1.5.03



UM POUCO ACIMA DOS SÚDITOS




O Sacramento de Webber foi o único time dos playoffs
que conseguiu encerrar a série em apenas cinco jogos




No playoff do equilíbrio, lá está o Sacramento Kings, um passo à frente, classificado para as semifinais da conferência Oeste. Diante do forte Utah Jazz, a equipe comandada por Rick Adelman se moveu sem alarde, quase em silêncio, mas confirmou o vigor de um basquete que beira a perfeição, combinando ataque e defesa em altíssimo nível.

O tropeço na terceira partida, quando o desengonçado Greg Ostertag foi celebrado como herói em Salt Lake City, não chegou a manchar o trabalho dos Kings, que agora esperam o vencedor do embate entre Dallas e Portland. Os Mavericks poderiam ter varrido seu oponente, mas complicaram uma série que parecia fácil. Esse desgaste imprevisto pode pesar um bocado na próxima fase.

À exceção de Kings-Jazz, todos os outros confrontos se arrastaram até o jogo 6, revelando um primeiro round disputado como há muito não se via na NBA. Independentemente da simpatia por um ou outro elenco, é uma satisfação ver o esforço admirável do New Orleans Hornets, evitando a eliminação mesmo com seus dois principais atletas (Baron Davis e Jamal Mashburn) atuando no sacrifício. Parabéns também aos Blazers, que encontrarão uma torcida incendiada na próxima partida e terão plenas condições de forçar o jogo 7.

O Orlando Magic, time-sensação do mata-mata, esbarrou na parede defensiva erguida pelo Detroit Pistons e levou uma sonora enfiada de 98-67. Limitado a míseros 19 pontos, o festejado Tracy McGrady agora se vê diante da urgência de fechar a série em casa.

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Por falar em urgência, quatro equipes entram em quadra hoje com a corda no pescoço. Duas elas (Phoenix e Milwaukee) contam, ao menos com o apoio dos torcedores. As outras duas (Minnesota e Indiana) precisam fazer das tripas coração no território do inimigo. Por sinal, ambas tinham mando de quadra e deixaram a vantagem evaporar. Mais uma prova de que este playoff anda meio virado do avesso.

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A derrota de ontem para o Sacramento pode ter sido o último jogo da carreira de John Stockton. Talvez também de Jerry Sloan (ao menos em Utah). Mas talvez não de Karl Malone. O estupendo ala-de-força não confirma nem desmente, mas crescem os boatos de sua transferência para o Los Angeles Lakers na próxima temporada. Aliás, há quem garanta que ele vai para a Califórnia acompanhado por Gary Payton, prestes a ganhar passe livre. Com Shaq, Malone, Kobe e Payton, nem é preciso preencher a posição 3. Dá até para jogar com um a menos.

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Tudo bem que os Kings parecem ser o time mais forte da liga. Mas os trejeitos de Peja Stojakovic e Vlade Divac, dançando ao som de Elvis Presley no anúncio da ESPN, fornecem mais munição para Shaquille O’Neal continuar chamando o adversário de Sacramento Queens.

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(Foto – Jed Jacobsohn/NBAE)

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