7.5.03
PEDAGOGIA AVANÇADA
Uma das lições ensinadas pelos Kings na aula de terça:
como enterrar sem medo em cima de Shawn Bradley
Curso rápido de basquete: explanação abrangendo todos os fundamentos, treino intensivo de arremessos, workshop de assistências, clínica de posicionamento defensivo. Previsão inicial de quatro aulas. Tratar com professor Rick Adelman. Inscrições abertas para americanos, alemães, canadenses e mexicanos.
Foi com um espírito quase didático que o Sacramento Kings abriu a série contra o Dallas Mavericks na noite de terça-feira. Atuando fora de casa, o time foi educado o bastante para oferecer ao oponente uma lição gratuita de como se comportar diante da bola cor-de-abóbora. Espero que Don Nelson tenha anotado em sua prancheta alguns tópicos para estudar no vestiário. Se repetir nas próximas três partidas a performance de ontem, corre o risco de levar uma vassourada histórica.
O resultado final (124-113) foi de uma enganação absurda. Afinal, os visitantes chegaram a vencer por quase 30 pontos e resolveram cozinhar o quarto período em fogo brando, permitindo que os titulares cochilassem no banco. Por isso a diferença encolheu. Só por isso. O placar moral do jogo 1 é uma sova maiúscula imposta pelos Kings.
Dificilmente os Mavs vão abrir a guarda outra vez na quinta-feira. Mas o estrago já está feito. O mando de quadra agora pertence ao melhor elenco de toda a NBA. Não há em Sacramento um só atleta que possa ser considerado “ruim”. Lawrence Funderburke? Ok, vá lá. Podemos adicionar a ele o razoável Gerald Wallace. Pronto. O resto é de “bom” para cima, sendo que pelo menos sete são excelentes (os cinco titulares mais Bobby Jackson e Keon Clark). Nenhuma outra equipe da NBA pode abrir a boca para dizer que tem um plantel tão forte.
Para se ter uma idéia, os bambas do Dallas nem estiveram tão mal. Michael Finley, Steve Nash e Nick Van Exel marcaram 20 pontos cada, enquanto Dirk Nowitzki acrescentou 18. Mesmo assim, o quarteto sequer sentiu o cheiro da partida. Que fique bem claro: o Sacramento não é o Portland e, após seis dias de descanso, voltou à ativa soltando faíscas. Don Nelson não pode nem pensar em bobear agora como fez no primeiro round. O remédio é encher seus garotos de vitamina e partir para a briga, porque não haverá tempo para respirar e recuperar o fôlego.
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O especialista em retrancas é o Detroit, mas a grande missão defensiva da série pertence ao Philadelphia: frear o ímpeto do endiabrado Chauncey Billups. Lá pela metade da temporada, escrevi aqui que o armador está ansioso para ingressar na elite da liga. Responsável pelo cérebro de seu time, ele tem mostrado nos playoffs que o objetivo continua de pé. Ontem, marcou 24 pontos e deixou a quadra com uma preocupante lesão no tornozelo. Escondido no canto do vestiário, o técnico dos Sixers, Larry Brown, deve estar espetando compulsivamente um bonequinho de vodu vestido com a camisa 1 dos Pistons.
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Alô Van Horn! Como é que é?
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(Foto - Ronald Martinez/NBAE)
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