dedos.

Michael Finley, Steve Nash, Nick Van Exel, Eduardo Najera, cada um teve sua parcela de mérito na noite de ontem. Mas quem viu o jogo inteiro sabe que o resultado teve muito mais a ver com os erros do San Antonio do que com os acertos do Dallas. No quarto período, a equipe comandada por Gregg Popovich simplesmente pifou. O que vimos foi uma seqüência de erros bisonhos. David Robinson arremessa sozinho, da linha de lance-livre, e a bola sequer bate no aro. Stephen Jackson desperdiça um contra-ataque com um passe perfeito para as mãos do oponente. Pensando na morte da bezerra, Tony Parker, em sua própria quadra, deixa Van Exel lhe bater a carteira numa falha infantil.

De tropeço em tropeço, os Spurs acabaram derrotados de forma vergonhosa. E os Mavs, que não têm nada a ver com a incompetência alheia, mostraram um sistema defensivo consistente, acertaram no ataque e aproveitaram para roubar a vitória, garantindo a sobrevivência nos playoffs.

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Seria exagero dizer que a atuação dos juízes influenciou o placar, mas a arbitragem esteve péssima ontem. Primeiro, foi marcada uma falta de Parker quando a mão dele passou muito longe do adversário. Depois, Finley empurrou Jackson na linha lateral e o árbitro inverteu a marcação. Por fim, um dos erros mais grosseiros que eu já vi em toda a minha vida. Restavam quase três minutos para o fim e o Dallas vencia por oito pontos. Van Exel subiu para um arremesso e o juiz viu uma falta que não existiu. Até aí tudo bem, mas ele concedeu três lances-livres, quando na verdade os dois pés do jogador estavam quase um metro para dentro da linha de três. Grosseiro. Van Exel converteu todos, abriu 11 pontos e fechou o caixão.

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(Foto – Ronald Martinez/NBAE)

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