25.4.03
BOSTON SOLIDÁRIO, INDIANA MÍOPE
Coadjuvantes como McCarty fizeram bonito na quinta
Quando Ron Mercer converteu um arremesso a seis minutos do fim do terceiro período, o Indiana Pacers perdia por dez pontos e ensaiava uma reação. A esta altura, o Boston Celtics, diante de sua torcida, temia que o adversário aumentasse a pressão e lhe roubasse a vitória no jogo 3. O que veio em seguida foi justamente o oposto. Após a cesta de Mercer, o time visitante só conseguiu acertar outra quando faltavam quatro minutos para terminar a partida. A crise na pontaria custou caro e deixou o Indiana em maus lençóis. Agora, não será nada fácil apagar o 2-1 e recuperar o domínio na série.
O festival de erros não foi o único fato estranho ocorrido ontem no Fleet Center. Para surpresa geral, seis atletas do Boston pontuaram em dígitos duplos, derrubando (ao menos por uma noite) a tese de que Paul Pierce e Antoine Walker jogam sozinhos. A dupla de craques foi fundamental ao somar 38 pontos, mas vale ressaltar a ajuda preciosa de Walter McCarty (14), Tony Delk (14), Eric Williams (12) e Tony Battie (12). O novato J.R. Bremer, com 9, também não fez feio. Quem diria que os Celtics bateriam os Pacers apostando no conjunto? Deve haver alguma coisa errada.
O que há de errado, como sempre, é o comportamento de Ron Artest, mais uma vez nervoso, expulso por ter cometido duas faltas técnicas. Também não foi nada correta a atuação de Reggie Miller, desperdiçando os sete arremessos tentados. Tim Hardaway, contratado como salvador da pátria para os playoffs, deixou a quadra zerado, após três tiros fora do alvo. A mira torta do Indiana refletiu um aproveitamento de 33% (26 de 80), pouco para quem sonha com o título do Leste. Ao meio-dia de domingo, a bola sobe para o quarto confronto. Haverá tempo de sobra para esquentar as mãos e evitar um novo vexame.
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Logo mais, três partidaços: Spurs x Suns, Pistons x Magic, Mavericks x Blazers. Os dois últimos embates serão transmitidos na rodada dupla da ESPN. Vale a pena grudar os olhos na TV.
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Com muita justiça, Amare Stoudemire foi escolhido como melhor calouro do ano, seguido por Yao Ming, Caron Butler, Manu Ginobili, Drew Gooden e o nosso Nenê Hilario, que pescou uma honrosa sexta posição. A lista publicada aqui há duas semanas seguia essa mesma ordem, mas encaixava Gordan Giricek na quarta posição. Na eleição de verdade, o jovem croata sequer foi mencionado, o que significa um erro duplo. Primeiro, da minha bola de cristal. Depois, dos próprios votantes, que ignoraram uma das maiores revelações da temporada.
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(Foto - Nathaniel S. Butler/NBAE)
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